Capítulo 17

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Andando sempre pelas sombras Rose e Puch, chegaram à casa do jovem nazca.
A cidade não apresentava sinais de movimentação. Rose imaginou que todos os esforços dos chrisolianos estavam concentrados na busca dela, de Puch e do Doutor no interior dos túneis. Entretanto, mesmo sem verem inimigos eles acharam por bem andarem de forma cautelosa nas ruas da cidade nazca.
A habitação de Puch era simples. Feita de pedras sobrepostas, unidas por alguma mistura que servia como argamassa da construção. Mantendo tudo firme e sólido. Na frente da construção não haviam janelas, apenas uma rústica porta de madeira.
Puch deu três leves batidas na porta e ela rapidamente foi aberta.
Uma mulher de meia idade apareceu por trás da porta e deu um forte abraço em Puch.
-Filho - Disse a mulher nazca de forma nervosa - Seu pai e eu pensamos que você tinha sido por algum motivo capturado pelos nossos deuses.
Rose achou estranho a última fala da mãe de Puch. Mas ficou com os pensamentos só para si.
- Os chrisolianos subjugaram totalmente esse povo - Rose pensou - Demonstrando serem o que na realidade eles não são.
- Puch - Um corpulento homem nazca que estava mais atrás falou - Onde você estava?
-Pai - o jovem começou - Durante minha caçada, eu encontrei viajantes pertencentes a terras distantes, eles podem nos libertar.
O pai do jovem apenas observou seu filho com olhar severo.
- Não se engane filho. Mas entre, é perigoso falar esse tipo de coisa aqui - E ao conduzir Puch para dentro, Ele percebeu que seu filho estava acompanhado.
Puch se deu conta de que não havia apresentado sua nova amiga aos seus pais. E Logo apressou-se em fazer a apresentação.
- Pai, mãe. Ela é uma das viajantes. Seu nome é Rose. Ela juntamente com seu amigo, o Doutor, podem nos prestar auxílio contra os deuses. E conduzir nosso povo à liberdade.
O pai de Puch olhou assustado a jovem de estranhos cabelos dourados que estava diante de si.
Rose e Puch entraram.
A mãe de Puch os serviu uma sopa típica do Povo nazca. Rose não conhecia metade dos ingredientes do alimento mas comeu de forma voraz. Foi só nesse momento que ela se deu conta da fome que estava sentido.
Sentados próximos da fogueira da casa, Puch contou ao seus pais tudo o que havia passado. Desde a sua descoberta do estranho objeto azul na floresta até a fuga que haviam empreendido há poucas horas.
- Se o que você me contou é verde e filho. Enfim, nosso povo pode ter a liberdade que nos foi tirada com a chegada dos seres celestes. E esse homem chamado Doutor parece realmente ter potencial para nos conduzir para uma nova vida.
Rose e Puch observaram o homem nazca pensar sobre tudo o que seu filho havia lhe contado
- Não sei se conseguirei convencer as pessoas a deixarem suas casas. Mas temos um que tentar, é nossa única esperança.
O pai de Puch saiu de sua casa e entrou na noite. Na esperança de convocar o Conselho e obter o seu auxílio. O Conselho dos anciãos, mesmo não tendo permissão para existir, por vezes fazia suas reuniões. Mesmo que para apenas lembrar do tempo anterior à chegada dos chrisolianos.
Rose ficou na casa de seu amigo. E juntos contaram a mãe de Puch, com mais detalhes o que eles haviam enfrentado até ali. Durante a narrativa a mãe de Puch emitia sons de espanto nos momentos mais dramáticos da história que os dois lhe contavam.
Depois de andar por muitas casas. O pai de Puch conseguiu reunir o Conselho. Com todos os homens eminentes da cidade presente ele contou tudo o que seu filho lhe havia comunicado.
O Conselho ficou em silêncio.
- Não temos como saber que o que você nos contou é verdade - um dos anciãos falou.
- Não temos - Os demais anciãos falaram em coro.
- Não podemos mais ser passivos diante da situação que vivemos - O pai de Puch continuou - Nosso povo sofre. A morte é presente diária em nossas vidas. Precisamos vencer o medo. Ou seremos seus servos para todo o sempre. Isso tem que acabar.
- Você está Louco Much. Esse seu plano só trará mais sofrimento para nosso povo. E ainda mais mortes.
- Mais morte - Os demais anciãos falaram em uníssono.
- Você é um artesão de prestígio em nosso meio Much, mas não podemos lhe seguir. E aconselhamos que você desista - um dos anciãos falou.
Much se enfureceu.
Ele ficou de pé. Os anciãos temeram. Much remexeu seu alforge e dele ele tirou um objeto prateado. Ele apertou um botão e uma luz e um som nunca ouvido pelos presentes tomaram conta do lugar.
O Doutor havia dado sua chave de fenda sônica para Puch, e o jovem nazca deu para seu pai, caso o Conselho não acreditasse em suas palavras apenas.
De pé, Much segurava a chave apontando a para cima.
- Hoje ganharemos nossa liberdade!
Os anciãos que antes estavam temerosos. Foram envolvidos pelo fervo do forte artesão que discursava diante deles.
A reunião chegou ao fim depois de elaborarem uma rota de fuga para o povo nazca.
Os preparativos começaram e a fuga seria em breve.

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