Capitulo 5

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Eu já estava na base a cerca de um mês, minha mira com as armas de fogo tinham progredido muito melhor do que eu poderia esperar em vidas, meu corpo estava músculoso e cheio de hematomas, eu podia correr horas sem parar e nadar tanto quanto, o mais difícil foram nas parte teórica, montar estratégias e montar planos não era meu forte, nem de Shandra que virou mais do que minha "baba" ela estava se mostrando uma grande amiga.

Quando eu via Gabriel na sala teórica ele sempre estava rodeado de pessoas todas admiradas com sua capacidade de montar emboscadas, planos de fuga, invasão e coisas do tipo. Eu o via tão pouco e quando o via mau, mau nos comprimentavamos , ele estava sempre sobrecarregado.

O dia chegou, Heloisa e sua equipe de trinta e dois atiradores, espioes, estrategistas e especialistas com capacidades muito além das minhas.

Heloisa repetiu o plano pra mim pela decima vez, e então me levou para o meio da multidão, estávamos em um congresso onde senadores, prefeitos, pessoas da mídia e toda a alta cúpula se encontrava. A presidenta estava sobre um palanque envolta dela centena de pessoas se aglomerava. Heloisa me mostrou onde os atiradores se encontravam, em um prédio branco atrás de vários outros prédios mais próximos e também mais baixos.

-Assim que a imprensa voltar aas atenções para outras pessoas e ela se retirar é a sua hora de entrar em cena. -Ela me aconselhou. - Aqui esta sua credencial diga que é de uma colunista do jornal "Santo dia", e ela te dará atenção. Tudo deve ser o mais rápido possível.

Eu confirmei com a cabeça. E me dirigi a fila de acentos de credenciads. As perguntas começaram e terminaram. A mulher no centro da mesa no palanque se levantou e começou a se levantar. Pessoas da imprensa corriam em todas as direções em busca de suas "vitimas" a presidenta estava em meio a um aglomerado. Assim que ela começou a se esquivar da imprensa foi minha deixa. Corri e a interceptei. Conhecia muito bem aquele rosto, não pessoalmente, mas as bochechas infladas, os olhos grandes contornados por pés de galinha suaves e bochas de cansaço.
A barriga sobresalhente e o cabelo sempre em um coque preto eram característicos do horário politico e das varias propagandas politicas. Assim que a mulher se retirou corri junto a massa de reportes atrás dela, assim que a camada foi se dissolvendo eu a consegui chegar até ela. Meia duzia de soldados a rodeavam. Não havia problema, eu seria rápida.

-Senhora presidente. Eu sou Sarah Campbel - esse era o meu nome falso, gravado no meu acesso - Do Santo Dia. Uma foto por favor.

-É só o que deseja querida. - Ela queria mais, queria as entrevistas que seriam colocadas na capa do jornal a idolatrando. Era pra isso que pagava o jornal, o mantém.

-Não - sussurei - Eu sou uma agente especializada de um grupo rebelde. Eu vim em missão te entregar um recado. Não grite, não faça nada.

Naquele momento centenas de luzinhas vermelhas surgiram no peito da mulher e desapareceram. Quaze imperceptíveis aos outros no alvoroso.

-Qualquer ato seu e ambas seremos bombardeados por tiros de atiradores que podem atirar a longas distancias sem miras e quem sabe de olhos fechados.

-Tudo bem eu farei o que for dito, mas você não sairá impune. Saiba disso, ninguém ameça a mim e sai ileso. - ela Sória, como se estivesse acustumada aquilo.

-Eu sairei pode ter certeza. Você jamais me encontratara sem que meus lideres queiram. - ela jamais me encontraria eu sou um "fantasma". - Vim em paz, em nome de todos os grupos rebeldes, querem um cessar fogo, tudo o que queremos é que tente um acordo de paz. Não pedimos muito, pedimos que nas próximas reuniões de guerra acordos sejem tratados e que essa guerra tenha fim. Que pare de levar nossos jovem e idosos a batalha e que nos deixem sernos livres. Guerra não nos trara água. Ou ao contrario. - luzes brilharam novamente e desapareceram. - Eu vou até você novamente e não pense que poderá se esconder atrás de armas eu sou um "fantasma" e não posso ser visto ou encontrado.

-Pode ser morta. - concluiu ela.

-Eu posso, mas os ideais que eu luto não. Se eu morrer outros continuarão. É minha hora de ir. Não tente nada contra mim, se eu for capturada me sacrificaram e a você também.

Ela não respondeu, mas um guarda veio até nos.

-Senhora a algum problema aqui ? -indagou ele.

Ela refletiu por uns momento então respondeu:

-Não, querida eu tenho que ir. Mas diga a "eles" que eu não farei nada que me pediram. Não posso. Não quero. Venha a mim novamente e tudo será novemnte não será pra mim que armas estarão levantadas. -ela se aproximou de mim e sussurrou estas palavras.

-Você que sabe. Não queremos guerra, nem morte, mas tomaremos o poder caso vocês não nos dê o que pedimos. Paz.
Me virei e sai caminhando dentre a multidão enquanto Heloisa sussurava no meu ouvido. "Você foi ótima. Mas eu não ouvi nada mais. Algo explodiu. Era uma arma, haviam atirado em alguém. Eu me virei para olhar em quem. Todos me olhavam. Então sentir que minhas costas estavam molhadas por algo quente e espesso, levei minha mão próxima as aqüícolas. Sangue. Foi tudo que me lembro antes de cair. Houve mais tiros, não em mim. E tudo se foi.

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Tudo o que eu queria era o abraço forte e caloroso do meu pai. Mas eu não podia contar com isso. Tudo o que eu tinha era o olhar seco e odioso da presidenta.

Me peguei pensando na guerra sem fim no governo totalitário e as vezes brutal, ao qual o poder nunca mais mudou de mãos, nos instalando em um regime ditatorial. Não temos mais escolhas, apenas aquela mulher rechonchuda ordenava, sem pudores. Nunca aceitava tratados de paz, pois acreditava que iriamos ganhar essa guerra, mas a bem da verdade estamos perdendo e mesmo se ganhasemos as feridas seriam graves demais para cicatrisarem, maiores do que já são.

Quando a guerra é o meio de se encontrar paz é o sinal mais claro de que há algo errado, e isso foi algo que as pessoas nunca perceberam, por que se perceberam não se importaram. Protestam os contra tudo, mas não usamos nossa vez para parar a guerra, Ela nunca quiz parar a guerra por que tudo o que sustenta seu governo infame são os termos bélicos.

-Uma ratinha, é isso o que você é... Quase invisível, correndo pelos lugares mais inospitos , mas mesmo um ratinho pode ser detectado. Devo chamo-lo de Margot Raposo esse animalzinho que se escondia de nossos bancos de dados ? - A voz da presidente era grossa quase como a de um homem. Alta e truculenta. - Você pode ter escapado do banco de dados, mas não das cameras, os documentos falsos que sua mãe apresentava não serviram de muita coisa. Seija lá qual seje seu real nome você não escapou. Seu pai esta sendo trago para se juntar a você.

-Não. - Minha voz saiu muito mais alta do que eu esperava, um grito trêmulo e estridente. - Não ouse encostar um dedo no meu..
-Calada. Eu não encostarei, mas vai depender de você o bem da sua família. - Ela se aproximou de mim. O rosto proximo ao meu, próximo o suficiente para mim sentir o cheio pútrido de café da sua boca. - Seu pai, mãe e seu irmãozinho. Todos estão a caminho do Palácio.

Eu não tinha irmão... Na verdade já tinha me esquecido do pequeno Hebrain, eu não o conheci quase nada, mas soube que era ele. Meu irmão.

Enquanto me perdia em pensamentos apaguei novamente. Haviam infetado algo no meu tubo de soro.

Ghost : Operação fantasmaOnde histórias criam vida. Descubra agora