PARTE 1 - CAPITULO 1

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O primeiro capitulo dessa historia, por uma fatalidade (burrice minha) acabei excluindo. Esse aqui é uma copia do capitulo, por isso as poucas visualizações :( Mas ainda assim , espero que os novos leitores se divirtam.


Já se faziam dezenove anos desde o início da guerra que levara nossa sociedade a decadência, quase não temos informações de outras nações mais sabemos que como na nossa nada é o mesmo, tudo mudou, a destruição a desigualdade e todo tipo de desumanidade toma conta de nossos bairros e pessoas.

Após essa guerra iniciar-se nunca mais tivemos paz, até mesmo momentos felizes são excarsos. Guerra essa que teve início após um crescimento acelerado das nações, que já se era esperado após o descongelamento total dos polos causados pelo aquecimento global.

Com diminuição dos espaços a demanda por território começou a ser discutido, e países como o meu começaram a sofrer com a pressão internacional; o Brasil gracas a sua vasta disponibilidade territorial foram alvos de ataques. Mesmo também sendo vitima das cheias dos mares. O que também os interessavam era nossa fonte primorosa de água e a riqueza de suprimentos, tínhamos produção abundante de todo tipo de obra prima. Agora pouco sobrara, o suficiente para manter a guerra.

Como se não bastasse nascer nessa sociedade em meio a isso tudo, as coisas não tem sido nada fáceis pra mim. Com dezessete anos sou o esteio da família, família essa que cada vez mais eu vejo desabar. E temo pela hora que possa vela desmoronar e sinceramente nenhum de nós tem forças para aguentar algo dessa proporção.

Eu tinha apenas quinze anos quando tudo começou, não a guerra apenas o meu real sofrimento, quando a destruição de nossa família começou.

Era maio, o tempo estava agradável, o céu não estava tão escuro quanto o normal, em alguns pontos havias até mesmo algumas faixas púrpuras.

Eu e minha mãe cozinhávamos, eu cortava as batatas enquanto ela mexia o feijão.

-Você esta cortando isso direito Margot ? Isso é uma casca ou metade da batata? - minha mãe começará.

-Tô - Foi só o que disse de mau grado.

-Claro que não ta. Margo não desperdiça.

-Ta mãe...o papai não vai chegar a tempo não ? Já são - olhei as horas no relógio - seis em ponto. Meia hora atrasado.

-Isso nem é considerado atraso, afoita. Ele chegara tarde mesmo. Trabalho até tarde.

Nos últimos tempos ele não chegava no horário certo, as vezes meia hora de atraso as vezes seis horas. Tudo para descolar um trocado a mais, sem meus cinco irmãos sustentar a casa havia se tornado ainda pior na s últimos três anos desde que eles partiram.

-Hoje chega as cartas de seus irmãos...- o rosto de minha mãe se contorceu enquanto sua mão massageava o peito.

-O que ha mãe ? Não tem o que temer. Isso se repeti todos os meses e eles sempre estão bem... Não vai ser dife...

-E se for Margot ? Eu não quero nem pensar...

-Então não pense. Eles estão bem.
Naquele tempo eu já desconfiava que o coração de uma mãe pouquíssimas vezes falhava, quase nunca. E naquela tarde eu tive certeza.

Meu pai chegara minutos depois de recebermos as cartas de meus irmãos. Não era deles, apenas nos informavam dos fatos: Meus irmãos haviam morrido no campo de batalha. Quando papai adentrou a sala encontrou minha eu e minha mãe, ela sentada no chão com a carta colada ao peito sob suas mãos. Quanto a mim, a abraçava. Ambas já sem forças apenas deixando as lágrimas caírem. Mas assim que meu pai entendeu o que havia acontecido, fora ele que caíra. Na mais profunda depressão.

Hoje eu e minha mãe já superamos todo aquele sofrimento, diferente de meu pai, que nunca mais saía de sua cadeira de balanço em frente a televisão.

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A vida teve que seguir em frente. Já se passaram dois anos após o acontecimento, eu agora trabalho de enfermeira no posto próximo a minha casa, minha mãe cozinha em um restaurante e meu pai, ele nunca se levanta de sua cadeira, apenas para dormir e tomar banho.

Se Luis ou Tadeu meus irmãos mais velhos o viessem assim... Eles eram gêmeos, idênticos, altos e fortes, Tadeu mais que Luís, mas igualmente belos. Quando partiram para guerra tinham apenas 17 anos e eu 12 anos de idade, me lembro de como ficaram elegantes em seus uniformes antes de irem. Puxaram a nosso pai, cabelos lisos e loiros como mel, e olhos azuis mais que o próprio céu.

Os dias no posto tem sido cada vez mais corridos e ao mesmo tempo intermináveis. Hora o posto vira emergência outra pronto socorro, hoje mesmo um homem fora atingido na face por estilhaços de bomba, bomba essa que caiu na rua do posto. Após sair do local vou para casa.

Encontro minha mãe vindo do serviço, o rosto cansado brilhando de suor e gordura da cozinha do restaurante. Á beijo assim mesmo e vamos juntas pra casa, passando pelas ruas pouco cheias olhando as vitrines das lojas.  Ao chegar em casa encontramos meu pai em frente a TV, nada mudara.

Jantamos junto, ele no centro da sala, eu e a sr. Minha mãe no sofá.

O jornal começara, a ancora Fátima Bertiz nos comprimento e então anuncia o cronograma das informações. Após isso da se início as reportagens.

Minha mãe comenta algo sobre o cabelo da jornalista, algo que não dou atenção. inicia-se atualizações sobre a guerra. Nossas forças haviam caído no território norte Americano, e na África central. Nossa aliança ja excarceras com países Europeus haviam sido revogadas. Como solução iminente uma proposta antiga havia sido aceita na câmera. A ancora começou:

-Hoje entra em ascensão a nova determinação governamental, que diz que todos os homens de 15 a 65 anos terão que se alistar a guerra. A partir da próxima semana. A notícia veio do discurso da própria presidente na sede do palácio do planalto.

Um grunhido alto e seco saiu da garganta de minha mãe. E no mesmo instante um torrente de calor percorreu meu corpo, e lágrimas gigantes caíram do meus olhos se esbabacando no meu prato de comida. Meu pai tinha apenas sessenta anos. Degradado e senil na sua cadeira de balanço seria obrigado a ir a guerra, assim como meus cinco irmãos.

Fátima Bertiz continuou:
-Os homens tem a obrigação de se alistarem, mas nós mulheres que se sintam no dever também podemos. Apoie seu partido, sua nação, e alistem-se também.

Minha mãe correu até o cabo da TV, e o puxou, levando não só a televisão mas também o raque e todos os seus objetos ao chão.

                     




Ghost : Operação fantasmaOnde histórias criam vida. Descubra agora