Capitulo 1

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Duas Batidas no microfone anunciam que eu devo começar a dizer meu testemunho para quase setenta mil pessoas. Todos estão me olhando esperando, ansiosos para o que ira sair da minha boca, receio que o espirito santo ira conduzir minhas palavrar a partir de agora.







    -Mãe, aquela minha bolsa rosa, meuis livros novos estão lá, aonde foi que você enfiou? -Ao eco posso perceber que ela está na cozinha certamente preparando o café da manhã.

    -Esta ai em algum lugar, no meio dessa sua bagunça.

    -Como sempre, a errada da história sou eu.  -Retruco. - Você soca minhas coisas em qualquer canto depois esquece onde enfiou.

    -Não enfiei em lugar nenhum mocinha. -O som da sua voz aumenta, acho que ela esta ao pé da escada. - Procura direito e rápido, se não você vai se atrasar, sua aula começa daqui a pouco.

  Ao olhar a pilha de roupas entoadas no meu quarto, percebo que a culpa é mais minha do que a da minha mãe. Vou cavando como um cachorro e quase no fim da pilha esta lá, linda, rosa e amassada. Encaixo-a no ombro esquerdo, ajeito o cabelo repicado e louro pra trás e desço para tomar o café.

   -Bom dia amorzinho. -Meu pai, ele sempre diz a mesma frase toda manhã, parece como aqueles tradutores que reproduzem as palavras escritas.

    -Bom dia pai.

    -Animada com seu primeiro dia de aula?

    -A sim claro, desde que nenhuma mimosa metida a beste me olhe de canto prometo que vou me comportar.

    -JESSIE! -Grita minha mãe comigo. -Nem foi pra escola e já ta arrumando confusão, eu não sei mais o que faço com você, é uma escola por ano, toda vez a mesma coisa... Você ... Não sei ... Parece -As palavras delas começam a sumir e virar um bla bla bla. - Entendeu?

    -Claro como a água. -Ela joga o pano na pia mais estressada do que antes.

   -Ta vendo Jeferson. -Grita ela com meu pai que beberica o café e olha por cima dos óculos a confusão. -Nem prestando atenção no que eu falei ela ta. -Meu pai a evita e pega o jornal.

   -Francamente. -Ela esta espumando de raiva. - Jessie eu disse pra você que o movimento das ruas perto da sua nova escola são grandes, e isso aumenta a taxa de assalto. Perguntei a você, você quer ser assaltada ou andar com cautela, e você me respondeu, claro como a água.

  -Mãe eu já tenho 17 anos, é meu ultimo ano de escola, eu sei me cuidar muito bem sozinha, mesmo quando se trata nas enormes e movimentadas ruas de São Paulo. Relaxa. - Ela me olha tão torto que eu acho que sua vontade era de relaxar sua mão na minha cara, mas enfim.

  Ao terminar o café, saio pela porta dianteira, e vejo que meu pai está demorando pra sair com o carro, coisa que ele nunca faz. Sinto uma mão a minhas costas, olho devagarinho e vejo meu pai segurando uma corrente de ouro com as inciais P e F.

   -Obrigada pai. -Digo com excitação. Mas o que significa?

   -Pai e filha. -Meus olhos inundam de uma imensa onda de emoção, meu pai é a única coisa que eu mais amo em vida. Tenho certeza que ele me deu isso pra eu me animar com o primeiro dia na escola, e olha deu certo.

    -Eu te amo pai. -Grudo num abraço no seu pescoço ja que ele é bem mais alto que eu.

   -Também te amo filha. - E seguimos para o carro em direção a nova escola!



  


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E ai Jessie, encontrou Jesus?Onde histórias criam vida. Descubra agora