Tempestade

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A tempestade cai atormentada, forte, tenebrosa, de uma maneira que torna tudo a sua volta, terrivelmente frágil. As torres se abalam, os sinos tocam uma última vez, os trovões ecoam e escondem o verdadeiro som, ou silêncio da razão.

Tudo aquilo dentro de uma única pessoa, tão fortes pesadelos dentro de um único sonho. Mas não há escape para a tempestade. Há refúgios, talvez, um bom livro, televisão, facebook até as duas horas da manhã, mas esses guarda-chuvas não são suficientes, só  mascaram o verdadeiro perigo.

Lá fora, na verdade no mais profundo interior, o trovão anuncia o relâmpago que não pode morrer, a luz que penetra cada parte do ser, mas não anuncia a ausência da escuridão. O que anuncia é o desconcerto, a cegueira, perante a mais forte luz.

Rasante, cortante, raíz do raio, não me deixa ver através da luz que esconde todas as respostas para as minhas perguntas. É tão turbulento, tão sem escrúpulos que me pergunto se esta tempestade um dia vai acalmar.

Crônicas de uma adolescente em criseOnde histórias criam vida. Descubra agora