26

45 6 3
                                    

Emma Smith, diretora da Modest, estava agora há minha frente prestes a disparar contra a minha testa. Medo é o que eu sinto, vou morrer, a minha vida passa-me diante dos olhos. Já não vejo a minha família há algum tempo, a última vez que ia para beijar Louis ele virou-me a cara e está chateado comigo, as minhas meninas e os meus meninos, que eu não vou ver mais. Se fosse há um tempo atrás eu aceitaria levar um tiro sem preocupações mas agora, não estava de todo nos meus desejos.

Emma: Quais são as tuas últimas palavras querida Laura? – Pergunta com cinismo.

A porta abre-se e entra João, ele ao ver a pistola apontada a mim arregala os olhos e perde o sorriso.

João: O que estás a fazer Emma? – Pergunta com receio.

Emma: AH, estás ai João, anda ver o último suspiro da Laura. – Sorri.

Eu baixo a cabeça e deixo uma lágrima escapar.

João: Isso não era o combinado Emma! Era suposto fazeres-lhe um susto e ela ir para Portugal e tu nunca mais a vias! – Levanta o tom de voz. Não acredito que ele veio para Londres para fazer um esquema que me levaria a voltar para Portugal.

Emma: Pois é meu querido, mas mudei de ideias, assim tenho a certeza que ela não se irá mais meter no meu caminho, se vier a público que o Louis namora com ela e que eu organizei um namoro falso vou perder muito dinheiro, e não estou a falar me milhares. – Diz aumentando o tom de voz também.

João: Não Emma, eu ajudei-te e tu disseste que eu podia ficar com ela!

Já não estou a entender nada da conversa.

Emma: Sim, quem manda aqui sou eu!

João: Eu amo-a, não podes fazer isso! – Grita, eu levanto a cabeça, o quê? Ele magoou-me e estava à espera que eu o perdoasse?! – Por favor!

Emma: Tu não a amas! Tu tens uma obsessão por ela! – Grita, e desbloqueia a arma e encosta-a com força à minha testa, quando vai para premir o gatilho o João num ato rápido empurra-a, sinto a bala acertar-me no peito, em vez de ser na cabeça, e sinto o meu corpo embater contra o chão.

João: NÃO!! – grita enquanto se ajoelha junto de mim depois de tirar a arma a Emma, ainda consigo ver os dois rapazes a fugirem, de certeza que estavam com medo de serem apanhados. – Laura, por favor fala comigo, desculpa-me. – olha-me nos olhos e dá-me uma festa na cara, eu deixo uma lágrima deslizar pela minha face e arranjo forças para lhe responder.

Eu: Odeio-te. – Perco os sentidos. Será desta vez que vou de uma vez por todas?

(...)

Ouço sussurros, quero abrir os olhos mas não consigo, dói-me o corpo todo. As vozes começam a ficar nítidas, é o Louis e a Matilde que estão a falar.

Louis: Não vou Matilde, vou ficar aqui até ela acordar, ela tem de acordar, a minha vida já não é a mesma sem ela, eu fui um estupido por nem sequer a ter ouvido, fiquei logo a pensar que ela me estava a trair, e o que ela fez foi apenas proteger-me. – Sinto que começa a chorar.

Matilde: Não podias adivinhar Louis, não tens culpa de nada, vai descansar só um pouco.

Louis: Não vou, não insistas, vai descansar tu que também precisas, só saio daqui quando ela acordar. Vai lá descansada.

Matilde: Pronto, não insisto mais. Até logo Louis.

Louis: Adeus Matilde.

Ouço a porta fechar-se e sinto um corpo, que calculo que seja Louis a sentar-se no que presumo ser uma cadeira ao meu lado. Agarra a minha mão e coloca a outra por cima da minha cintura, de modo a dar-me um abraço meio estranho.

Louis: Laura.. preciso tanto de ti. Fui um idiota por não ter estado mais atento a ti. Eu sabia que o João não tinha boas intenções mas nem sequer falei contigo acerca disso, e arrependo-me tanto. Eu amo-te e não te quero perder.. por favor acorda, eles querem desligar-te as máquinas, mas eu não vou deixar, eu sei que tens força para lutar e eu vou estar aqui a lutar contigo, acorda meu amor, é tudo o que peço. – Diz enquanto chora. Faço de tudo para acordar mas nem um milímetro do meu corpo se move.

(...)

Louis POV's

Ela não acorda e querem desligar-lhe as máquinas, não vou deixar que o façam, eu amo-a e não a quero perder. Batem à porta e vejo Matilde entrar, ela senta-se ao meu lado no pequeno sofá onde estou, ao lado da maca onde se encontra a Laura.

Matilde: Estás melhor?

Eu: Não estou nem vou estar enquanto ela não acordar Matilde.

Matilde: Louis, ouviste os médicos, é muito complicado que ela acorde, eles já perderam as esperanças, eles só a mantêm ligada ás máquinas porque tu pagaste para isso e porque és quem és.

Eu: Eu acredito que ela vai acordar e enquanto acreditar nada nem ninguém me vai convencer a desligar as máquinas. – Digo rudemente, como ela pode? Elas são amigas!

Matilde: Louis, quanto mais tarde tiveres consciência mais doloroso vai ser.

Eu: CALA-TE, como podes dizer isso sendo amiga dela? – Levanto o tom de voz.

Matilde: Louis eu sou, eu acreditei nela até os médicos dizerem que a probabilidade de ela acordar é quase nula! Eu tenho pena e custa, mas é a realidade. – Começa a chorar.

Eu: Pronto desculpa se calhar fui muito rude, mas compreende que eu não vou deixar desligarem as máquinas.- digo mais calmamente.

Matilde: Deixa eu sei que está a ser muito complicado para ti.

Louis: Obrigado por entenderes.

Matilde: De nada.. somos amigos não é?! – Diz e dá-me um pequeno sorriso, ficamos a olhar-nos nos olhos e vamos aproximando as nossas faces e quando cai-o em mim já nos estamos a beijar. Não pode ser, eu amo a Laura. Separo-me bruscamente dela e levanto-me do sofá e começo a andar de um lado para o outro. – Isto não devia ter acontecido Matilde. – Digo em pânico.

XX: O que é que não devia de ter acontecido? – diz Harry que entra no quarto, como é que lhe vamos contar?

**

Olá meninas espero que estejam a gostar :D 

Tive um tempinho para vir atualizar a fic mais cedo :D 

Votem e comentem :)

Marcela





Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Jan 09, 2016 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

You and I? Never!Onde histórias criam vida. Descubra agora