Quando olho para fora da janela, nos dias chuvosos, a solidão me envolve, e as reflexões são inevitáveis.
Começo a pensar no que fui, e em minhas conquistas, chego a conclusão que o mundo é mesmo de Heraclito. Tudo muda, inclusive nós mesmos, pois limitações que antes não tínhamos, nos arrebatem quando menos esperamos.
Muitas vezes, reflito que surgi com várias vocações, e pouco a pouco fui diminuindo, devido a uma limitação natural que a vida me reservou. Ela traz novas oportunidades, mas as que foram deixam saudades e marcas permanentes em nosso espirito.
Nos dias chuvosos, bate a nostalgia. Olho-me no espelho e enxergo passado, presente e futuro. Aquilo que fui, sou e minha previsão do que serei.
É possível sentir inveja de nós mesmos? Pois quando vejo meu passado, sinto que deveria ter ficado lá, tantas memórias boas, quando o
presente é inseguro, duvidoso e frustrante.
O futuro então é uma incógnita. Em dias ensolarados, sou otimista, imagino-me sendo tudo que fui e muito mais. Mas nos dias chuvosos, me restrinjo a pensar em quais serão minhas novas limitações.
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Crônicas de uma adolescente em crise
PoetryNos piores momentos, durante a noite, imersa numa angustia e reflexões sobre a vida, uma garota prefere trocar o diário por crônicas poéticas. Prefere contar o que sente dessa maneira, e tentar metaforizar seus sentimentos, para que suas emoções sej...
