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O que digo agora?

Eu: Vai-te fuder. - Escapou-me, mas nem me importei.

João: Se fosse a ti não dizia isso, posso estar mais perto do que imaginas. Ah! Nem te atrevas a dizer a alguém que te liguei, para bem do teu Louis. - Diz e desliga.

Não pode ser, ele não. Sentei-me no chão enquanto algumas lágrimas caiam, e acabei por adormecer como fiquei.

(...)

Acordo com dores em todo o corpo, e vejo que adormeci no chão, levanto-me a muito custo e vou à casa de banho, olho-me ao espelho e vejo o meu reflexo, pareço um fantasma, estou pálida, tenho as minhas olheiras muito acentuadas e tenho rastos de maquilhagem por ter estado a chorar.

Abro a torneira da banheira e enquanto a água fica quente dispo-me e de seguida entro na banheira com a água já morna, tomo um longo banho, no fim saio da banheira e enrolo o meu corpo numa toalha de banho grande e o meu cabelo numa toalha mais pequena.

Saio da casa de banho e vou para o quarto, abro o meu roupeiro e tiro de lá de dentro umas calças de ganga clara, um top branco e uma camisa aos quadrados vermelhos e pretos, visto a roupa escolhida e calço as minhas New Balance pretas, brancas e cinzentas, no fim ponho maquilhagem de modo a disfarçar o estado horrível da minha cara e seco o cabelo alisando-o ao mesmo tempo com o secador.

Preparo a mala, pego no telemóvel e como ainda faltava algum tempo para as meninas acordarem desço e faço torradas e café para o meu pequeno almoço, vou para o sofá e ligo a televisão enquanto como. Passado um tempo elas descem cumprimentam-me e vão para a cozinha preparar o pequeno almoço. Embora a televisão esteja ligada o meu olhar está fixo na parede, não consigo parar de pensar no telefonema do João ontem à noite, um arrepio sobe-me pela espinha.

XX: Que se passa?- Um flashback invadiu a minha cabeça, não lhe posso contar nada.

Eu: Hum.. nada, dormi mal só isso. - disse tentando soar normal.

Rita: Humm vou fingir que acredito. - disse olhando para mim duvidosa.

Matilde: Bem meninas, vamos?

Rita: Sim, hoje levo eu o carro. - Assentimos, pegámos nas nossas coisas e fomos para o carro da Rita.

Quando chegámos à universidade eu sai logo do carro e fui em direção ao jardim onde a esta hora pouca gente está, aproveitando o silêncio. Sentei-me num banco e fechei os olhos, sinto uma respiração no meu pescoço e abro os olhos de repente, a pessoa que estava á minha frente tinha um sorriso sínico na cara, congelei de cima a baixo, ela deu a volta ao banco ficando frente a frente comigo.

XX: Então?! Saudades? - morde o lábio olhando-me de cima a baixo.

Eu: O que é que fazes aqui? - disse rudemente.

João: Mau princesa, já estamos a começar mal. - diz inclinando-se e aproximando a sua face da minha, eu ainda não sai do transe. - estava cheio de saudades tuas. - diz dando-me uma festa com o polegar e olhando para os meus lábios, quando vejo que ele me vai beijar num ato reflexo levanto o joelho e dou-lhe uma joelhada na barriga, fazendo com que ele se contorça de dor, aproveito o momento para pegar na minha mala e correr.

Sinto o meu braço ser puxado repentinamente e ele olha-me com ódio.

João: Não te atrevas a fazer isso de novo. - aperta-me o braço com força, e gemo de dor. - a partir de agora vais fazer o que eu quero.

XX: Laura?! - a Rita e a Matilde chamam-me ainda um pouco longe.

João: Agora vais tratar-me bem, e fingir que fizemos as pazes. Quero que elas pensem que somos amigos de novo. - sorri sinicamente.

Eu: Não! - Digo firmemente.

João: O Louis é quem vai sofrer. - diz fazendo um sorriso nojento.

Eu: Ok eu faço. - digo rapidamente.

João: Ainda bem que nos entendemos. - sorri sinicamente.

Matilde: Andávamos á tua procura. - diz olhando-me, de seguida olha para o João e arregala os olhos- J-João?!

João: Eu mesmo, mudei-me para cá.

Matilde: Mas vocês já fizeram as pazes?

João: Sim, somos amigos... por enquanto. - a Matilde e a Rita olham para mim e eu engulo em seco mas faço um sorriso mesmo que este seja falso.

(...)

O dia correu normalmente, cheguei a casa fui logo para o meu quarto e deite-me na cama, o meu telemóvel tocou mas eu nem liguei. As lágrimas suportadas durante o dia desceram a minha face caindo por fim na minha almofada. Não me pode estar a acontecer isto, o João foi a pior coisa que me aconteceu na vida. Passado um bom tempo ouço a campainha tocar nem me dei ao trabalho de me levantar.

Ouço várias vozes conhecidas por mim no andar de baixo, são os rapazes, ignoro e acabo por adormecer.

XX1: Porque é que ela esta assim?

XX2: Não sei, está assim desde que esteve com o João, andou o dia todo calada e mal chegou a casa veio para aqui.

XX1: Mas eles já são amigos?! - exclamou um pouco exaltado - e ele está cá a fazer o quê?

XX2: Fala mais baixo Louis - sussurra - ao que parece já são amigos, e ele veio estudar para cá. Tenho um pressentimento que as intenções dele não são as melhores.

Louis: Também eu, se ele lhe fizer alguma coisa eu mato-o, eu amanhã falo com ela Rita.

Rita: Ok, vamos. - saíram do quarto.

Deixei-me estar e acabei por adormecer outra vez.

Anónimo POV's

XX: Fiz tudo como mandaste, ela está nas minhas mãos.

Eu: Ótimo, podes ir, depois digo-te quando deves passar á segunda parte do plano.

XX: Ok, adeus. - saiu e fechou a porta.

A Laura vai pagar bem caro pelo simples facto de ter nascido. Mal posso esperar por vê-la a suplicar pela vida. Temos pena, ninguém a mandou meter-se no meu caminho.

Anónimo POV's off

Olá meninas, desculpem a demora, mas daqui para a frente vai ser mais complicado publicar porque a escola este ano não me vai dar tréguas, assim que conseguir irei publicar outro capítulo.

- Votem e comentem :)

Kiss, Marcela


You and I? Never!Onde histórias criam vida. Descubra agora