Seca

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De barriga roncando,

e bolsos furados,

Caminhando e correndo.

Procurando uma chuva 

que como as lágrimas, 

já não caem mais,

Com pés rachados

em uma terra que 

não sangra mais.

Debaixo de sol ardente,

Que queima a pele

dia sim e no outro também.

Coroado com espinhos,

e chicoteado com pedras.

Com olhar perdido, 

distante, sofrido.

João carregava, feito cruz,

o sertão nos ombros.

Olhei, virou poesiaOnde histórias criam vida. Descubra agora