Voltei para o minha casa no dia seguinte, mamãe voltará a trabalhar e eu também, Hebrain fora matriculado na escola publica do bairro. A vida estava voltando ao normal. Se não fosse por meu pai... Meu coração doía só de pensar, apenas de sentir seu cheiro.
As semanas passavam e nunca tiamos informação do papai.
Heloisa nos ligou um dia, dizendo que Margareth Rouceth fora vista no Paraguai, nada confirmado, eram apenas boatos.
Já havia passado mais de um ano, do inicio da minha batalha, uma batalha que fora contra meu antigo eu e todo o governo. Meu celular tocou, toquei a tela e deslizei.-Alô. - Disse eu.
-O seu pai esta comigo aqui, ele sente saudade. E eu vou te dizer a verdade, não aguento mais esse velho babão. - Era a voz dela, grossa feita a de um homem.
-Onde você estão ? - Minha voz falho esganiçada. Meus olhos se encheram de ódio, e medo, uma lágrima caiu pesada no chão.
-Você tem pouco tempo... Muito pouco. Estamos no centro da cidade, no Hotel Vermelho. Aquele próximo ao Mercado Central. Ligue para a polícia e seu papai morre assim em um estralar de dedos. Eu não tenho nada a perder. - O telefone bateu no gancho. Tu! Tu ! Tu! Ecoou meu celular.
Corri até meu carro novo. Virei a chave e engatei a macha, soltei a embreagem e acelerei fundo.
Minutos depois já estava no centro. Passei pela rua do mercado central, e do teatro.
Abri o porta luvas, passei a mão e tirei minha pistola automatica. Desci do carro peguei meu celular, mandei uma mensagem pata Hebrain. Ele saberia o que fazer.
Meu coração pulava em sonoras batidas, quando passei a porta de entrada, no hall passei correndo pelas escadas e me dirigi ao segundo andar. Não tentaram me parar, se tentaram não percebi.
A arma já estava na minha cintura. Quando cheguei no segundo andar, me dei conta que não sabia onde a mulher se encontrava. Meu celular tocou novamente.
-Ótimo saber que você chegou, venha ao último andar, meus homens te esperam. E lembresse se a policia chegar seu pai morre no mesmo instante.
-O que você pretende fazer, vingar-se ? - indaguei sem folego.
O telefone bateu na minha cara de novo. Corri o mais rápido que pude. Afoita, meus pulmões se rasgavam em busca de folego, eu não tinha tempo para respirar, apenas continuei a correr.Duas armas estavam apontadas pra mim quando cheguei no ultimo andar, dois homens bem vestidos. Eram seus capangas pessoais. Me conduziram até o interior de um grande salão. Havia um piano e alguém o tocava, a pessoa estava escondida atrás piano. Caminhei o mais sorrateiro possível, a música continuava. A presença atrás atrás do instrumento era irreconhecível, meu pai, havia algo naquela pessoa que o lembrava, mas não era ele, não podia ser. O senhor era descanardo, de olhos fundos e de lábios rachados. Quando seu olhar me alcançou, estacou.
A musica parou, seus olhos se encheram e ele se levantou. E nos abraçamos, caímos de joelhos e eu o disse o quanto o amava e ele o quanto sentia muito, tentava acalma-lo, e ele continuava a pedir desculpas por ter sido covarde.
Ele me beijou na testa e chorou como uma criança. E sussurrou um "eu te amo".
-Lindo ! Palmas, até me arrepiei. E lagrimas quase vieram. - Margareth vinha em nossa direção, uma pistola em mãos, mirando em nós, ela sorria, algo sombrio e maldoso, cheia de veneno. - Pena que essa merda vai ter fim. Eu já vou dizendo não pretendo deixar nenhum de vocês viverem. Agora se quiserem viver vão ter que fazer tudo que eu mandar. Não vai ser como da ultima vez.
- E o seu que você pretende. Diga sua vaca. - Gritei, saiu involuntariamente.
Ela avançou sobre mim e acoronhou na face. A dor invadiu todo o meu rosto, e correu pela nuca até o estomago.
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Ghost : Operação fantasma
Genç KurguEm um mundo distópico, onde o crescimento populacional e a cheia das marés diminuíram o espaço populacional, e a falta de água levaram o mundo a uma guerra é a atmosfera ao qual, Margot se encontra, e como se não bastasse deve escolher, lutar ao lad...