Sacerdotes (Livro 4)

Capítulo 2

Fallow pov. 

A vida em New York não poderia estar melhor. Desde que cheguei aqui, Stephanie não mexe comigo do mesmo jeito que eu não ouso me meter com ela.

Arranjei um trabalho em um escritório de advocacia como secretária, consegui alugar um apartamento no subúrbio vendendo o meu de Princetown. Conheci várias pessoas e com isso tive que arranjar um novo celular.

Eu me desliguei totalmente do meu mundo sobrenatural, não usei meus poderes desde que cheguei aqui, ou seja, há três meses. Até tinha achado que nunca mais ia ter que ver Stephanie na vida até o dia em que recebi uma chamada de um desconhecido enquanto fazia o almoço para mim e Lindsey (nova amiga). Era ela, afinal de contas, pedindo para encontrá-la em alguns dias em um restaurante que até agora eu não sei falar o nome, mas ao entrar pela porta já vi que era um daqueles bem chiques.

- Eu tenho uma reserva com Stephanie Loris. – falei em recepcionista me guiou até uma mesa com duas cadeiras, sem ninguém, ou seja, eu teria que esperar a senhorita.

Peguei o celular e comecei a jogar um tal de Flap Bird, que me deixava nos nervos, mas era viciante. Enquanto eu jogava ouvi a porta do restaurante ser aberta e olhei em direção a mesma para ver se a minha acompanhante já tinha chegado. E, bem...

Meu queixo caiu.

Stephanie estava com uma calça preta, uma blusa branca é uma jaqueta de couro preta e botas da mesma cor. Mas o mais chocante era o fato do cabelo dela estar bem mais liso e menos volumoso, com algumas ondas nas pontas, uma franja de lado na altura da sobrancelha e com algumas mechas na cor azul, mas depois parecia ser roxo, depois azul de novo.

Ela se sentou na minha frente e eu continuava estática.

- Uau, você... Mudou. – foi a única coisa que eu disse, fazendo ela revirar os olhos. – Eu não quis dizer que você estava feia, na verdade, está bem melhor... Tipo, essas mechas coloridas...

- Tanto faz, Fallow. – ela me cortou. – O que você acha sobre o meu cabelo é o que menos importa no momento. Não chamei você depois de três meses para ficar falando sobre meu novo estilo.

É, depois dela ter me deixado sozinha na frente de um hospital da periferia da cidade não achei que ela teria mudado.

- O que seria, então? – perguntei.

Ela sorriu para mim e eu já percebi que tinha acabado de me meter em problema depois de três meses. Conversou comigo por um tempo sobre o assunto até que eu tivesse entendi tudo, sem deixar nenhum questionamento. Depois de um tempo, ela me levou para um dos bairros nobres da cidade e estacionou em frente a uma das grandes mansões daquele lugar.

- Ele mora aqui. – ela disse e eu analisei o local.

- Tem certeza que ele é um Loris? – perguntei e ela bufou:

- Eu já disse que eu vi nas correspondências dele, até já falei com o cara. – ela disse.

- E para que precisa dele mesmo? – perguntei já que eu não me lembrava mais de nada que ela tinha dito.

- Deuses, você é um pé no saco! – ela bufou. – Lembra do feitiço que possivelmente foi passado de linhagem para linhagem? – ela me relembrou e eu concordei. – Se isso é verdade, ele sabe como fazê-lo e não é mais do que responsabilidade dele falar para a verdadeira herdeira disso, já que ele é da linhagem do caso do meu avô e tudo mais...