Capítulo 15

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Miguel narrando

Acordo às 5 AM e quando olho para o lado vejo Lety, estamos sem roupa então quer dizer que tudo aquilo não foi um sonho, fico incrédulo comigo mesmo, como pude deixar as coisas tomarem esse rumo? Desde o tempo do colegial isso não havia acontecido e agora é como se eu tivesse voltado no tempo onde tinha 17 anos. Meu Deus, e agora? Eu sou padre, eu tenho que fazer jus ao meu voto de castidade, isso nunca poderia ter acontecido. O que eu vou fazer?

Levantei com cuidado para não acordar Letícia, e fiquei a olhando enquanto me cobria com a toalha, estava tão linda dormindo, então saí pro banho muito apreensivo, cheguei a chorar pedindo perdão a Deus, eu havia prometido a minha família que seria dedicado somente a igreja.

Voltei para o quarto já vestido, e Letícia já estava acordada e vestida, tinha um sorriso maravilhoso em sua face, parecia que estava satisfeita.

-Letícia, isso não deveria ter acontecido. Você não tinha o direito de entrar na minha casa e fazer isso comigo.-digo meio tristonho e vejo seu sorriso se desmanchar.

-O que? Quer dizer que eu fiz tudo sozinha né? Você não quis nada, você poderia ter me tirado, trocado de quarto ou algo do tipo, mas não você quis, então não vem botar a culpa só em mim, porquê não fiz nada sozinha.

-Me desculpe, foi culpa minha também, eu quis, eu aceitei você.-sentei ao seu lado na cama.-Mas eu não posso fazer isso, eu não posso me relacionar com ninguém.

-Eu sei disso, eu já vou embora.-ela diz levantando e batendo a porta do quarto.

-Espera, não fica assim, você tem que me entender.

-Entender o que?-Letícia bota a mão na cintura.-Você nem virgem era!

Fiquei imóvel quando ela disse isso.

-Nem vai negar isso? Já vou.-ela disse abrindo a porta e a segurei pelo braço.

-Espera, me entende por favor.-falei isso quase em voz alterada.

Ela se voltou pra mim e disse na maior cara de pau.

-Entender eu entendo sim.-tirou um papel da bolsa, notou seu número e jogou em meios peitos, chegou perto do meu rosto.-Vou entender melhor, quando me ligar e me chamar pra vim aqui.-me deu um selinho e foi andando.

-Você sabe que isso não vai acontecer.-eu a rebati sem pensar duas vezes.

-Mas você sabe que isso vai acontecer novamente.-ela pegou a chave abriu o portão, jogou a chave para mim e se foi.

Será que ela não viu como eu estava? Ainda fez essa cara, esse deboche, esse selinho, por quê será que ela faz isso comigo? Não ver que eu estou sofrendo pelo o que aconteceu?

Voltei para a cozinha com o número dela no papel e fui tomar café da manhã ainda incrédulo de tudo.

Lety narrando

A noite foi maravilhosa, o padre até que me surpreendeu, agora eu estou martelando na minha cabeça que ele não era virgem, se conheceu o melhor da vida, por quê quis deixar sua vida normal para servir a igreja?

Fiquei pensando perto do MC Donald's até meu irmão chegar todo feliz, sorrindo pro vento, ao chegar me deu um abraço e um beijo.

-Nossa Luan, a noite foi boa mesmo.-falei brincando com ele.

-Foi mais que boa maninha, agora vamos comer que estou morrendo de fome.

Formos comer no McDonald's, e conversamos sobre como aconteceu, rimos bastante de algumas conversas jogadas fora e formos para casa, chegamos as 7:06 da manhã, e nossos pais estavam numa alegria, já até imagino o motivo também. Dou um beijo em cada um, e vou assistir um filme com meu irmão.

*Obs: Meu irmão Luan na mídia.

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