One.

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Emilia's POV

Eu não tenho certeza se isto é apenas uma antipatia geral pelos corpos dos estudantes da faculdade ou apenas ódio por pessoas estupidas; seja qual for, eu estou prestes de atingir a garota loira ao meu lado, arrebatando o IPhone da mão dela, e arremessando-o pela biblioteca para encerrar a conversa estupida sobre as rasões de querer um novo IPhone. Ao invés, eu decidi reunir meus cadernos, guardá-los na minha mochila e fazer o caminho para fora da biblioteca.

Idiota.

Meu primeiro ano na universidade e já estava sendo dez vezes pior do que eu esperava. É são apenas as primeiras semanas do semestre. Eu sabia o que me esperava quando eu inscrevi na universidade, mas eu não estava a espera disso. Depois de estar em um colégio publico por dois anos, eu pensei que as pessoas seriam mais... bem, não estupidas. Contudo, em defesa da Lola - a garota que literalmente gritaram seu nome no refeitório -, ela fez greve até a brilhante ideia de que se ela fizesse body shots (Notas da tradutora: body shots é quando se coloca bebida em alguma parte do seu corpo,por exemplo no umbigo, e deita numa mesa e alguém bebe a bebida que esta no seu corpo) na festa desse fim de semana em alguma casa de fraternidade, ela só pode esperar pelo, como ela disse, "meu cavaleiro de armadura branca". Bom pra você Lola.

Enquanto eu fazia meu caminho para o Starbucks dentro da faculdade, eu continuei meu jogo 'observando as pessoas' e fazendo uma nota mental de todos os idiotas do campus. Sim, parece algo estupido de se fazer, mas nada de mas. Eu acho graça nas pequenas coisas que as pessoas fazem ou falam. Eu também acho graça de como o jogador de futebol-americano se sentava no pátio, foi capaz de obter uma bolsa de estudos integral depois de testemunhá-lo com a maior cara de confuso que eu já vi quando perguntaram para ele seu sobrenome e com certeza, ele deu seu primeiro nome.

Quando entrei na cafeteria, meus sentidos foram rapidamente dominados pelo delicioso cheiro de grãos de café, chantili e caramelo.Eu gosto de pensar que a unica rasão dos estudantes virem aqui é para sentir o cheiro do café caro que o pesado preço e carteira fina, deixam-nos impossibilitados de pagar. Eu peguei o meu lugar na fila e esperei ser atendida. Eu olhei ao redor pela decoração e meus olhos pararam em uma caneca de cerâmica de azul clara com dois elefantes segurando a tromba um do outro, formando um formato de coração.

Isto parece uma compra infantil e desnecessária para o meu armário da cozinha, mas eu quero.

As palavras da minha melhor amiga voaram pela minha mente enquanto eu decidia se comprava essa linda caneca. "Você já tem vinte e um anos, Emília. Você tem muitas coisas de elefantes. Deus sabe quantos elefantes de brinquedo você tem."

Quarenta e dois, para ser exata.

Decidindo de novo se eu iria comprar isto, eu dei um passo para frente e fiz meu pedido de sempre, um frapuccino de chá verde, e peguei um lugar em uma mesa vazia no canto da cafeteria. Eu tirei meu notebook e o meu caderno da minha mochila e comecei a fazer o meu trabalho antes do meu nome ser chamado. Após agradecer ao atendente, eu virei-me apenas para colidir em algo. Minha bunda fez um barulhão quando eu colidi com o chão de cimento, e o meu chá verde e frio caiu em meu decote em V da minha fina blusa.

De todos os dias, isto acontece quando eu decido vestir branco.

"Droga, você está bem?" Uma voz masculina diz, ajoelhando-se para ficar no meu nível e se desculpando. "Eu sinto muito, eu não vi você! Você está bem?"

"Sim, eu estou bem." Eu respondo sem olhar em seus olhos. "Você pode me ajudar a levantar?"

Ele estendeu seu braço e eu não exitei em pegá-lo para me ajudar a levantar do chão. Já de pé, eu finalmente consegui ver o garoto que sem intenções me derrubou no chão. Ele é alto. Sendo mais de um palmo maior que eu eu tive que olhar para cima para poder vê-lo. Seu cabelo cor de mel estava bagunçado e sobre seu rosto com pequenos cachos saindo em varias direções. Ele me observou preocupado, olhos cor de avelã que eu iria cometer o erro de dizer que são verdes se eu não tivesse visto o castanho e o cinza cercando a sua pupila.

"Tem certeza que você está bem?" A frase preocupada saiu do seus lábios. Definitivamente não era inglês. Talvez australiano? "Sua blusa." Ele disse apontando para o meu peito.

"Espera aqui. Eu vou voltar rápido. Apenas fica aqui,por favor."

Os olhos dele se chocam com o meu, silenciosamente esperando que eu o responda. Eu concordei com a cabeça e ele prometeu voltar rapidamente antes de sair da cafeteria.

Eu corri para o banheiro e tentei me limpar, fiz o melhor que conseguia. Eu me senti um pouco mal pelo cara. Ele estava sendo tão sincero nas suas desculpas e parecia genuinamente que o acidente era culpa dele. Eu não tenho ideia de para onde ele foi, mas não tem chances de eu ficar o resto do dia com uma blusa molhada. Enquanto eu continuava a secar o excesso de chá e sujeira da minha blusa com toalhas de papel, uma batida na porta parou as minhas ações.

Antes de eu conseguir responder a voz dele veio do outro lado da porta. "Um... Menina Que Eu Derrubei A Bebida Dela?" Ele chamou. "Eu trouxe algo para você colocar."

Eu abri calmamente a porta, apenas um pouco, para colocar a minha cabeça pra fora. Eu não preciso que ele veja o meu sutien de novo, ou outra coisa que importe. Eu já lhe dei um show uma vez e eu acho melhor não repeti-lo. Ele segurava uma camisa castanho-avermelhada escrito 'Denver University' no peito. Eu olhei de relance para a camisa e depois de volta para ele. Eu sorri e peguei a blusa da mão dele, dando-lhe de volta um rápido obrigado antes de fechar a porta.

"Menina Que Eu Derrubei A Bebida Dela? Eu realmente sinto muito." Ele se desculpou de novo.

"Menino Que Derrubou Bebida Em Mim? Está tudo bem." Eu lhe assegurei enquanto tirava a minha camisa pela cabeça trocando pela que ele me trouxe. "Você não precisa ficar se desculpando.. Apenas não faça isso de novo." Com as constantes desculpas e a gentileza dele de me trazer uma blusa para eu me trocar, mesmo que seja uma camisa horrível da universidade, está mesmo tudo bem.

Ele deu uma risadinha. Homens dão risadinhas? "Eu sei."Eu só me senti mesmo mal. E eu arruinei a sua camisa."

Quando eu sai do banheiro, ele estava encostado na parede perto da porta, inquieto, até ver-me. Os cachos dele estavam ligeiramente achatados porque ele estava correndo os dedos pelo seu cabelo repetidamente.

"Obrigada," Eu disse, "por me trazer a camisa."

Ele sorriu, revelando as covinhas em suas bochechas. "Isso não foi problema."

Dei-lhe um sorriso de volta, e voltei para o meu lugar. Enquanto eu sentava, eu escutei passos vindos na minha direção. Me virei para vê-lo com um largo sorriso em seu rosto.

Por que ele está me seguindo?

Eu já o perdoei.

Vai embora.

"Eu não sei seu nome." Ele disse, alongando seus passos para vir ao meu encontro. "Seria rude eu continuar chamando-lhe de Menina Que Eu Derrubei A Bebida Dela, você não acha?"

Eu dei de ombros. "Eu sei, mas eu realmente não darei o meu nome para estranhos que derrubam bebidas em cima de mim."

"Ashton." Ele esticou a sua mão para me cumprimentar.

Eu sentei-me do seu lado, esquecendo por um momento o seu cumprimento, antes de olhar para cima e ver seu rosto de novo. "Emilia." Eu disse, segurando firmemente a sua mão.

Ele me deu um grande sorriso de novo. "Agora, eu sou apenas a pessoa que derramou bebida em você."

NOTAS DA TRADUTORA:

ESPERO QUE GOSTEM, por favor comentem suas opiniões, beijinhos

pra quem lê A Escolhida e Thinking of you, já começou o sorteio da DM com o Dylan Collins.


Paint you wings //Ashton Irwin (Tradução)Onde histórias criam vida. Descubra agora