Epílogo Bônus

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Eu já estava casada com o Nath a quatro anos, e cada dia que passava era os momentos mais preciosos da minha vida, e agora eu tinha um presente maravilhoso. Uma filha, a coisa mais fofa e linda desse mundo.

Ela tinha o cabelo ruivo igual ao meu o que foi uma surpresa. Já que eu fiquei ruiva depois, mas o que mais chamava atenção eram os olhos dela iguais ao do pai. Ela se chamava Haley e hoje ele iria completar um ano de vida.

Às vezes o Nath ficava irritado porque a babá da Haley não deixava trocar a frauda e coisas desse gênero. Isso para mim era as mil maravilhas, apesar de que eu já tinha trocado umas vezes, mas eu não gostava muito.

Como eu havia dito a Rosa teve uma garota idêntica a ela, cabelo castanho claro e olhos cor de mel. Quando a Rosa descobriu que era uma garota ela não gostou muito, mas logo depois que ela teve a Clarice ela já tinha ficado grávida de novo. Para eu cuidar de uma já era difícil enquanto ela agora tinha que cuidar da Clarice, Cath e o Max que era o mais novo.

O Karlos disse que ele não ia ter mais filhos, porque eles já tinham bastante. A Rosa não quis aceitar isso de mediato, mas depois aceitou com relutância.

A minha mãe continuava morando com nós, o que era muito bom. Ela agora já tinha aceitado o fato de estar mais velha, mas eu também já estava ficando velha não estou? Nada disso Lila você só tem vinte e dois anos, ainda está nova, pensei.

Esses quatro anos havia sido os melhores da minha vida, eu e o Nath não incorporamos o famoso felizes para sempre. Não que eu não era feliz com ele, mas sempre tínhamos confusões. Aliás, somos um casal e isso era normal.

Eu agora sou bastante feliz, mas tem dias que eu posso matar alguém. Esses dias costumam ser sempre depois das nossas brigas, mas eu até gosto dessas brigas. Porque sério se eu vivesse sempre na paz iria ser muito chato.

Eu e o Nath havíamos feito uma festa para a Haley, iria ser uma festa bem grande. Eu não queria uma festa de tamanha magnitude, pois ela nunca mais iria se lembrar dessa festa mesmo. E também iríamos gastar muito dinheiro nisso, mas eu tinha que aceitar ela era a princesa literalmente.

Então voltando para o presente momento, eu e o Nath estávamos discutindo. Só que o que seria o maia engraçado nisso tudo seria que quando estivesse de noite iríamos sorrir, mesmo não querendo. Eu não aguentava mais esperar por essa hora.

- Todos os preparativos já estão arrumados para a festa - ele disse impaciente - A festa vai acontecer querendo ou não!

- Eu sei que a festa vai acontecer - rebati - Mas você simplesmente não pode criar ela assim, porque quando ela crescer... - ele me interrompeu.

- O que vai acontecer? - ele disse e cruzou os braços.

- Você já viu essas crianças que são criadas assim em berço de ouro? - perguntei aumentando o tom de voz - Elas costumam ser mesquinhas, não se importam com as pessoas com um nível inferior.

- Nem todos são assim! - ele disse fechando a cara.

- Praticamente todas - revirei os olhos - Eu não quero que a minha filha seja assim!

- Então como você acha que eu devo criar ela? - ele perguntou.

- Não é só você que tem que criar ela, eu também! - gritei.

- Então diz como.

- Ela deve ser tratada como igual e não como uma Deusa - olhei bem fundo nos seus olhos - Ela tem que conhecer o mundo lá fora, as pessoas mais humildes e ter amigos de uma classe maia baixa.

- Ela ainda está muito nova - ele disse.

- Ela está nova demais para ter uma festa assim no qual ela nunca vai se lembrar- olhei para o lado.

- Eu vou andar no jardim - ele disse e foi na direção da porta.

- Eu vou levar ela para conhecer outras pessoas - falei.

- Tudo bem - ele suspirou e saiu.

Eu sabia que ele iria concordar comigo, era sempre assim. Ainda não entendia porque ele sempre discutia se sabia que iria ser irrelevante. Sentei na cama e soltei o ar, qual eu nem sabia que estava prendendo.

Fui para o banheiro e me arrumei, escutei alguém abrir a porta e vi que era o Nath, ele olhou para mim e ficou calado por um tempo. Depois de um tempo assim um sorriso perverso surgiu no rosto dele.

- Eu vou ver se os convidados já chegaram - falei, mas ele veio na minha direção e me abraçou.

- Desculpe - ele sussurrou.

- Me desculpe também - sussurrei também.

Ele olhou para mim e me beijou com bastante intensidade, senti todos os cabelos do meu corpo se arrepiarem. Segurei no seu pescoço e o puxei para mais perto, as mãos dele deslizaram até a minha cintura. Mordi o seu lábio inferior de leve em meio ao beijo.

- Vai se arrumar logo - falei enquanto recuperava o meu ar.

Ele concordou com a cabeça, mas no seu rosto ainda estava com aquele sorriso que não me engana. Sai do banheiro e fui ao quarto da minha filha, ela estava linda como uma princesa. O vestido dela era azul, e tinha ficado muito bem nela. Peguei-a no meu colo e lhe dei vários beijos pelo seu rosto delicado.

Sai do quarto e encontrei o Nath no corredor, ele pegou a Haley no colo. Mesmo eu não querendo que ele fizesse isso. Descemos as escadas e os convidados já estavam lá. Encontrei a Rosa e o Karlos no meio daquelas pessoas, onde estão os filhos... Antes mesmo de eu terminar o meu pensamento os encontrei correndo pelo salão, bom o Max só tinha um ano e ele estava sendo carregado por um garoto mais velho. Fiquei com medo de ele cair.

- Como vocês estão? - perguntei enquanto os abraçava.

- Digamos que estamos mortos vivos - o Karlos disse e riu.

- Também não é assim - a Rosa disse e fez beicinho - Me deixa pegar a minha nora - ela disse e pegou a Haley.

- Não vem com isso de novo - reclamei.

- Mas é verdade - ela disse brincando com a Haley - Eu não tenho culpa amiga, se eu posso ver o futuro.

- Mesmo assim, isso é estranho - falei.

- Ela tem que soprar as velas - o Karlos disse.

Fomos para frente daquele bolo enorme, e a pessoas começaram a cantar a música de aniversário. Depois elas bateram palmas e a Haley assoprou as velas, mas não foi assim tão fácil por que ela não queria assoprar as velas.

Depois de um tempo peguei a Haley e fiquei com ela no meu colo, o Nath tentou pegar ela de novo, mas eu não deixei. Depois queria que eu o Nath dançasse, mas eu levei a Haley junto. Ficamos os três juntos ali no meio do salão dançando e rindo.

Não era como o famoso "felizes para sempre", mas eu tinha uma sorte imensa de ter me casado com o Nath, e por ele ter me dado um presente maravilhoso, uma filha. Agora sim éramos uma família, e ter uma família é muito mais do que ser felizes para sempre, porque felizes para sempre não existe, mas o amor imenso de uma família existe sim e é maior do que tudo nesse mundo.




A Bruxa {Completo}Onde histórias criam vida. Descubra agora