Capítulo 3

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Desta vez acordei por vontade própria, sem música irritante para começar a manhã de mau humor. OK, mesmo sem barulho algum, talvez eu tenha acordado com um pouquinho de mau humor. Mais isso já faz parte de mim desde... Sempre.

Ainda era cedo, seis e meia da manhã. BEM cedo. Não queria correr o risco de me atrasar no meu primeiro dia.

Após fazer minha higiene matinal, coloquei uma roupa formal, o que eu não costumo usar, mas precisava dar uma boa impressão ( pelo menos no primeiro dia ). Penteie meu cabelo, que estava - como sempre - cheios de nós, e o prendi em um coque meio bagunçado. Fiz uma leve maquiagem e pronto.

Peguei meu notebook, e anotei em um pedaço de papel, o endereço que Jason, como prometido, havia me mandado por e-mail. Pego minha bolsa e saio em direção ao restaurante, comendo lá, um farto café da manhã.

Não trombo com nenhum mau educado no caminho. Ótimo. E SIM, eu ainda estava com raiva.

Chego ao saguão e o táxi que havia chamado a pouco, já estava a minha espera. Falei o endereço para o motorista, que - surpreendentemente - estava de bom humor. Sempre invejei essas pessoas que conseguem ficar de bem com a vida logo cedo. Sério, alguém pode me dizer como?

Aprecio as ruas movimentadas de Miami durante o trajeto, planejando o dia que iria dar uma volta para conhecer a tal falada cidade, já que ontem além de estar cansada da viagem, demorei horas para conhecer o hotel, trombando - literalmente - com alguns imprevistos pelo caminho.
A alta temporada faz com que as praias fiquem lotadas de turistas, fazendo com que toda hora, seja a hora do rush, trazendo angústia para quem está atrasado. Oque não é o meu caso.

Agradeço mentalmente por ter um despertador. Mesmo que as vezes me de vontade de jogar uma pedra nele...

Chego em frente a um grande prédio. Sua portas de vidro logo se abrem quando me aproximo. O saguão é uma enorme sala, apenas com alguns sofás e uma bancada em um canto. Várias pessoas caminham em direção ao elevador e outras, saem de lá. Um homem gorducho, com cara de poucos amigos me fita, parecendo me aguardar, como se soubesse o quão perdida estou. Caminho até ele, o som de meus passos ecoando por todo o espaço.

- Olá, você saberia me dizer o andar da Famous idols fazendo o favor? - Pergunto toda educada.

- Vigésimo sexto. - Ele diz grosso quase revirando os olhos como se estivesse cansado responder a essa pergunta.

Agradeço de má vontade, enquanto meu desejo é virar as costas, e mostrar um belo dedo do meio por cima do ombro. Odeio gente grossa sem educação. A junção dos dois então...

A Famous Idols era uma revista renomada, sempre evoluindo... Por que também não evoluir o nível dos porteiros ein?! Uns morenos de olhos verdes ou uns loiros de olhos azuis não seria nada mau!

Entro em um elevador lotado, mas que se esvazia aos poucos até que depois de uma interminável espera, chega ao meu andar, que pelo acaso, é o último.

As portas se abrem e vejo o caos.

Pessoas correm de um lado para o outro como se suas vidas dependessem disso. Ou melhor seus empregos.
Era tudo muito... Frenético. Telefones tocando, gente correndo, pessoas discutindo...

O ambiente de trabalho - tirando as pessoas - não era como eu esperava. Havia imaginado uma sala séria, formal, assim como a revista, que fugindo dos padrões das fofocas, não tinha nada de colorido e estravangante, e isso, com certeza, proporcionava as pessoas, segurança em saber que aquela notícia não se passava de bolhunfas.

Mas o local de trabalho não era nada sério. Era bem... Extrovertido.

Da porta do elevador podia-se ter uma visão geral do local. Havia mesas redondas onde vários funcionaram se reuniam para compartilharem idéias. Mesas individuais retangulares acopladas umas às outras, formado uma só bancada em curva. Havia também vários computadores e notebooks em cima, com cadeiras metálicas espalhadas por toda bancada. Em um canto havia um armário sem portas, e nele vários livros e revistas. Em uma pequena mesa havia cafeteiras, potes com bolachas, água e sucos.

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