2 Capítulo

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SONG: Hozier- Take me to Church

Passaram-se 7 anos após a tua morte.
Customava pensar que eras o meu primeiro e único amor em toda a minha vida e que já mais iria amar alguém.
Na verdade nunca amei mais ninguém depois de te perder. Por esses motivos, hoje, sou um Padre. Sim um Padre, embora com algumas particularidades. Um padre que não se importa com mais ninguém além de ele próprio. Um padre com os seus fetiches, um completo apaixonado pelo corpo feminino, um verdadeiro galã por entre as mulheres que sabiam deste pequeno segredo. E podia dizer que me sentia bem com a atenção delas, era orgulhoso e frio. No seminário integraram-me a ideia de continuar com os estudos, sempre fora um homem inteligente e assim foi, empreguei-me como Padre.
Desta forma, podia estar mais perto de ti, nem que fosse espiritualmente, queria estar contigo.
O nosso ponto de encontro preferido passou a ser nos meus sonhos, onde te encontrava sempre com um sorriso, eras o meu anjo da aguarda, claro que com o passar dos anos o nosso amor foi se diluindo apesar de estares viva em mim, era impossivel amarmos mais que isto.
Um dia desaparceste por uns longos meses e as minhas noites passaram ser acompanhadas por outras mulheres, umas que se iam confessar, outras que eram minhas freiras, outras que conhecia por acaso na rua... Eram noites mais atribuladas em que o minha cama ardia em chamas em madrugadas sem fim, porém tinha algumas regras as quais eu cumpria com precisão.
1- Nunca poderia adormecer ao lado de uma mulher na mesma cama.
2- Depois do ato sexual nao pode haver qualquer tipo de carícias ou outros atos carinhosos.
3- É obrigatório usar métodos contraceptivos, pois era proibido engravidar qualquer mulher, a própria tinha que tomar a Pílula para se assegurar que não engravidaria.
4- A relação tinha que se manter em segredo. (O que me permitia relacionar me com mais mulheres.)
5- Não poderia ter qualquer tipo de converssa mais pessoal enquanto estava na igreja e vestido com o hábito de padre, exepto no confisorio.
6- Irreversívelmente proibido apaixonarme por alguma mulher e igualmente proibido que ela se apoixone por mim.
7- A mulher era obrigada a aceitar atos sexuais mais sadomasoquistas caso eu quisesse.
Isto de um modo mais abreviado seria: Nada mais para além do ato sexual.
Estas regras serviam essencialmente para preservar a minha identidade como Padre, e também para respeitar de algum modo a Sarah pois eu sempre teria guardado o meu coração para ela.
Um dia normal começava com o meu despertador a tocar às 7 da manhã, levantava-me com o mau humor matinal e ia tomar um banho quente e rápido depois, vestia me de um modo clássico, a camisa sempre por baixo das calças as mesmas sempre apertadas, as minhas botas e um casaco comprido. Aquele não era bem o meu estilo mas vestia-me assim para manter a minha personagem de Padre santo.
Tomava o meu pequeno almoço na pasteleria ao virar da esquina da minha casa, pelo caminho mulheres que conhecia trocavam me olhares e eu sorria, para as idosas que encontrava era sempre bastante simpático pois era a elas que eu rouba o dinheiro que metiam na igreja. Eu era o tipo de Padre dissimulado, mas era a minha maneira de ser subsistênte, o dinheiro que ganhava era pouco e tinha sempre impostos e outros subsídios que dava a alguns pobres os quais eu tinha que pagar, se queria ter uma vida minimamente considerável, era lá que iria busca-lo.
Ao chegar à Igreja, abri as portas da mesma e caminhei calmamente pelo largo corredor em direção ao meu pequeno esconderijo, onde vesti os meus trajes de padre e assim que o fiz vou para o altar observando as pessoas a chegarem. Reparei numa rapariga de cabelos loiros que customava partilhar comigo algumas noites, sorri para ela e pôs-me a olhar discretamente.
A rapariga começa a caminhar na minha direcção olhando me de um modo sedutor.
- Senhor padre? -Ela olho me ao chegar ao pé de mim.
-Vim me confessar... -Ela murmorou e sorriu discretamente.
- Claro minha senhora. -Murmorei e olhei à minha volta.
- Venha comigo.. -Disse e dirigi-me ao confisorio caminhando ao seu lado, entrei, sentei me e fechei a pequena porta observando-a pela abertura que permitia a comunicação entre ambos. Ela entra e senta-se cruzando as pernas.
-Bom senhor padre... Sinto uns ardores no meu íntimo.. Sinto falta de algo grande a preencher-me.. -Calou-se durante alguns segundos e volta a retomar.
-Falta de prazer e de dor... Eu tenho sido uma má menina.. - Ela disse mordendo depois o seu labio levemente.
- Sim? Hum, percebo a sua situação, eu sei o remédio certo para esse pecado... -Disse num tom de voz meio rouco e sorri de canto, olhando-a depois pelos buraquinhos que me premitiam visualizá-la.
- Se te encontrares comigo em minha casa hoje à noite sou capaz de te ajudar... -Falei e passei a minha a língua pelos os meus lábios.
A rapariga olhou me pelos buraquinhos e mordeu o seu lábio depois de ouvir a a minha voz rouca.
-Sabe que lá estarei... Toda para si.. - Murmurou e sorrio de canto.
-Às oito? -Murmurou baixo e pegou na sua mala que se encontrava no chão.
- Sim ás oito parece me bem... -Falei e sorri de leve.
- Vai desejar jantar? - Olheia atentamente e passei a minha mão pelos meus cabelos encaracolados ajeitando-os.
- Jantar não. Prefiro passar a coisas mais doces. -Disse de forma sensual e calma.
- Seremos a sobremesa um do outro... Mal posso esperar para que me bata. -Sorriu de uma forma atraente levanto-se e puxando a sua saia para baixo ao sair.
Sai também do confisorio e olhei à minha volta mais uma vez para me certificar que ninguem reparou em nada de estranho. O resto do dia decorreu dentro da sua normalidade ate chegar a noite.

Espero que este segundo capítulo tenha vos deixado ansiosos pelo o próximo. Aceito comentários à história. Beijinhos x




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