Capítulo 20

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Infelizmente a cidade de Nazca havia sido destruída, e a maior parte da natureza da região havia sido degradada pelos gananciosos chrisolianos.

Mas no rosto de Puch um sorriso surgiu.

Da porta da nave ele falou.

- Doutor, você me faz um último favor?

- Claro!

- Bem, quero que me leve por cima deste deserto. E pare quando pedir.

O Doutor a princípio não entendeu o pedido do jovem, mas disse que faria conforme ele pediu.

O Doutor foi até os controles da Tardis e começou o novo voo. Até que Puch disse pare aqui.

Por toda a noite, iluminados pela luz do luar, os três fizeram aquele voo por sobre o deserto. E de tempos em tempos Puch pedia para que o Doutor parasse a Tardis.

E em cada parada o jovem estava dando vida as estéreis terras do deserto. Ele não sabia das propriedades que o desmaterializador possuía. Mas fez mesmo assim a obra que idealizou depois daquele disparo.

Lá de cima, da porta da Tardis, usando uma arma dos próprios chrisolianos, Puch desenhou nas terra do deserto inúmeras imagens: macacos; aranhas;peixes enormes; cervos; lhamas; beija-flores ; seres humanos e muitas outras figuras que faziam parte de sua vida.

Quando o Doutor percebeu o que o jovem fazia ele sorriu e guiou a Tardis com ainda mais entusiasmo.

- Você é BRILHANTE PUCH! BRILHANTE! - E sorriu largamente.

Rose também sorria e estava fascinada pela habilidade que o rapaz possuía.

Quando amanheceu, o Doutor levou Puch até o local onde o povo nazca havia se refugiado.
Puch encontrou seu pai, e este lhe deu um forte abraço, sua mãe também se juntou ao momento e os três com lágrimas nos olhos ficaram por muito minutos abraçados.

*

Alguns dias se passaram e os nazcas já não apresentavam tristeza. Mas se preparavam para uma nova vida de liberdade. Eles se organizaram, sob a liderança do Pai de Puch e decidiram que caminho deveriam tomar. Eles sabiam dos desafios que iriam enfrentar. Mas estavam dispostos a construir uma nova sociedade. Maior e mais desenvolvida. E muitos anos depois foi o que de fato fizeram.

Depois que o povo nazca decidiu o que faria, eles agradeceram o auxílio do Doutor, ele se desculpou por não poder salvar a cidade, mas as pessoas compreenderam que era a única forma de se verem livres dos opressores chrisolianos.

- Obrigado Doutor - O jovem Puch falou - O brigado Rose - Quando disse ele ficou vermelho.

Rose deu um forte abraço no rapaz e um beijo em seu rosto. Ele ficou ainda mais envergonhado.

O Doutor apertou a mão de Puch, e lhe lançou um de seus largos sorrisos.

- Você fez um bom trabalho Puch, seus pais se orgulham de você, assim como seu povo. Fico feliz por ter lhe conhecido. Mas agora temos que ir -Dito isso, o Doutor bateu as palmas de suas mãos. E estendeu a mão para sua companheira. Ela fez uma mensura e estendeu sua mão também ao Senhor do Tempo.

O Doutor guiou sua companheira até a Tardis, e da porta da nave ele fez um gesto semelhante aos que os militares fazem modernos fazem, porém usando apenas dois dedos. E entrou na sua nave. Rose acenou para Puch e entrou também.

A Tardis começou a ranger, e zumbir e começou a desmaterializar-se na frente de Puch, de seus pais e das demais pessoas do povo nazca.

Dentro da Tardis o Doutor falou:

- Pronta pra voltar para casa ?

- Nem pensar! - Rose falou sorrindo.

- Pensei que falaria isso - O Doutor disse - Então vamos para o desconhecido!

E a Tardis entrou no vórtex do espaço e tempo e os dois seguiram para uma nova aventura em uma outra época.


"Fim dessa aventura e o começo de muitas outras"





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