Três

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Acordei no meu quarto. Era incrível como eu já tinha 18 anos e mamãe sempre se preocupava em me levar pro quarto quando dormia na sala.

Ou será que eu nem dormi na sala e ontem foi tudo um sonho? Um pesadelo! Isso! Eu não vivi aquilo e aquela garota sexy, quero dizer, chata não existe.

Peguei meu celular que estava ao meu lado. Puta Merda. As mensagens estavam lá. E ainda tinha mais uma que não abri de ontem. Gus.

Ontem às 22:13

Gus Brother: Minha vida, não pude ir aí hoje. Eu precisava arrumar uns violões e nem tive muito tempo pra estudar. Tenho prova da faculdade amanhã. Então já sabe, não vou aí amanhã também. Pareço até uma garotinha apaixonada e você é meu crush. Tchau.

Gus, perfeita garotinha.

Emma: Hey, Girl. Desculpe não responder ontem. Ontem foi um dia, difícil. Que pena, cara. Queria te ver. Então OK. Deixa pra próxima.
Gus Brother: Como assim dia difícil? Estou indo aí.
Emma: Gusss!! Estude pra sua prova.
Emma: É sério. Não quero atrapalhar você.

Voltei para a página inicial de mensagens. As mensagens de ontem ainda estavam lá. Eu precisava apagá-las do celular e da minha mente. Precisava conhecer um garoto o mais rápido possível e provar pro mundo que não sou lésbica. Afinal se essa garota acha isso, quantas pessoas nessa cidade estão comentando sobre isso agora? Essa festa foi a pior merda que eu fiz em toda minha vida. Porra.

Meia hora se passou depois que acordei e eu ainda estava ali sentada naquela cama, ainda não tinha tomado café. Eu tinha muitas coisas pra fazer, precisava organizar as coisas da faculdade, e os trabalhos pendentes e...

Ah, que preguiça.

- Emma!

Gus.

Gus!

Ele veio mesmo. Não devia! Ele tem uma prova pra fazer e precisa estudar.

Gus tinha uma personalidade garotinha, se magoava rápido e odiava causar problemas.

Meu Deus! Será que... Não. Que pensamento sujo. Claro que eu não usaria meu melhor amigo pra provar às pessoas alguma coisa. Gus é um diamante. Mas, se ele topar?
Mas e se não der certo? Eu teria que concertar. Isso não seria fácil.

Ouvi uma risada que mais parecia um grito de parto me trazendo pra realidade.

- Desculpe, Emma, mas você está muito engraçada parecendo uma psicopata calculando a morte de alguém.

Talvez fosse a minha.

- Meu Deus! Eu nem notei a hora que você entrou. Que susto! - falei levando as duas mãos ao coração.

- ahhh! - A voz rouca saiu em tom debochado, e as mãos levantadas sugerindo um susto muito mal feito.

Seus braços envolverem minha cintura me fazendo sorrir enquanto colocava os braços sobre seus ombros.

Gus era lindo, e seu cabelo estava ainda mais hoje, estava um pouco maior do que sempre foi. Quando eu pensei em dizer algo, o elogiar talvez, senti uma tontura forte. Eu ainda não havia comido nada.

- Tudo bem, Emy?
- Preciso comer.
- Estou aqui, vá em frente.
Não consegui controlar a risada, ri alto e sem forças.
- Depois de tomar um café penso nisso.

Fui surpreendida por um Gustavo me pegando nos braços com rapidez, como se eu fosse desmaiar alí.

- Vou fazer alguma coisa pra você comer, não faça muito esforço físico. - eu ri alto, me arrependendo logo depois pois eu estava realmente fraca. - O que você não entendeu? Sem esforço. Não sorria. - tentei não rir, e não ri. Sua ordem me deu um pouco de medo.

Fiquei num banco alto apoiada no balcão americano da cozinha observando Gus fazer algumas panquecas super rápidas e pareciam estar gostosas. Ele sempre foi bom em cozinhar, sempre gostou muito disso. Em pouco tempo ele havia feito um café da manhã divino. Comemos enquanto eu aproveitava o momento pra contar do dia de ontem, Gus ouviu observador, sem me interromper, até o final. Depois ele foi embora, sem dizer muita coisa. Talvez ele estivesse pensando no que me dizer, eu iria esperar.

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Eeeooeiii! Fiz esse capítulo pequeno pra avisar que eu vou continuar escrevendo! Pensei em deixar pra lá, mas afinal, eu gosto de escrever então vou continuar!!

O próximo capítulo vai ser bem maior e cheio de surpresas, talvez drama... Enfim é isso. Beijos!

A Vida De EmmaOnde histórias criam vida. Descubra agora