Capítulo 11

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Isaac narrando...

Eu estava observando a teimosia de Pietra e seu irmão, discutindo sobre o filme que veríamos. Eu sempre achei o filme que Pietra queria ver, muito meloso, cheio de grude demais por ser romance e tal. E eu realmente queria muito ver Capitão America 2.

Então, me tirando dos meus pensamentos, escuto JP falar:

- É claro que não Pietra, ficou maluca? Sai fora, prefiro ver Capitão América 2, e eu garanto que os meninos também.

Eu confirmo com a cabeça, assim como meu irmão.

Assim, JP diz:

-Então, como somos maioria, ganhamos hahahaha.

E Pietra lhe responde:

- Lógico que não, eu sou mulher, eu escolho.

E JP já estressado, logo diz:

- Não maninha. Nós vamos ver Capitão América 2, se quiser, vai ver sozinha.

Até que um garoto chega perto da gente e diz:

- Ela não precisa ir sozinha, eu estou aqui para acompanhá-la.

O que? Quem esse ser pensa que é? Ele nem conhece ela e já chega falando assim. Ah mas ela não vai mesmo com ele. Cara idiota, sem noção. Eu não vou deixar isso acontecer nunca.

Quando saio de minhas ideias, ouço o cara falando:

- Então, você vai comigo assistir o filme ou eu posso ir?

- Eu v...

Pietra ia responder, mas eu, é claro que não ia deixar e respondi cortando ela:

- Não, ela vai comigo. Tchau. E saio a puxando para a fila da bilheteria. Consegui, só espero agora que ela não invente de pirraçar e ver o filme com aquele cara, se não eu mato ele.

Vou comprar os bilhetes e assim que volto, Pietra diz:

- O que deu em você? Não queria ver o filme?

- Não.

- Mas você concordou com os meninos.

- Eu sei.

- Então?!

- O que?

- Porque não foi?

- Nada.

- Porque você está assim?

- Assim como?

- Assim ué.

- Estou normal.

- Não está.

- Estou.

- Não está.

Estresso-me com a teimosia dela e digo:

- Ai ta, vamos logo Pietra, o filme já vai começar.

E ela responde:

- Nossa, eu hein, ta né.

Vou andando sem olhar pra trás, não quero que Pietra me pergunte de novo o motivo de eu estar assim, pois não tenho o que responder, nem eu mesmo sei por que estou agindo tão ridiculamente.

Viro pra trás, pois não escuto passo nenhum, e vejo Pietra parada no mesmo lugar. Eu, normalmente lhe pergunto:

- Você vem ou não?

Ela vem e passa na minha frente. Sigo-a e sentamos.

O filme ainda não começou. Estamos calados e eu estou com raiva do que aconteceu agora mesmo. Ela não tinha nada que ter dado moral para aquele cara. Vejo que Pietra vai falar alguma coisa, então ela começa:

- Isaac?

- Oi?- Respondo secamente e me viro pro lado dela.

- Porque você está assim? Não adianta fugir, você vai me falar agora.

- Nada Pietra, não é nada. - Respondo um pouco grosseiramente, pois eu ainda estou com raiva, é claro.

- Grosso. Me fala, anda.

- Eu já disse que não é nada Pietra, não da pra entender?

- Não, não dá não porque você está com cara de quem matou três e engoliu 20.

Reviro os olhos e lhe digo:

- Não vai adiantar nada eu falar que não é nada, né?

- Não vai não.

- Eu sei, você é teimosa. - Respondo sorrindo.

- Eiii. - Ela responde me dando um tapa e sorrindo depois. E continua - Então, fala logo porque você está assim.

- Depois eu te falo, agora vamos ver o filme que já vai começar.

- Não, você vai me falar agora, se não eu não deixo ninguém aqui ver o filme e ainda coloco a culpa em você.

Reviro os olhos novamente e digo:

- Você não seria capaz.

- Quer apostar? - Ela se prepara para gritar, mas eu, num impulso, e querendo mais que tudo, a puxo pra perto de mim e a beijo. Ela corresponde numa boa, o que me faz ficar feliz.

Quando paramos, ela fica me olhando e sorrindo, e logo diz:

- O que foi isso garoto? Não éramos só amigos?

- Somos, mas você ia gritar. - Digo, disfarçando;

- Aham, e você não queria nem um pouco né. - Ela diz sorrindo.

Eu logo digo:

- Olha lá, o filme está começando, vamos ver. - Digo sorrindo pra ela.

Ela sorri e eu a puxo pra ficar abraçada comigo.

O filme então se inicia.

Esse filme até que está sendo legal, e triste, nossa.

Olho para Pietra que está chorando muito ao ver o funeral de Gus. Eu a abraço mais forte e faço carinho em sua cabeça.

No final do filme, ela já estava totalmente em prantos. Eu fiquei sem saber o que fazer. Levantamos-nos e eu a abracei.

Logo ela limpou suas lágrimas e me perguntou:

- E aí? O que achou do filme?

- Ah, é até legalzinho. - Digo sorrindo, e ela me da um tapa.

Finjo sentir dor e ela me bate mais ainda. Seguro seus braços e a puxo para perto de mim. Ficamos nos olhando olho no olho, mas eu logo me lembro de minha ex, que me fez sofrer tanto, e saio do clima. Logo digo:

- Então, vamos à praça de alimentação comer algo?

Pietra me olha sem entender, mas logo diz:

- Vamos.

Então assim, partimos em direção a praça dealimentação./M+dOouqBdjno8MhX32rcTVjIPPI1DpPZuFU0A+rrZBPgo2kghvJHc+huO5QpapjzAozk33/sduFyfDPZZAarsWpN4MXJxNBQzYOjVs4DwyvlTx1Sh2eG0M+V5qW09G0P2WwM0sFMLqQcHoHhRMz7M7Pa+FxBs/2KLayvI2tj6SnzjmrP5QXFpyidZK1q3w9cUEhPSebgK7vIVv7b

De repente amorOnde histórias criam vida. Descubra agora