Abstinência

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Tudo corroeu, aquilo que bombeava sangue pelas minhas veias, hoje pacato, ingrato, gelado, não importa oque faço, me fez de gato e sapato outra vez... soseguei, fui como um chapéu em sua cabeça durante o dia na Bahia em pleno verão, que em questão não chegava aos pés de nossa fervura. Mas que ternura traumática passava pelos meus lábios que pavido,ficava inquieto. E eu cego, engolia em seco todas as reprovações que me alimentavam em segredo... Como pude ser tão tolo? Um cadáver que  se alimentava não só pelo teu cérebro, mas por todo teu violão, onde eu acariciava e fazia questão de dizer o quanto necessitava em lhe conceber prazer... foi como um tiro,cometi suicídio em não ouvir o perigo sobre você. Hoje vago pelo mundo em crise de abstinência sem qualquer coerencia,sem saber pra onde ir ou o que comer, preciso te cheirar, te abraçar, te beijar... Preciso de você... não consigo entender, sem teu erro eu vou morrer, sem você eu vou mor...

- Jordan Vilas Boas 

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