Capítulo 5

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     Lety narrando:
Quando desci a escada, ele estava lá embaixo, lindo, tímido e sobretudo nervoso. Meus pais e meu irmão saíram então aproveitei para chegar perto dele e perguntar porque o nervosismo, claro que ele disse que não tava, mas eu vi que quando me aproximei ele ficou mais nervoso ainda, ele praticamente correu para a sala de jantar, literalmente correu mesmo, eu fui atrás e acabei sentando ao lado dele. Assim que terminei de jantar subi para o quarto correndo para fazer uma make mais elaborada porque vou para a balada. Quando desci o padre Miguel estava de saída, não pensei duas vezes e falei que o acompanharia até o seu carro, me despedi da minha família e sai com ele. Quando fecharam a porta começamos a andar em silêncio, a rua estava vazia já era 00:05 hrs.

-Você sempre vai pra essas coisas? -Ele me perguntou quebrando o silêncio.

-Quase todas as noites. -Disse sorrindo e olhando em seus olhos me escorando no carro. -E o seu motorista?

- Não tenho motorista, vim com meu acompanhante mas ele já voltou, só veio mostrar onde era o lugar. -Miguel disse indo para o outro lado do carro e fazendo ele destravar.

Quando ele entrou, não pensei duas vezes e entrei também fechando a porta em seguida, ele me olhou surpreso e um pouco assustado, mas sem problema. Cheguei bem perto da face dele e perguntei quase que em um sussurro.

-Porque você fica tão nervoso quando estou por perto?

-Não, não, é impressão sua. -Não se conteve e gaguejou, baixou a cabeça, mas peguei em seu queixo e levantei seu rosto de encontro ao meu.

-Não adianta você dizer que não fica, eu tô vendo seu estado, me olha nos olhos e diz que não sente nada quando estou perto de você. -Disse firme, sempre quis falar isso porque sempre vejo em filmes e acho engraçado, sabia que não era só eu que sentia algo estranho, não era amor ou paixão, sei lá um desejo talvez, só nos conhecemos pela manhã não dava para sentir essas baboseiras, até porque eu não sou disso, mas sentia algo estranho por esse padre.

-Não, eu não posso, você... -Ele se calou.

-Eu o que ? -Disse me aproximando mais.

-Eu não posso, por favor, me entenda, eu sou um homem proibido, não estou disponível para nada disso. -Ele disse olhando em meus olhos.

-Não tem problema. -Eu disse chegando mais perto de seus lábios. Nossa respiração ficou tão próxima que pude sentir o momento exato que a dele se auterou.

-Não, eu não posso. -Ele disse me afastando dele.

-Você acha mesmo que vai resistir a tudo por muito tempo? Não adianta falar nada porque eu percebi. -Eu disse depositando um beijo em sua mão e logo em seguida saí do carro.

Chamei um táxi que estava passando, sai de lá enquanto o carro dele continuou parado, e fui em direção a balada. Eu sei que ele sente desejo por mim, assim como eu também, ainda vou pegar ele, mas só pelo desafio mesmo, pelo menos eu acho.

Cheguei na balada e vi meus amigos na porta, logo entramos e formos curtir. Hoje a casa tá cheia, amo quando está assim e tem cada boyzinho gostoso...

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