Estou sentada na minha lanchonete favorita, quando vejo algo que me parece estranho, dois cara, altos,um moreno com barba mal feita e o outro de boné, e um terceiro, meio loiro, percebo que ele está sangrando, balads ou facada, o mesmo está desmaiado ou está tão fraco que não consegue nem andar, eles estão o levando para um beco, resolvo segui-los.
Eles estão indo para o que parece um galpão abandonado, conheço muito bem esse lugar,e bom, definitivamente eles são os primeiros a entrarem ali.Não deveria estar aqui, mas não tô me importanto muito, tento ouvir por trás da porta de ferro e ouço alguém conversando,na verdade gritando, e do nada um silêncio mútuo, não ouço mais nada.
Eu tenho que ir embora, mas sinto que a algo de errado ali, não sei se devo ligar pro meu pai, ele não acreditaria em mim, afinal, nem eu sei o que ta acontecendo. Ainda está tudo em silêncio o que é estranho,pois, a alguns segundos estavam discutindo, talvez eles foram embora por outra porta.Tem uma janela no canto esquerdo, conseguiria ver o que está acontecendo se subisse na lixeira que está ao meu lado, então é o que faço, e vejo o cara loiro amarrado a pilastra, não vejo os outros dois, o galpão está de fato vazio, a algumas mesas e em uma delas uma pasta preta.Ele está sangrando muito, então decido ligar para meu pai, ou melhor para a delegacia.
Delegacia de Chicago. - Diz Jennifer.
- Jen, oi sou eu, Sophie a Lind ta ai? - Digo, resolvendo falar com Lindsay ao invés do meu pai.
- Oi Soph, ta sim, só um minuto que irei transferir a ligação. - Responde ela gentilmente.
- Obrigada - digo.
- Soph,aconteceu algo? - Pergunga a Lind com a voz preocupada.
- Oi Lind, não sei se é algo importante só que eu estou vendo um cara que está sangrando, ele ta amarrado a uma pilastra num galpão abandonado, dois caras o trouxeram para cá só que nao vejo eles, estou do lado de fora e a porta está trancada, acho melhor ligar para a ambulância.
- Me manda a sua localização que estou indo para ai,no caminho ligo para a ambulância.
- Tá.
Desligo e vou até as mensagens, para escrever onde estou. Mas antes de fazer, percebo que alguém está a trás de mim, se aproximando rápido, não dá tempo de escrever a mensagem, desço da lixeira e ando rápido pelo beco, faltam alguns metros até chegar a rua,não olho para trás e apresso o passo, acho que é um homem,pela maneira de andar, vejo apenas sua sombra e então continuo andando, ele está se aproximando muito rápido, e eu estou com medo, eu sinto o medo percorrendo meu corpo que estremece, falam uns 5 passos até a saída do beco.
-AHH - dou um grito de susto, um cara aparece na minha frente, levo um susto, ele é loiro, olhos claros, alto e bem forte, percebo que o outro cara se aproxima e é então que vejo que ele está mais próximo do que imagina, rapidamente ele coloca a mão em minha boca e uma arma em minha cintura.
- Leve-a para dentro. - Diz o cara loiro. Não vejo o outro cara que está atrás de mim.
- Você vai andar como se nada tivesse acontecendo ao meu lado, iremos entrar primeira esquerda e eu juro que se você disser uma palavra eu atiro.
- O que te faz pensar que irei com você a algum lugar? - Digo, virando para trás com um pouco de medo.Olho no fundo dos seus olhos escuros, ele é mais alto que eu, 1.80 mais ou menos, cabelos pretos e longo, mas nao tão longos,barba bem feita ele está vestindo um jeans, uma camisa e uma jaqueta preta por cima.
- Você não tem medo de morrer não garota? Eu estou apontando uma arma pra você e você ainda me enfrenta? - Ele fala furioso.
- Você não sabe com quem ta falando,mais ta bom, não tenho nada a perder indo com você, meu dia estava tediante -respondo.
Ele coloca seu braço por cima do meu ombro e a mão que que estava com a arma em minha cintura passando pela frente do seu corpo e então seguimos em frente, o cara loiro ficou no beco, consigo sem que ele perceba ligar o localizador para que meu pai me ache, algumas pessoas que me conheciam olhavam com um olhar desconfiado mais nada que pudesse chamar atenção, entramos em outro beco, havia alguns caras e uma porta também de ferro, ele a abri e me empurra com delicadeza até lá, sem dizer uma palavra ele amarra minhas mãos com um corda que achará jogada no chão, eu não estou mais com medo, se fosse para me matar já teria feito.
- Você estava no lugar errado na hora errada, perto de pessoas erradas, agora ta encrencada, porque você estava lá hein garota? Agora ou eu te deixo aqui pra morrer nas mãos dele ou eu te mato. - Ele fala, com uma voz agressiva e preocupada, acho que ele tem medo de alguém, provavelmente o cara loiro.
- Eu sempre estou no lugar errado, na hora errada e com pessoas erradas, acho que atraio isso para mim, mesmo não querendo - falo, respiro e continuo - presumo que você não vai me matar. - termino.
- Jamais mataria alguém, ainda mais uma moça tão jovem e bonita como você - diz ele dando um sorrisinho, minha bochechas coram na hora - Mas não tenho tanta certeza de que meu amigo não fará. - Continua.
- Então, me deixe ir embora.Porque você me trouxe para cá? Não vi nada além daquilo e eu nem ia imaginar quem teria feito aquilo, os caras que vi não foram vocês. - falo.
- Você faz muitas pergunta, é melhor calar a boca ou as coisas vão ficar feias. -
- Estou morrendo de medo. - falo enfrentando-o.
Ele me amarra na pilastra e pega meu celular, coloca uma fita em minha boca e sai, tento falar mais a fita não deixa, sento-me no chão e tento desamarrar minhas mãos,a corda está muito presa, tem uma faca na minha bota mais não tem como pegá-la. Então começo a observar o local, a uma escada atrás de mim, vi quando ainda estava em pé, duas portas a minha direita e uma bem grande atrás de mim, tem dois carros, citroën preto e uma van branca, tem uma mesa ma minha frente,vejo que há um arma ali,provavelmente uma 38,só tem uma janela do lado da porta pela qual entrei, não vejo mais nada.
Eu não sei o que estou sentindo, mas sei que medo não é.
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Estrelas Não Dizem Adeus
Science FictionApenas mais um corpo estendido no chão de uma rua qualquer de um lugar indiferente sem ninguém para chorar. Até então sem um culpado qualquer.