Capítulo Viagem com as amigas

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    Ontem foi meu aniversário de 25 anos, e embora seja uma data muito especial e eu tenha tido muitas conquistas, sinto uma imensa tristeza dentro de mim. Minhas amigas inseparáveis desde os tempos de colégio, Elena e Beatriz, Lêle e Bia para os íntimos, marcaram uma viagem para comemorar, e aqui estamos nós, aproveitando o frio da serra, e os charmosos barzinhos da cidade. A cidade é ótima para casais apaixonados e tudo nela lembra romantismo, mas como moramos numa cidade onde reina o sol e o calor, quando pensamos em viagens , temos essa tendência inata a procurar lugares frios.

Bia sugeriu que acampássemos. Seria uma aventura em tanto! Mas Lêle, sempre tão prudente, para não dizer medrosa, preferiu ficar em um hotel. O lugar é charmoso, e não sei se é porque eu procuro sempre ver o lado aventureiro do lugar, mas estando no hotel eu até que não noto todo o ar de romance que a cidade exala. Chegamos ontem no final da tarde, e é ótimo estar com as amigas, afinal desde que terminamos a faculdade e começamos a trabalhar, temos tido pouco tempo para nos encontrar. Bia se formou em medicina, e está trabalhando em um grande hospital então estou realmente agradecida pelos esforços que ela fez para estar aqui esse final de semana. Lêle se formou em estilismo e moda e no momento está abrindo uma marca própria, e embora eu saiba do imenso carinho que ela tem por mim, sei que essa viagem para ela é também, uma espécie de viagem de negócios já que eu trabalho com publicidade e ela está realmente interessada em que eu faça o a divulgação de sua marca.

Logo que chegamos e colocamos nossas malas no quarto fomos direto para um barzinho, afinal, nada melhor do que um bom vinho para aquecer do frio e nos fazer soltar a língua, como se precisássemos disso. Bia é a motorista da rodada e mesmo assim não para de falar de um médico que ela diz que é lindo, simpático, gostoso, inteligente, competente e que ela supõe que esteja interessado nela. Lêle está nos contando desde a viagem no carro como foi que chegou ao fim o relacionamento de oito anos dela com o Bruno, estávamos todas tão acostumadas com ele que nem nos dávamos conta de o quanto ela havia estado infeliz de um ano pra cá, também nem sei se estamos falando do fim de um namoro ou de um divórcio, afinal eles estavam juntos desde o colégio.

Eu conto o quanto tem sido divertida minha vida desde que nos formamos, e embora não tenhamos passado mais de uma semana sem nos falar, acho que desde que nos formamos essa é a primeira vez que vamos ter um final de semana inteiro juntas para colocar as conversas em dia. Todas elas riem muito de mim, embora eu seja uma pessoa muito séria com quem não me conhece, essas duas me conhecem muito bem e sabem que desde que eu terminei com aquele, que foi o meu primeiro namorado sério, pra não dizer o único, minha vida tem se tornado quase que uma festa. Mas, o que elas não sabem é que nos últimos dias tenho andado cansada dessa minha vida de festeira, e me perguntado se algum dia eu não vou encontrar alguém que me sirva de freio, só que isso eu jamais vou admitir pra elas! Já foi humilhante o suficiente elas terem me visto chorar consecutivamente um mês inteirinho por alguém que simplesmente disse que estava interessado em outra pessoa, deu as costas e foi embora.

Depois de um mês de choro, eu simplesmente decidi que nunca mais iria permitir que aquilo acontecesse comigo novamente, nunca mais eu quero sentir aquela dor! Então, só tenho me relacionado de maneira superficial desde aquele dia, isso pra não dizer que eu tenho tido um prazer enorme em ver os homens rastejando aos meus pés querendo sempre algo mais sério em quanto eu os dispenso sem qualquer breve explicação, como se me vingasse pelo sofrimento que o outro me causou. No entanto, embora eu não vá admitir isso publicamente, tenho começado a sentir falto de romance, de ter alguém pra confiar, isto é, alguém do sexo oposto, alguém por quem eu sinta aquela sensação de borboletas voando no estômago, que deixe minhas mãos trêmulas, alguém por quem eu anseie ligar durante dia só pra ouvir a voz. Tenho tido tudo sempre em meu controle, existe um namoricozinho aqui, outro ali por quem eu finjo todos esses sentimentos, na verdade só porque me dá mais prazer vê-los pensando que eu estou apaixonada, porém o que eu quero é mais, é realmente estar apaixonada... Será que eu quero mesmo? Não! De jeito nenhum! Estar apaixonada significa que eu vou estar mais uma vez correndo risco de me machucar, e não há ninguém no mundo que queira se machucar.

A noite termina, Lêle já bebeu mais do que devia, paquerou descaradamente um rapaz que estava com os amigos na mesa vizinha, e a Bia coitada, deve ter dado muitos plantões pra conseguir essa folguinha, pois o rosto de sono é nítido! E como estamos numa serra de curvas bem sinuosas, resolvemos voltar para o hotel. A Lêle chegou mais pra lá do que pra cá, sequer tomou banho e já caiu na cama dormindo. Bia meio sonolenta, diz que amanhã nós aproveitaremos melhor o dia. Como não estou com sono vou dar uma caminhada pelo hotel, e tentar descobrir o que nós poderemos fazer amanhã. Será que a Lêle toparia trilha?



GENTE ALGUNS CAPÍTULOS TERÃO DESCRIÇÕES HOT... MAS SERÃO  ALGUNS... NÃO SÃO POUCOS... MAS NÃO SÃO TODOS RSRSRSRS BJUX AMANHÃ  EU VOLTO...


Paixão à primeira vistaWhere stories live. Discover now