Capítulo 4

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Já se passaram 2 horas de viajem e meu estômago não parava de roncar. Era possível ouvi - lo de longe, mas me parece que a pessoa que se encontrava ao meu lado era surda.
Harry estava concentrado na estrada com os olhos fitados na estrada e seus músculos estavam ressaltados por conta da força contra o volante. Ele não havia dado nenhum tipo de sinal de fome e nem de cansaço. Quem o visse assim, diria que foi programado exatamente para dirigir e não fazer mais nada do tipo.
Eu havia tentando dormir, porém a música que invadiu os meus ovidos não permitiu que isso acontecesse. Estava cansada e com fome. E esse babaca não fez nada até agora, me parece que eu terei de tomar as rédias com muito custo.
Respiro fundo e me endireito no banco, tentando chamar uma devida atenção.

- Er...Harry?

Eu digo um pouco receosa por talvez não receber nenhuma resposta. O que foi respectivamente feito.

- Harry? Tá me escutando?

Tento novamente, porém só houve - se um suspiro vindo da parte dele.

- Por favor, não finja que não estas a me ouvir, eu sei que estas, me responde!

Eu digo um pouco mais confiante. Mas logo me retraio quando recebo o seu olhar matador no qual transmitia uma raiva que supostamente foi tomada por mim.

- O que foi poha?!

Sua voz é grave e alta, porém ele consegue a suavizar de uma forma incrível, fazendo assim ela se tornar rude, fria e suave ao mesmo tempo.

- É que... Bom... Eu estou com fome e....você pode parar para comprar alguma coisa?

Eu digo tentando ser o mais calma possível.
Ele suspira e crava seus dedos no volante.

- Será que a mocinha não vê que estamos no meio do nada!

Ele diz rude em um tom de se assustar.

- Desculpe, eu só achei que pudesse fazer alguma coisa a não ser reclamar e ficar com essa cara de cu toda hora.

Quando digo isso ele freia com o carro bruscamente me fazendo ser jogada para frente.

- Qual a poha do seu problema???

Eu grito dentro do carro, retirando o cinto de segurança.

- Cala a boca!

Harry diz calmo, só que com um certa raiva no fundo.
Ele solta seu cinto assim como eu.

- Calar a boca? Você faz essa loucura e ainda quer que eu fique quieta? Vai a merda Harry!!

Eu grito mais ainda, mas logo sinto sua mão quente e grande apertar a pele do meu braço me fazendo gemer de dor.

- Você vai calar a merda da tua boca nem que seja a força!

Ele agarra o meu braço e me puxa para fora do carro.

- Mas que merda você está fazendo!

Eu me debato contra o seu peito que parecia uma armadura de ferro.

- O que sempre tive vontade de fazer des de quando eu vi essa sua boquinha se mexer.

Meu corpo congela quando sinto ser imprensada contra a lataria do carro.
Estava escuro e não conseguia ver nada além do nosso carro com os faróis acesos e alguns arbustos que formavam a vista lateral da pista.
Ouço os passos que acredito serem do Harry irem se afastando. Essa seria uma boa hora para fugir, mas eu não saberia para onde estava indo pois estava a noite e não havia nenhum estabelecimento por perto. O certo e ficar aqui e aguentar essa criatura até chegar - mos no nosso destino.
Me mexo um pouco e me desencosto do carro, mas logo sinto duas mãos me agarrarem e me pensarem novamente contra o carro.

- Poha Harry me deixa sair, mas que caralho que você está fazendo!?

Ele não responde e logo ouço um barulho estranho vindo das suas mãos. Quando me dou conta ele está a retirar um pedaço de uma fita o que me deixou com mais medo. Quem ele pensa que é, o que ele vai fazer o com isso?
Sinto sua boca se aproximar dos meus ouvidos e sua voz rouca preenche a minha cabeça.

- Ou você fica calada por bem ou por mal meu amor. Pena que você escolheu por mal, agora arque com as consequências.

Após dito isso sinto algo colar contra os meus lábios e o meu beiço. Poha! Ele tapou minha boca com fita.

- Ouse em tirar isso ou eu juro que te mato agora e digo a Louis que você não resistiu ao efeito das drogas.

Eu arregalo os olhos e levanto as mãos para puxar a fita, mas logo percebo que isso seria um erro, eu não conheço Harry e não sei como ele pode ser, tudo que eu menos queria no momento era a minha morte.

......

Acordo com o sol vindo contra o meu rosto e abro os olhos lentamente.
O carro não estava em movimento e nem Harry estava ao meu lado. Me arrumo no banco e logo percebo que estamos no estacionamento de um posto de abastecimento. Havia uma lanchonete ao meu lado direito, meu estômago sorri ao ver a imagem de hamburger estampado no banner de entrada.
Saio do carro e me dirijo rapidamente a entrada do local.
Procuro entre os bancos alguma cabeça de esfregão, mas não encontro. Vou até o balcão e peço um suco de laranja com um hamburger. Eu tinha o dinheiro que havia juntado enquanto morava com Louis, eu e Amy vendia - mos algumas coisas quando saiamos então eu consegui algum dinheiro.
Pago o meu pedido e logo vou me sentar a espera do mesmo.

- Licença garotinha posso me sentar aqui?

Ouço uma voz vinda da minha frente e levando minha cabeça direcionando meus olhos antes postos sobre a vista lá fora para um velho barbudo que segurava uma caneca de chope e coçava a enorme barriga que lhe acrescentava uma terrível aparência.

- É claro, por que não!

Digo me retraindo um pouco com a sua presença.

- Isso é bom, é estranho ouvir isso de uma moça tão bonita e jovem!

O velho coloca a sua mão em cima da minha. Eu tento retira - la mas ele a prende.

- Solta por favor!

Eu digo fria.

- Estas com medo mocinha? Eu sou um homem bom, ainda tenho potência de te levar as alturas.

Ele agarra minhas coxas por debaixo da mesa.

- Me solta por favor!!

Eu digo com medo na voz.

- Venha querida, eu não vou te decepcionar.

Ele me agarra fortemente o que me faz gritar.

- Me solta seu merda, socorro!!

Eu grito em desespero. Sinto que ninguém vai me ajudar, mas logo ouço uma voz que ultimamente vinha a detestar, mas em pequenos segundos se tornou minha grande salvação.

- Solta ela!

Harry estava ali, parado na frente do velho que me agarrava pelos braços fortemente. Em suas mãos grandes e fortes ele segurava uma arma que mirava diretamente na cabeça do sujeito.

- Entrega a moça e nada de ruim vai acontecer contigo.

O velho nega com a cabeça e sorri largamente.

- Essa menina é minha que a viu primeiro fui eu, trate de abaixar essa arma seu filho da puta infantil.

Após dito isso Harry avança no homem com o pulso fechado e logo o mesmo se choca contra o rosto do homem.

- Me chame de filho da puta novamente seu babaca, me chame seu merda, você não tem direito sobre o que é meu caralho.

Harry se vira para mim e fala rudemente.

- Vai para o carro, vou terminar isso.

Eu acinto com a cabeça e corro para o carro me trancando no mesmo. Ele disse que era dele como assim?
Por que Harry fez aquilo por mim? Já que ele me odeia tanto e me quer de boca fechada, ele poderia simplesmente deixar eu ser levada por aquele velho patético. Eu realmente não entendo esse homem. Céus por que ele tem que ser tão confuso.





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⏰ Última atualização: Dec 29, 2015 ⏰

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