Capítulo sete - Londres.

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- Kath, acorde, nós já chegamos – quando abri meus olhos, vi a claridade das luzes artificiais, vinda do lado de fora, pela janelinha do avião. O céu ainda estava escuro. 

As pessoas já se dirigiam à porta de saída.

Levantei-me, meio desnorteada e com dor de ouvido. Droga, porque o avião tem que dar tanta dor de ouvido?

Dentro do aeroporto estava um caos.
 As pessoas gritavam desesperadas e felizes, assim que reconheciam seus parentes saindo do avião.

 Minha tia e eu fomos direto pegar nossas bagagens, e dois homens que aparentemente conheciam minha tia, nos ajudaram já que eu levei seis malas.

  Quando saímos, havia um carro esperando por nós.

 Mesmo de madrugada, Londres é estonteante. Tive que vestir minha jaqueta, pois estava fazendo bastante frio. Frio a ponto de fazer meus dentes baterem. Tia Alicia me disse que eu assim, porque meu corpo estava costumado ao clima tropical do Brasil, mas logo me adaptaria a temperatura local. Esperava que ela estivesse certa.

Mesmo que tenha dormido a viagem inteira, ainda me sentia cansada. 

  Enquanto nos dirigimos para a casa de minha tia, deslumbrei-me com Londres adormecida, pela janela do carro. É madrugada, mas há pessoas nas ruas. Luzes brilhantes para todos os lados. Vida.

 Não demoramos muito para chegar a um prédio, que mais se parecia com um aranha céu, de tão alto.

   - Hoje, bem cedo, lá pelas 10h da manhã, eu precisarei usar o carro, tudo bem? – minha tia falou com o motorista, assim que adentramos a garagem.

 

 - Sim, madame. O tanque já está abastecido. – respondeu sorridente.


   - Katherine, hoje à noite nós iremos a uma festa. Uma garota vai fazer uma festa de 16 anos e ela contratou a banda. E sabe quem estará lá? A One Direction – ela disse sorridente, como se aquilo que ela disse fosse capaz de me fazer feliz.


- Eu não sei quem são esses, tia – respondi indiferente.


- One Direction, eles participaram de um programa de TV ano retrasado... Não sabe quem são? – ela perguntou surpresa, enquanto entravamos no elevador.


- Não.


- O que você escuta? – ela perguntou querendo me entender


- Pop – respondi casualmente, não querendo prosseguir com o assunto.


- É exatamente o que eles cantam. Talvez não tenha estourado no Brasil ainda.


- É... Talvez – suspiro.


********


O apartamento dela é deslumbrante. Imenso. Ótimo para fazer uma festa daquelas... O que nunca deve ter sido feito aqui...


  Ela guiou-me pelo apartamento escuro, acendendo as luzes por onde passávamos.
Mostrou-me onde ficava cada cômodo.
Havia até uma sala de jogos, com Playstation, Nintendo, Xbox com Kinect e toda a parafernália que os adolescentes, ou pessoas viciadas em vídeo games, gostam.

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