1: A mulher das flores

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Agachado atrás de arbustos esperando uma carroça com maçãs e laranjas passar, quando escuto o barulho de dois homens conversando, subo em cima de uma árvore que estava bem próximo a mim, vou pulando de galho em galho até passar da carroça, jogando o pirulito vermelho redondo que eu estava chupando nos matos e pensando se na carroça tinha pirulitos, quando a carroça passa por baixo da árvore que eu estava pulo atrás da carroça que estava se movimentando com dois cavalos e três homens no comando, fazendo um pouco de barulho ao cair mas nenhum homem prestou atenção, pego a adaga na minha cintura, vendo que tinha cerca de 9 sacolas com as frutas, olho para a floresta ao lado e vejo meus companheiros a cavalo esperando eu jogar as sacolas, pegando as sacolas e vendo eles agarrarem, até que um dos homens que estava na frente da carroça percebe algo de estranho e grita.

-Mateeeeee esse ladrãozinho!

A carroça para e me desequilíbrio um pouco, sem cair vejo os homens vindo pra cima de mim com adagas e pulo para fora da carroça até que vejo flechas do sono atingirem os homens, guardo a adaga e faço o barulho de um Bem-te-vi, três garotas com arco chegam e pegam as sacolas que restaram.
-Parabéns Sam, será que agora esses infames da Mary Green irá parar de roubar nossa aldeia ?- Uma das arqueiras falou.

-Pois é né. . cadê meu beijo da vitória?
Fiz biquínho para as arqueiras.

Observando as garotas sair de perto de mim com cara de deboche, Pudimzinhooo pudimzinhooo ! Gritei esperando meu cavalo, sim.. ele se chama Pudimzinho, escuto de longe os sons de suas patas correndo, um lindo garanhão de pelos negros e brilhosos, ele para do meu lado fazendo charme, dou uma maçã para ele e ele devora, seu favorito né pudimzinho, subo em cima do pudim e vou para aldeia, até que escuto um barulho de sinalizador, se jogo de cima do cavalo e uso meus braços apontando para o chão e dobrando o vento fazendo força e indo para o alto para ver o sinalizador, um sinalizador de cor preta.. não pode ser, estão invadindo a aldeia, com meus poderes do vento vou voando para aldeia parando em cima de um pequeno monte aonde dava para avistar toda aldeia, era uma aldeia simples com um toque antigo e primordial, com vários gados e um povo humilde a única casa grande era a do Chanceler Curupan, que era todo verde com detalhes marrons, vendo vários homens com roupas que pareciam de magos só que azuis e com foices, vejo um carro enorme com detalhes de flores e todo roxo, saindo uma mulher que sua roupa era toda de folhas verdes , seu cabelo era uma trança enorme que pareciam ter vários espinhos de rosas que dividia em dois que enrolava em seus bracos parecendo dois chicotes espinhosos a cor da mulher era um rosa claro, ela fez com que todos da aldeia ficassem na frente dela, ela procurava algo, desço voando na frente dela a jogando para atrás com um chute.

-Ah, o garoto do vento, você que eu procurava.

- Quem é você? Uma louca por flores ou algo do tipo ? - Perguntei com um tom brincalhão.

- Eu sou a chanceler Mary Green, rainha para você, venha comigo que lhe tenho uma proposta.- Ela falou fazendo sinais com as mãos prós guardas que estavam com ela.

- Deixe eles em paz, eles não tem nada haver com isso. - Falei olhando pras pessoas da aldeia que estavam com expressão de medo.

- Do jeito que você quiser, guardas soltem eles.

Os guardas empurraram os moradores vendo alguns cair no chão.

- Agora me diga essa história de contrato, sei que todas me querem, mas só difícil- Falei piscando o olho.

- Me poupe garoto, venha logo no meu carro- Ela falou entrando no veículo rosado.

Vou andando para dentro do carro devagar com tensão, quando entro vejo que é bem maior do que eu pensava, ele tinha vários detalhes com flores roxas e rosas, as luzes eram led e verdes e tinha uma coisa escreto na parede do carro '' CUIDADO PARA NÃO SE CORTAR '' os bancos eram enormes de cor rosa choque, vejo a Mary Green sentando na cadeira com as pernas cruzadas parecendo uma rainha, ela aponta com os dedos para o lado dela, vou andando sem excitar para o banco que ela apontou, ela aperta um botão branco que estava em seu lado e um espelho aparece em nossa frente, vendo minha toca vermelha e minha pele negra com meus cabelos brancos caindo em meu olho direito, estava sem camisa e meu corpo era musculoso com uma calça rasgada que só cobria um lado da perna.

-Tem um pirulito para mim ?

-Não temos coisas para criança.- Ela me disse olhando para mim com um tom sarcástico.

Abaixo a cabeça e fico me perguntando para aonde estamos indo, mas não queria incomodar a ''rainha''.

-Tem alguma flor para dormir aqui ?

-Tem sim meu querido.- Ela colocou a mão no meu rosto e eu cai no sono.












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