O desenrolar da conversa

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 A menina saí da sala e o cumprimenta, está nervosa é claro. Mas percebe que não tem nada a temer, eles já haviam conversado e ele parecia ser um cara bem legal.

 Afonso começa a conversar com a menina enquanto os dois descem as escadas indo para algum lugar que a menina não fazia ideia, quer dizer a escola era enorme havia muitos lugares calmos e ao ar livre para eles conversarem. Mas estava apreensiva que algo a mais acontecesse. Se perguntava se era isso que queria, uma pessoa neste momento tão bom e calmo de sua vida? Logo para Cecília que se entendia consigo mesma e não havia tido uma boa experiência anterior. Mas parou de pensar e deu lugar a voz do menino, que parecia estar falando sozinho quando escuta ele dizendo: - O que achas?

 Cecília simplesmente não sabe onde enfiar sua cabeça, ou melhor seu corpo de tanta vergonha, por isso resolve pedir desculpas e diz que não escutou. Após o menino repete: - O que achas de darmos uma volta aqui pelo colégio e de repente nos sentarmos em um dos banquinhos do outro lado da escola? Cecília apenas concorda e diz que é uma boa ideia.

 A meu deus! Como assim uma boa ideia! O Afonso deve estar me achando uma completa desmiolada e surda. Mas era melhor parar de conversar com seus pensamentos e dá atenção para ele.

 Afonso pergunta como teria sido seu dia e se a menina estava tendo dificuldades em geografia, matéria que ele daria ajuda, porém a menina que havia tirado 9,8 na matéria diz que sua nota foi boa porém poderia ter sido melhor o que arranca uma breve risada dos dois.

 Há um silencio e logo eles resolvem se sentar para melhor conversarem, a conversa vai passando  assim como o tempo e as luzes do dia, já estava tarde e o pai de Cecília estava prestes a buscar a menina, quando de repente surgiu um silencio, e os dois não sabem muito o que fazer até que Cecília sem pensar diz: - Acho que ficamos sem assunto. Olhando disfarçadamente para baixo, e o menino olhando para ela se aproximando diz: - Então acho melhor fazermos outra coisa a não ser conversar. A menina sorri timidamente e assim como ele se aproxima. Os dois se beijam, sim se beijam! Um beijo calmo e ao mesmo tempo intenso, duradouro e perfeito, perfeito mesmo, daqueles que não há porquê encerrar, mas os segundos passam e ele se encerra.

 Ela deveria voltar para a sala e arrumar seu material para ir embora, mas não queria deixar aquele momento ali, no passado, queria que aquele momento fosse o futuro dela, por um momento acreditou que esse acontecimento só poderia vir para alegrar sua vida, e até pensou na possibilidade dos homens não só atrapalharem a vida de uma mulher.

 Cecília então da um sorriso e diz que é melhor eles irem indo, os dois caminham em direção a sala em que Cecília estava antes, a menina estava achando uma gentileza Afonso a levar de volta a sala.

 Após chegarem se despediram com um abraço e um beijo na bochecha e ela entrou na sala, feliz, com um sorriso estampado no rosto. Juntou seu material se despediu do professor e dos alunos e foi até à frente do colégio esperar seu pai. Depois de uns 10 minutos o homem chega, é pouco mais alto que Cecília, ela o admirava muito como pai, o amava, a ligação entre eles era incrivelmente forte. 








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