O Namorado Da Minha Mãe

Capítulo 6: Pensamentos te devoram

- Então? - Felipe me perguntava.

- Eu preciso pensar, desculpa!

- Tudo bem, pense com carinho e saiba que eu te amo! - Ele disse com a expressão mais fofa do mundo.

Depois que ele foi embora, comecei a pensar o que eu realmente queria para a minha vida amorosa. A Cida realmente estava fazendo falta. Peguei o celular e tinhas algumas mensagens.

" Já arrumei as minhas coisas. Topa sair? " Era do Diogo.

" Vem para cá e assistimos um filme! "

Tomei um banho e preparei uma pipoca com manteiga, sal e vinagre. É a favorita dele. A campainha tocou, fui para atender mas minha mãe já estava lá.

- Querido, entre! - Minha mãe dizia com aquela simplicidade que contagiava.

- Boa tarde senhora, sou o Diogo. Amigo da Elisa.

- Eu já sabia, pode entrar! Fique a vontade. - Ela disse e logo saiu deixando-nos.

Fomos até a cozinha pegar a pipoca.

- Essa é a minha favorita! - Ele disse pegando uma pipoca e colocando na boca.

- Eu sei! - Eu sorri e ele me beijou.

- Diogo! - Fiquei brava.

Fomos para a sala e assistimos um filme de comédia. Meu celular vibrou, avisando que tinha uma mensagem.

" Irei viajar para a Califórnia hoje a noite. Pense com muito amor e quando eu voltar, conversamos. Te amo ♥ " De Felipe.

" Quando volta? " - Eu mandei.

" Daqui vinte ou trinta dias, meu pai arrumou uns bicos. "

- Está tudo bem? - Diogo perguntou.

- Sim, claro! - Eu deixei o celular.

Continuei prestando atenção no filme para que o Diogo não desconfiasse.
Logo adormeci no seu colo.

* No outro dia *

- O que está fazendo aqui? - Perguntei assustada.

- Calma, sua mãe pediu que eu lhe trouxesse para a cama e eu acabei dormindo. - Diogo disse.

- Tudo bem.

Levantei e fui ao banheiro fazer as minhas higienes. Após isso troquei a minha roupa e dei o lugar para Diogo se trocar.

- A toalha está na gaveta! - Eu gritei de fora do banheiro.

- Tudo bem, já estou saindo. - Ele respondeu.

Já era meio dia, por tanto em vez de tomar café da manha, almoçamos.

- Vamos ao cinema? - Eu perguntei.

- Claro.

- Mãe, nós vamos no cinema. Quer alguma coisa? - Eu perguntei.

- Não. Se divirtam!

Peguei a chave do carro e o tirei da garagem. Estava exatamente do jeito que deixei-o.
Fomos ao cinema mais próximo, compramos pipoca e entramos na sala.

- Queria que fôssemos um casal. - Diogo disse.

- Sério isso? - Perguntei debochando.

- Sim. - Ele respondeu e eu percebi que ele não estava brincando.

Não falei mais nada. Logo depois ele me beijou e dessa vez, só dessa vez, eu não recusei.

- Você é muito importante pra mim. - Ele disse assim que parou de me beijar.

- Você também.

Continuamos assistindo o filme. Quando acabou fomos à sorveteria e depois voltamos para minha casa.

- Posso te fazer uma pergunta antes de ir embora? - Diogo perguntou.

- Claro!

- Você gosta de mim como antes?

- Sinceramente? - Eu sorri.

- Lógico.

- Eu gosto de você ainda, porque? - Eu apreciei seu rosto.

- Só precisava saber! Mas agora vou embora, sua mãe deve achar que eu quero te roubar dela.

- Eu não acho isso mocinho! - Minha mãe falou aparecendo na porta.

Ele foi embora e eu fui organizar alguns papéis que estavam fora do lugar. Até que achei uma carta.

" Nesse momento você deve estar junto com a sua mãe biológica ou qualquer coisa do tipo. Eu sou sua avó, mãe do seu pai. Nós não nos conhecemos, claro! Eu infelizmente faleci. O seu pai, quando te viu na maternidade chorou tanto que parecia uma criança. Mas enfim. Escrevi esta carta pelo simples motivo de que, quando eu soube que seria avó e não conheceria a minha neta, fiquei muito triste. Mas cá estou eu, guardada no seu coração. Se cuida e perdoe a sua mãe, ela não fez por mal! Da sua querida avó, Tereza."

- Filha? - Minha mãe adotiva entrou no quarto.

Levantei e a abracei fortemente. Eu não queria que ela me visse chorando, mas não consegui segurar minhas lagrimas. Dei a carta para que ela pudesse ler e entender o por que estava a chorar. Jantei e tomei um banho, logo após fui dormir.