Capítulo 3

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Nota da autora: 

Oi, gente! Peço desculpas pela demora em postar o terceiro capítulo, mas tenho uma ótima notícia: não abandonei  a fic! O capítulo 4 já está em andamento e eu espero que vocês continuem gostando e se envolvendo cada vez mais com a história. Fiquei MUITO feliz com os comentários e com algumas meninas me ameçando para eu voltar a postar (hahah, suas lindas ♥). Quero agradecer a paciência e preparar vocês, porque a partir desse capítulo a magia drarry finalmente está mais encaminhada para de fato acontecer! :) 

Boa leitura!

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Maldição Cruciatus, a dor. Maldição Imperius, a dominação da mente. Avada Kedavra, a personificação da morte. Imperdoáveis. Irreversíveis. Maldições que, por séculos, foram evitadas e vistas como sinônimos de poder; a junção de elementos destrutivos para qualquer mortal.

Naquele momento, Draco desejou ser atingido por alguma delas.

Havia ignorado os chamados receosos de Melody ao deixá-la para trás cego pelo ódio. As pessoas que ainda cochichavam se transformaram em meros borrões coloridos entre as paredes cinzentas e, por alguns segundos, ele perdeu o controle; um Malfoy com as barreiras quebradas. O turbilhão de emoções ganhou uma intensidade assustadora e, desnorteado, ele não sabia ao certo como chegara até ali.

Vozes frenéticas gritavam em coro dentro de sua cabeça e aquela sensação de que não poderia fazer nada para que elas se calassem era pior do que encarar a própria expressão no espelho. Mais uma vez se sentia fraco; o mesmo fracassado que não conseguia lidar com algo que havia sido ensinado desde que nascera. Como controlar todas aquelas emoções? Depois de tantos anos ainda se refugiava como um covarde, sufocando com a verdade de que a forçada frieza que transmitia não passava de um truque barato de autoafirmação.

Lucius estava certo, ele nunca seria nada além de um verme.

O espelho do recinto de lajotas brancas rachou lentamente; a pequena linha fina e irregular que descia veloz desde o teto atingindo a pia. Os olhos cinzentos se fixaram na própria imagem partida em dois e, ao se deparar com lágrimas escorregando pelo rosto pálido, a intensidade do olhar aumentou tanto que a rachadura profunda produziu um som peculiar de vidro se partindo quando atingido com força.

Draco pensou em como se sentia patético ao se abater por uma manchete estúpida, mas não conseguia ignorar que aquele fato havia escancarado um portal de memórias que ele fingia ignorar. Aquela reação turbulenta não havia sido desencadeada apenas por um escândalo qualquer, mas por Potter reaparecendo em sua vida. Junto com aquela maldita cicatriz, surgia os fantasmas agourentos para relembrá-lo que seu interior não passava de um amontoado mal resolvido de fraquezas.

Os punhos pálidos atingiram com força a pia de mármore e mais uma vez a rachadura do espelho se aprofundou. Havia uma energia caótica emanando através do loiro e o ritmo furioso de sua respiração contribuía para as vozes falarem mais e mais alto. Ele desejou ser atingido para perder os sentidos e, assim, esquecer todas aquelas janelas abertas, mas continuava ali, apenas tremulando.

Quando Draco fechou os olhos, o espelho finalmente se partiu em milhares de cacos pontiagudos e, flutuando de maneira furiosa, eles voaram em sua direção para atingi-lo; todas aquelas fagulhas com a missão de fazê-lo sentir uma dor real.

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⏰ Última atualização: Jan 04, 2016 ⏰

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