Capítulo 4

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O olhar dele é de quem quer me fuzilar, ele está muito furioso, mais eu preciso saber o porquê do Chase ter feito aquilo, eu sei que não foi só pela irmã dele.
- Você está louca? Eu não te deixarei perto daquele cara nem um segundo. - diz ele.
- Pai, eu tenho esse direito, e eu vou falar com ele, você deixando ou não. - digo.
Meu pai fica me olhando em silêncio, e depois levanta.
- Louis, venha comigo. - diz ele praticamente gritando.
- E ai gatinha, tudo bem? - Louis pergunta sorrindo.
- To ótima. - digo, retribuindo o sorriso.
Nós vamos até a sala de interrogatório, eu abro a porta e o vejo, ele está machucado, tenho quase certeza que meu pai deu uma surra nele. Ele me olha e eu não faço a minima ideia do que está passando por sua cabeça.
Sento-me em frente a mesa, e olho no fundos dos olhos dele.
- Sei que mentiu para mim, agora não tem mais como fugir, conte-me a verdade ao menos uma vez na sua vida. - digo, ainda olhando em seus olhos.
- Desde o começo? É uma história bem longa. - ele fala.
- Tenho a semana inteira. - digo
- Minha irmã sempre foi uma garota muito bonita, sempre chamando atenção, desde pequena, sempre fomos apenas ela, Rick e eu, nós não temos família, Rick tinha 14 quando meus pais forma embora, eu, eu tinha 10 e ela 3, 3 anos, e os nossos pais nos deixaram, 3 crianças. Rick sempre cuidou de nós, ficamos na nossa casa, não sei para onde nossos pais foram, eu cuidava de minha irmã enquanto meu irmão trabalhava, ele nos suspentava. A uns dois anos mais ou menos minha irmã conheceu um cara barra pesada, ele meio que perseguiu ela e meu irmão e eu demos uma surra nele, ai ele parou, só que a 3 meses ele apareceu de novo e minha irmã não nos contou, e bom, eu acho que foi ele, provavelmente sequestrou Kendal, assim ele iria nos atingir,fomos atrás dele e não achamos nada, viemos na polícia e denunciamos ele, e dissemos que nossa irmã estava desaparecida, e eles disseram que não podiam fazer nada, pelos simples fato de ela ser maior de idade, passou alguns dias e viemos de novo, a resposta foi a mesma. Estávamos desesperados, não sabíamos o que fazer, esperamos por um tempo, nós sabíamos que ela não timha fugido, e então tivemos a ideia de sequestra um policial, só que em dia eu te vi sair daqui com o seu pai, e eu tive a brilhante ideia de te sequestrar. Te seguir durantes uma semana e vi toda a sua rotima, estava indo tudo conforme tinha planejado, mas, não te contei tudo, a polícia já sabe, e percebo que você não, o cara baleado, ele ta morto, meu irmão o matou, e agora eu também sou cúmplice de assassinato. Não me olhe assim, eu realmente gostei de você e eu não queria machuca-la, continuando, iríamos pegá-la e ligaríamos no mesmo dia para seu pai, pediríamos minha irmã como resgate, e quando eles a trouxessem, nós soltaríamos você, estava tudo perfeito, ia dar certo, só que esses idiotas preferiram nos desafiar. - tento replicar só que ele coloca sua mão em minha boca. - Por favor, deixe-me terminar. Daria certo, mas aconteceu várias coisas, eu me apaixonei, seu pai apareceu, e até agora, nada da minha irmã,me perdoe, eu não queria que fosse assim,me perdoe, de verdade. - ele termina de falar, e fica ne olhando, não sei nem o que dizer, é tudo tão confuso.
- Eu, eu te perdou, sei que não queria, eu só vim me despeedi, ainda não conversei com meu pai, mas acho que vou me mudar , e eu sei que se você ajudá-los a achar seu irmão eles podem te ajudar a ficar menos tempo aqui. - digo.
- Eu até ajudaria mais não sei onde ele está, não tenho a mínima ideia. Você não deveria ir, essa é a sua cidade, para mim,você é a única coisa boa aqui. - ele diz se aproximando.
Ele está chegando bem perto de mim, a única coisa que nos separa é a mesa, ele coloca suas mãos em meu rosto e eu sinto um frio na barriga, não precisamos dizer nada, esse simples gesto já diz muita coisa, uma de suas mãos estão apoiadas a mesa, e eu coloco uma das minhas em cima da sua, eu também me aproximo dele, seu rosto está muito perto do meu, nunca senti isso antes, eu quero muito beijá-lo, mais sei que é errado, eu não deveria nem estar sentindo isso, ele me sequestrou e em troca eu me apaixono por ele? Isso não é certo, e então eu percebo que tudo isso é uma ilusão, eu abaixo meu rosto, tiro minha mão de cima da sua e me afasto lentamente, levanto-me da cadeira e sigo até a porta, abro-a e virando-se olho pra ele, e saiu sem dizer nada.

Estrelas Não Dizem AdeusOnde histórias criam vida. Descubra agora