04. Prison

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Isso não podia ser real... Esse cara... Ele deveria estar morto. Quer dizer, eu li seu diário e ele escreveu em 1565... Deus onde é que eu fui me meter?

"Você... Você... Deveria estar morto... Eu vi a pintura naquela sala. Foi você. Como...?"

Ele ficou me olhando sem pestanejar, com medo de perder alguma coisa. Foi assustador. Ele olhou nos meus olhos, sem dar uma resposta. Meu coração palpitava no meu peito. Confusão estampada em meu rosto. Por que ele não responde?

Eu estava tão desesperada. Eu só queria ir para casa. Então eu perdi o último pedaço de orgulho que eu tinha.

"Por favor." Eu não estava longe de chorar. "Por favor, eu imploro... Deixe-me sair daqui. Deixe-me ir para casa."

E então veio a resposta que eu mais temia.

"Nunca."

Uma pequena lágrima caiu do meu olho, rolando da minha bochecha, caindo no chão. Alguns segundos se passaram até que ele falou de novo.

"Mova-se."

O que ele estava pensando? Eu não podia me mover. Eu estava congelada no local. Eu estava cheia de tristeza... Cheia de ódio e principalmente de morrer.

"Eu disse: mova-se!" Ele rosnou, novamente meu corpo não obedeceu.

De repente, uma mão grande agarrou meu braço e me bateu contra o chão, longe da porta. Eu cai com um baque forte. Meu cotovelo raspou no chão. Eu podia sentir o sangue escorrendo pelo meu braço.

Eu me virei e olhei para cima. Dois olhos vermelhos estavam olhando para mim. Eu estava tremendo. A ferida no meu cotovelo ficava picando mais a cada segundo que passava.

De repente, ele abriu a porta pesada com suas chaves, fazendo um som estridente. Luz encheu a sala. Eu tive que piscar algumas vezes para deixar meus olhos se acostumarem com a luz.

Quando finalmente o fez, eu olhei para a porta. Lá estava ele, olhando para mim com os olhos vermelhos. Eu poderia finalmente ver mais do que apenas a sua face. Se você pensou que ele estava vestindo roupas da moda você estava errado. Não parecia que o tempo parou. Ele estava vestindo uma camisa preta velha com decote em V, calça preta, sapatos pretos e um casaco preto comprido. Vamos apenas dizer que foi um estilo de moda típica de idade. Um estilo típico dos tempos antigos.

Ele era tão alto. Ele se elevou acima de mim, como um rei que está de pé em frente de seu escravo. Quem sabe... Talvez eu era sua escrava.

Olhei em seus olhos, mas não consegui encontrar qualquer emoção. Esta era uma criatura sem sentimentos, sem qualquer compaixão, sem um coração.

Perante a mim não era nada mais do que um monstro. Um monstro que iria arruinar minha vida. Destruir tudo o que eu tinha. Um monstro que acabaria por me matar.

De repente, ele colocou a mão no bolso de seu casaco. O que ele está procurando? Uma faca? Uma pistola talvez? Mas não...

A coisa que ele pegou do bolso era um pedaço de pão. Ele jogou em mim. Ele aterrou perto dos meus pés. Eu olhei para ele por alguns segundos e, em seguida, meus olhos estavam novamente em cima dele. Ele me tratou como um animal no zoológico, me jogando um pouco de comida e me observando atentamente se eu iria comê-lo ou não.

"Eu espero que você goste da sua estadia."

E com isso ele fechou a porta sem piedade. Trancando-me na escuridão. Eu ouvi a fechadura e eu sabia que a porta estava trancada novamente.

Levantei-me e corri para a porta, tentando abri-la, sem qualquer sorte. Eu comecei a gritar...

"Por favor! Por favor, deixe-me sair! Você não pode me deixar aqui! Eu te imploro, por favor!"

Depois de alguns minutos, eu finalmente desisti. Ele já estava muito longe. Nada iria me libertar desse calabouço. Eu estava sentada no chão contra a porta, meus joelhos no meu peito e chorando.

Será que eu realmente mereça isso? Será que eu realmente mereça apodrecer aqui? Por quê? Por que é que de todas as pessoas no mundo, eu sou a única de "sorte"?

HARRY P.O.V

Fechei a porta sem piedade. Trancando-a na escuridão. Eu tranquei a porta e guardei as chaves. Apenas alguns segundos depois, eu poderia sentir sua presença por trás da porta, tentando desesperadamente para abri-la. E depois eu ouvi seus gritos...

"Por favor! Por favor, deixe-me sair! Você não pode me deixar aqui! Eu te imploro, por favor!"

Devo admitir... Ela fez alguma coisa para mim, mas eu tentei não ouvi-la. Eu não tive muitas pessoas aqui. Pelo menos não vivos. Ela foi a primeira. A primeira pessoa que sobreviveu tanto tempo a minha volta. Mas isso não vai ser por muito tempo.

Em breve vou matá-la. Ponho minhas presas em sua pele delicada e drenar todo seu sangue. Até a última gota.

Deus eu precisava. Eu não tinha me alimentado por três dias e eu só precisava.

Sangue.

Quando ela caiu no chão um pouco mais cedo, eu soube imediatamente que ela estava machucada. Eu não podia ver o sangue. Não... Mas eu podia sentir o cheiro. Eu podia sentir o cheiro a milhas de distância.

Eu ansiava por seu sangue. Para provar o líquido quente delicioso. Tudo o que há, por trás dessa porta. Pronto para mim.

Eu vou esperar por algumas horas até que ela esteja realmente muito fraca para que assim ela não se debata muito.

E então... Eu vou levá-la.


Essa história não é minha, estou apenas traduzindo. Todos os créditos vão para WhisperOfDreams

the beast | harry styles ( PORTUGUÊS )Onde histórias criam vida. Descubra agora