the beast | harry styles ( PORTUGUÊS )

13. Running from your nightmares

Uma nova carga de neve está caindo, enquanto nós andávamos pela floresta. O cavalo preto, Jack, galopava em um ritmo rápido. Eu podia ouvir a respiração baixa constante de meu mestre no meu ouvido, enquanto ele nos guiava através das grandes árvores. Não havia nada. Nenhum sinal de vida, de nada. Só nós.

Eu não sei por quanto tempo nós passeamos no cavalo. Quinze minutos? Vinte minutos? Trinta minutos? Ao menos, foi longo o suficiente para eu ficar completamente gelada. Devia ter usado um casaco! Agora o hipócrita atrás de mim está com ele. Eu quase dou um tapa em mim mesma por pensar isso. Embora eu saiba que provavelmente estou sã e salva com ele... Eu simplesmente não consigo confiar nele, eu nunca irei confiar nele.

Os monstros não mudam. Nem mesma os piores demônios que estão no inferno irão ver novamente a luz do céu. Eles estão condenados; tal como o demônio atrás de mim, que estava me mantendo como prisioneira na sua armadilha e que nunca iria libertar-me.

Ele estava jogando comigo ou não? Ele pensava que havia "amor" entre nós ou não?

"Ele tinha um coração... ou não?"

Os meus pensamentos foram interrompidos quando paramos. Nós estávamos numa colina, embora está não fosse muito grande. Somente grande o suficiente para nós vermos toda a floresta "branca". Toda a paisagem estava coberta em neve e literalmente tirou meu fôlego. Era lindo.

Eu estava a admirar todos os flocos de neve, todos os pingentes de gelo quando eu reparei que o Harold estava a soltar as rédeas. Ele embrulhou os seus braços frios, contudo musculosos á minha volta, me mantendo perto de seu peite. Ele colocou sua cabeça no meu ombro e eu comecei a me sentir desconfortável. Os seus lábios frios foram até a minha orelha e eu pude ouvir a sua voz rouca enquanto ele falava:

E ali está ela

A criatura perante mim

Pura, corajosa e forte

Um presente dos Deuses

Para os braços do diabo

O seu corpo tremulo de ouro

Treme com frio

Mas, até o monstro dentro de mim

Não quer ver isto

E ali está ela

Fria, triste e partida

Mas ela pode até nunca saber

Que a verdade é o meu testemunho

Ele acabou de contar o seu poema enquanto os seus lábios foram até a minha bochecha. Ele me deu um pequeno e lento beijo e depois seguiu até o meu cabelo, me cheirando. Por muito que eu gostasse do poema, eu não gostava do facto de que ele estava me dizendo agora. Ele me mostrou, novamente, que não havia nenhuma maneira de eu escapar e que eu seria dele para sempre.

"Isso foi mesmo necessário?" Eu perguntei-lhe ousadamente.

Subitamente, eu senti uma mão fria e bruta no meu queixo que me forçou a olhar para trás, para os olhos dele. O olhar dele era um de raiva, desilusão e tristeza.

"Não seja assim, minha querida..."

A sua mão fria continuava no meu queixo, mantendo a minha cabeça direita. Eu puxei a sua mão para longe de mim forçadamente e retornei a minha atenção para a linda paisagem. Ele era tão irritante! Eu não o queria! Será que ele não conseguia perceber a dica...

Talvez a minha arrogância fosse uma escolha terrível, porque a próxima coisa de que percebo, é que estou a ser atirada para fora do cavalo e sim, para a neve. Eu estremeci com o contacto do chão duro. A minha cabeça estava a doer tanto que eu não ficaria surpreendida se tivesse partido alguma coisa. Eu senti um peso enorme em cima de mim, que fez com que eu abrisse os olhos e assim, me deparei com dois olhos vermelhos que eram tão apaixonados, mas ao mesmo tempo furiosos. Com isso, o meu corpo começou a se encher com nada mais do que medo. Ele me agarrou pelo pescoço fortemente, que eu quase não conseguia respirar.