Capítulo 2

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Nota da autora:

Oie, gente! :3 Demorei um pouquinho, mas estou de volta com o segundo capítulo da história! Estão preparados para a primeira interação realmente Drarry? Devo dizer que tive mini-chiliques escrevendo HAH.

Antes de começarmos, quero agradecer as leituras e comentários. Fiquei muito, muito feliz! Obrigada! Espero que vocês continuem gostando. Boa leitura! <3

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Capítulo 2

O relógio, localizado na parede perolada da cozinha, moveu de forma preguiçosa o ponteiro de prata para o número oito. Havia uma peculiaridade no objeto arredondado que ia além dos escuros arabescos decorativos: o ponteiro menor não cumpria sua costumeira função de marcar os segundos e completava sua volta de 360º em um ritmo frenético. Após incansáveis voltas, o ponteiro parou e uma melodia irritante soou pelo recinto silencioso.

Imediatamente passos apressados ecoaram pelo chão de piso laminado e a movimentação foi acompanhada de perto por um par de olhos cor de âmbar. A escuridão em poucos minutos foi substituída por luzes amareladas, um aconchegante calor provindo das panelas e aromas convidativos. A mesa de madeira foi coberta por uma fina toalha de linho com delicados brasões da família Malfoy bordados em suas extremidades e um a um os talheres de prata foram sendo acomodados ao lado dos pratos de porcelana.

A felina, que ostentava uma postura austera digna de uma chefe cerimonial, desceu da bancada e sentou-se no batente da porta; os olhos agora fixos nas portas duplas do outro cômodo. As orelhas de um tom acinzentado escuro movimentaram-se para trás, em uma nítida demonstração de insatisfação, e ela sacodiu o comprido rabo felpudo. Se pudesse falar, estaria reclamando em alto e bom som da audácia do dono estar atrasado para o jantar.

Após alguns minutos a porta se abriu e, desta vez, Draco não executou a costumeira entrada triunfal. Oculto pelas páginas do Profeta Diário, sua risada oca ecoava repetidamente enquanto ele deixava, despreocupado, a maleta de couro de dragão sobre a mesa central da sala.

- Hydra! – exclamou o ex-sonserino em um tom tão alegre que incomodou os ouvidos da bichana.– Onde você está?

Ela não se moveu e lhe daria as costas, porém, o loiro se abaixou rápido o suficiente para lhe coçar as orelhas carinhosamente. Desconfiada pelo comportamento atípico, Hydra esquivou-se do contato.

- Não seja assim. Tenho um bom motivo para ter chegado atrasado... – ele abaixou-se para ficar ainda mais próximo e apontou para a capa do jornal onde Potter permanecia desconcertado na foto; havia um sorriso radiante em seu rosto pálido. – Potter.

Hydra não demonstrou interesse pela explicação e afastou-se de forma pomposa para a cozinha, pensando no quão irritante a pronúncia alegre do sobrenome “Potter” poderia ser. Subiu na mesa e sentou-se ao lado da cadeira do dono, aguardando que ele viesse em seguida, porém, mais uma vez, Draco não seguiu a rotina noturna do jantar.

- O fato de eu ter a confirmação do próprio Potter que todas essas informações da matéria são verdadeiras, torna tudo tão saboroso que mal consigo sentir fome. – O loiro continuou a falar, agora em um tom mais baixo e contido, mas seus olhos acinzentados possuíam um brilho quase febril. – Fico me perguntando como a Weasley fêmea, sempre tão espertinha pelos corredores escuros, conseguiu conviver tanto tempo com Potter dando uma de pomo-de-ouro nos momentos íntimos.

Em meio ao monólogo solitário, Draco amassou o Profeta Diário enquanto gesticulava e Hydra encarou-o com frieza, balançando o rabo de forma impaciente.

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