Capítulo Um - Convites.

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  Oi gente!!!!! Bom, essa fanfic é bem antiga, eu comecei a escreve em, se não me engano, dezembro de 2012 - isso aí, quando surgiu Haylor pela primeira vez - então haverá cenas carrots, bom, os apelidos que eram usados para os meninos, afinal, eu era na época hahaha. Essa fanfic já foi postada, também há muito tempo, em outra rede social e permanece lá até hoje, portanto, não é plágio, já que eu sou a autora. Enfim, espero que gostem. Essa foi a minha primeira fanfic e, devido ao sucesso na outra plataforma em que foi publicada- e a vários pedidos -, resolvi postá-la aqui também. A história postada aqui será a mesma que está no outro site, sujeita a pequenas alterações.

GENTE, POR FAVOR, QUEM QUISER FAZER UMA CAPA PRA MIM, EU SEREI ETERNAMENTE GRATA!! Essa será provisoria, por que Deuses, sou terrível com isso.

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- Pelo amor de Deus, são 5 horas da manhã mãe, eu quero, eu preciso e eu vou dormir mais um pouco! Eu só entro no colégio às sete! Me deixa dormir mãe, por favor! – eu suplicava pela hora do meu sono que estava sendo roubada.

- Bora, Katherine, acorda logo! Você tem prova hoje. Se você chegar atrasada, de novo, eles não vão deixar você entrar e vai perder a aula! – ela gritou puxando o meu edredom e tacando-o no chão.

Ela abre as cortinas, porém lá fora, a escuridão da madrugada ainda predomina. Apenas há um pequeno clarão, que ousa começar a iluminar o céu negro.

- Ok vou levantar. – digo e, satisfeita, ela sai e fecha a porta.

Acendo a luz, tranco a porta e desligo o ar-condicionado para que ele pare de fazer barulho e ela não ache que ainda estou dormindo. Abro a porta do armário e fecho, batendo o mesmo com forçam para que ela possa ouvir. Amasso algumas sacolas de plástico, fazendo barulho, e volto para a cama arrastando o pé no chão. Mais 20 minutos não vão fazer mal algum.

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Acordo sobressaltada com a batida forte na porta, como se fosse capaz de derruba-la.

Olho para o relógio em cima da cômoda.

Merda, 6 horas!

- Acorda garota, que saco! Eu já pedi pra você acordar. É impossível lidar contigo, Katherine. Você vai chegar atrasada! Não acredito que dormiu de novo! – gritou minha mãe estressada.

- Calma, eu estou acordada – depois do susto que eu tomei, realmente estava acordada.

- Você tem meia hora, meia hora! – Ela diz em tom ameaçador. Dá mais um soco na porta e posso ouvi-la se afastar.

Corro para o banheiro e faço minha higiene matinal. Tomo um banho de gato e, antes mesmo de estar seca, já estou me apertando dentro de minha calça jeans que, quase não passa pela minha coxa, pelo fato da minha pele estar úmida. Corro para fora do banheiro a fim de arrumar minha mochila, jogo o material dentro dela e já são 6h20min. Boto o tênis, ajeito o cabelo num rabo de cavalo mal feito, com vários fios soltos e corro escada abaixo.

- Vai comer algo? – Mamãe pergunta ríspida.

- Não mãe, eu compro algo na rua. – não estou com fome.

- Toma cuidado com a rua, olha pros dois lados quando for atravessar. Vai com Deus. – me sinto uma criança que não sabe andar na rua.

- Tchau. – respondo seca. Ainda irritada por ter acordado cedo.

Quando chego na escola, o portão eletrônico já esta se fechando. Atravesso a rua correndo e jogo o meu corpo contra o portão que, nunca abriria se eu não fizesse tamanho esforço. Caio estatelada no chão. Assim que levanto, corro em direção
à escadaria e subo os degraus de dois em dois.

- Cara soube que até maconha vai rolar. Não que eu queria usar nem nada... Soube também que a bebida vai estar liberada! Vai ter DJ, comida e tudo mais. Resumindo vai ser A festa! – gritou Gabriela simplesmente empolgada.

Tentei me atualizar da conversa.

- Então, estão falando sobre o quê? – perguntei.

- Festa do colegial, queridinha! Garotos da faculdade... Malhados, sarados e gostosos! Ahhh... – ela se abanou, fingindo sentir calor.

- Festa do colegial, vadia! Espero beber, ficar louca e dançar até o amanhecer! Amanha não quero lembrar de nada. Nada melhor do que uma noite de diversão e no dia seguinte ficar recolhendo informações para saber como foi a festa – Juliana falou sonhadoramente.

- Mas... Então, será que a sua mãe deixaria você ir? – Gabriela se dirigiu à mim.

- Não sei se eu quero ir... – desde a morte do meu pai, eu havia entrado em uma espécie de depressão. Nos primeiros meses, minha mãe bebia, começou a fumar, saia de noite e só voltada no dia seguinte. Chegou até a tentar se suicidar várias vezes. Em uma delas, a que quase deu certo, só não funcionou por que, o motorista do carro freou bem à tempo de não lança-la pelo ar. Bom, ele chegou a chocar-se contra ela, só que o impacto foi menor e, na mesma hora, ele a levou ao hospital.
A minha vida era confusa e, a terapia que a minha tia recomendou não ajudava em nada. Eu vira meu pai morrer na minha frente, não tinha como explicar, minha vida era uma loucura desde então. A minha mãe deu um jeito de dormir no cemitério nos primeiros meses, até que um dia ela saiu com umas amigas e, no dia seguinte, um estranho estava sentado conosco no café da manhã. Pouco tempo depois veio a ser meu padrasto. Não que ele não fosse legal, mas a minha mãe já havia aprontado poucas e boas, depois da morte do meu pai. Jurou amor eterno e em um piscar de olhos já estava atracada com outro homem. Então eu tinha que conviver com aquilo, e com a falta do meu pai. Sinto falta dele.
Minha mãe nunca foi do tipo que prestava atenção em mim; se eu comesse sim ou não, ela não se importava. Nunca me perguntava como eu estava na escola; como eu estava me saindo com as minhas paqueras; quem eram as minhas amigas; como eu estava me sentindo; como estava lidando com o ocorrido.
Eu sempre me sentia excluída, uma peça que não se encaixava no quebra-cabeças da minha mãe. O único que, realmente se importava comigo, era o meu pai.
Eu nunca fui uma adolescente normal. Tinha poucas amigas e me achava estranha, porém, o meu pai, todas às noites, se sentava na beira da minha cama e conversava comigo sobre tudo; namoros, amizades, escola, sobre sentimentos e etc. Alguns podem achar estranho: Nossa, você conversava sobre menstruação e as mudanças do corpo logo com o seu pai? Eu nunca achei estranho, pois sempre foi assim e eu gostava porque, eu realmente podia me abrir com ele. Era como se fosse a minha mãe, sim meu pai fazia o que a minha mãe deveria fazer. E por tudo isso eu sinto saudades dele.

- Alô?! Terra chamando Katherine. – Juliana jogou uma folha de papel amassada em mim.

- Foi mal, eu estava pensando. – Suspirei.

- Em? – quis saber Gabriela.

- Nada demais. Então aonde vai ser a festa e a que horas? – quem sabe eu apareça lá?

- Vai ser na casa do Daniel. Se você chegar até ás 21h30min, você entra de graça, depois disso tem que pagar 20 reais – respondeu Juliana

- E onde fica a casa dele? – perguntei

Ela passou o endereço e ainda me ensinou como chegava lá, mesmo que não precisasse ensinar, já que eu pretendia ir de táxi.

- Só não entendo essa história de ter que pagar – Gabriela falou olhando pra Juliana.

- Ele disse que é pra ajudar nas despesas... Sei lá, não entendi muito bem. Disse também que é porque tem gente que chega tarde demais, então provavelmente, a maioria vai chegar antes das 21h30min pra não ter que pagar – ela segue a linha de raciocínio – assim, a festa vai ficar melhor até pra mim que vou ter que voltar cedo. Porque, caso contrário, todo mundo só iria chegar quando eu estivesse indo embora – ela ri – resumindo: achei uma boa ideia.

O resto do dia passou rápido, todos estavam eufóricos passando bilhetinhos pela sala, enquanto estávamos na aula. No intervalo, não mudou muita coisa. As pessoas não falam de outra coisa, o assunto era o mesmo: a festa de hoje à noite.    

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