Era um simples chapéu
que sonhava uma cabeça habitar.
Lá da vitrine ele imaginava
Talvez em uma guerra,
um soldado salvar.
Outrora se via galanteador,
na cabeça de um ator.
Até diplomata ele seria!
Ou quem sabe tirasse
um coelho de dentro de si?
Mas um dia tudo mudou,
quando de um vendaval
ele se agitou,
e da cabeça do desanimado manequim
ele voou,
foi parar num galho de uma árvore
virando por fim lar de um casal
de pardaizinhos.
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Olhei, virou poesia
PoetryOlhar e transformar em conto poético, esse é um projeto do Júnior Ferreira. Contato: jun_pdv@yahoo.com.br