Pessoal os primeiros capítulos são curtos, mas do 3 em diante a história vai se desenvolver e com isso vocês poderão contar com capítulos mais longos. =D
Boa leitura! -Pedro DiLaurentis
Lívia estava em seu dormitório. Os dormitórios da universidade eram espaçosos e bem confortáveis. Em cada um moravam três estudantes. Eram 00h07min e ela não conseguia dormir, só conseguia pensar no que tinha acontecido mais cedo. O que aconteceu com a senhora havia assustado ela de verdade. Será que era um fantasma? Uma alma? Essas perguntas não saiam de sua cabeça. Estava deitada na cama, ainda com a roupa que foi para as aulas, olhando para o teto. E Peter? Como ele estava? Lembrou-se do que acontecera na sala de aula.
-Será que ele esta bem? –Pegou o celular e verificou as horas, 22h07min. Nem sequer lembrou que o celular foi reiniciado por conta do apagão, apenas pegou a bolsa e saiu.
Ao sair do dormitório as ruas estavam vazias e desertas. Pegou novamente o celular para checar as horas, 22h12min.
-Que porra é essa? Todo mundo resolveu dormir cedo hoje? –Guardou o celular na bolsa e se apressou. Peter estava a três quadras de onde ela estava. O campus era gramado e tinha muitas árvores, durante o dia era lindo, de noite era intimidador. Ao sentir algo estranho ela parou de andar e olhou ao seu redor. Só conseguia ver árvores, o mais próximo do anormal era um poste piscando.
Chegando ao dormitório masculino, entrou apressadamente. No hall de entrada tinha uma bancada onde geralmente ficava o porteiro e um grande corredor de quartos. O porteiro não estava lá e as luzes estavam apagadas. Ela caminhou em direção às escadas, pois Peter morava no segundo andar. Tudo estava em silêncio, somente os próprios passos podiam ser ouvidos. O corredor era extenso e escuro durante a noite. Lívia seguiu em frente e sem olhar para trás. Após bater na porta cinco vezes ouviu alguma movimentação dentro do quarto.
-Você sabe que horas são? Ta doida? –Peter abriu a porta. Ele estava cheirando vodka.
-Eu preciso falar com você. Que cheiro é esse? Ta bebendo? –Lívia o empurrou e entrou. Os colegas de quarto dele não estavam. No criado mudo se deparou com uma garrafa de vodka pela metade.
-Hoje é quarta-feira, por que você esta fazendo isso? –tampou a garrafa.
-Não esta sendo fácil. Eu não sei o que eu estou fazendo da minha vida. –Peter deitou na cama. –Eu fui suspenso hoje.
-Oque? Por quê?
-Invadi a sala do Mr.Jeff, ele entrou lá e me deu uma surra. –Peter era muito exagerado. –Na verdade só me empurrou.
-Você é louco? Poderia ter sido expulso. Eu nem sabia que existia suspensão em universidades. –disse num tom engraçado. –Achou alguma coisa?
-Achei uma arma! E umas fotos onde ele chamava a esposa dele de vadia. Eu te disse que esse cara é louco.
-Podia ter dado um tiro nele, haha. Mas você ta bem? E seu projeto? Você vai fazer? –Lívia sentou-se na cama.
-Mas é claro que vou. Ainda mais depois disso tudo, eu quero provocar ele. Vou aproveitar minha suspensão e vou ir procurar algumas ervas nos arredores. -disse num tom de determinação.
-Queria ir com você. Amanhã talvez eu vá ter aula vaga. Mas acho que não vai dar mesmo.
-Você não deveria ir dormir? Amanhã tem aula cedo. –olhou as horas.
-Ainda ta cedo. Eu geralmente durmo lá pelas 23h00min.
-Mas Lívia já é quase uma da manhã. –Peter mostrou as horas para ela, 00h53min.
-OQUE? Mas eu olhei meu celular... O apagão! Isso explica bastante coisa. –se levantou rapidamente. –Tenho que ir. Boa sorte amanhã!
-Quer que vá com você? Essa hora pode ser perigoso. –Peter se levantou.
-Não precisa. Eu vou ir correndo. Beijo. –Os dois se abraçaram e Lívia saiu rapidamente.Saiu do prédio tentando mudar o horário de seu celular. Estava travando muito, oque estava tornando impossível. Uma sensação estranha à fez parar de andar, a mesma de antes.
-Mas o que é isso? –Ela olhou em volta.
Um barulho de algo se movendo ao seu lado a assustou e a fez correr. Ao se afastar alguns metros de onde estava ela avistou pássaros saindo das árvores, eles estavam sentindo algo. Lívia parou de correr no meio da rua. Começou a ouvir um som cada vez mais alto vindo do chão.
-Não pode ser um... –O chão começou a tremer fortemente a ponto de disparar o alarme dos carros. –SOCORRO! –Ela tentou correr, mas acabou caindo no chão.
Peter apareceu na janela de seu quarto e a avistou caída no chão. –LÍVIA!
A visão dela ficou embaçada, os postes estavam piscando freneticamente. Olhando para trás ela viu um cachorro com a pata quebrada, ele havia feito o barulho que a assustou.
-Eu preciso ajudar ele. –pensou. A terra estava tremendo muito, alguns postes começaram a cair e dar curtos circuitos. Lívia levantou-se tentando manter o equilíbrio e começou a correr em direção ao filhote. Uma árvore que se localizava ao lado dele começou a tombar.
-LÍVIA PARA! VOCÊ VAI SE MACHUCAR! –Peter gritou desesperado.
Ao tentar correr Lívia caiu de cabeça no chão. Sua visão embaralhou, começou a sentir certa sonolência. O coração de Peter disparou. Alguns alunos do primeiro andar começaram a correr para fora dos dormitórios. Lívia se levantou com dificuldade, a terra continuava a tremer. Ao pegar o filhote em seu colo a árvore desabou sobre ela, seu único reflexo foi joga ló para o outro lado da rua.
Todos os alunos gritaram ao ver tal cena, a árvore caiu em cima de Lívia, seu grito aterrorizou todos os presentes.|X|
Peter estava na enfermaria aguardando notícias de Lívia. A Sala de espera cheirava a remédio e produto de limpeza, tinha dois sofás brancos e uma mesinha de centro com revistas antigas.
O terremoto parou alguns minutos depois da queda da árvore, Peter desceu de seu quarto e foi socorrer Lívia. Parecia ter se machucado de verdade no momento que entrou na ambulância, estava com vários arranhões e um corte na perna.-Eu preciso entrar! Minha amiga está lá dentro. –Peter disse para a balconista.
-Eu não faço as regras garoto, se você se exaltar eu irei chamar a segurança. –Ela segurou o telefone como ameaça. Peter deu meia volta e sentou-se no sofá com as mãos na cabeça.
-Cara, o que ta acontecendo? –Luan chegou. Ele parecia ter corrido, estava ofegante.
-Ninguém sabe o motivo disso. Ela já entrou lá dentro tem muito tempo. –Peter estava aflito, não conseguia pensar em nada.
-Eu nunca vi nada parecido antes. Ligou pra Diana?
-Ela já está vindo.
-Garoto! Pode entrar. –A balconista gritou. Peter e Luan se encararam, quem iria entrar? Os dois eram amigos dela.
-Pode ir. –Luan disse.
-Claro que não. Vocês sempre foram próximos. –Peter tentou ser educado.
-Vai logo! A Diana vai chegar, eu preciso falar com ela.Peter entrou correndo. O corredor estava vazio e as luzes ainda piscando por conta do tremor. Chegando ao quarto ele se deparou com ela sentada na cama tirando todos os fios das maquinas de seu corpo.
-Você ta louca? Precisa se deitar. –Ele foi até ela e a deitou de volta na cama. Ela riu. –Você ta rindo? Uma árvore te esmagou.
-Foram só uns arranhões, bobo. O filhote ta bem?
-Uns alunos o levaram para o abrigo. Mas e sua perna? Olha só esse corte. –apontou para a perna dela.
-Acho que vou adotar ele. Minha perna vai melhorar e esses arranhões no rosto também vão sumir. Você sabe que não ligo para o que os outros irão dizer. –Pegou na mão de Peter. –Pelo menos eu estou viva.
-Ainda bem. –Os dois se abraçaram.
-Já está quase amanhecendo, me darão alta ainda hoje, depois que enfaixarem minha perna. Ainda posso ir contigo no teu projeto? –disse animada.
-É claro que não! Olha o seu estado. Você parou pra pensar que aconteceu um terremoto algumas horas atrás? –Peter arregalou os olhos.
-Alguém se pronunciou sobre isso? Muita gente se machucou?
-Só você se machucou gravemente. Esse lugar ta louco, eu preciso mesmo sair um pouco daqui.
-Eu queria muito ir, aff. –Lívia cruzou os braços.
-O Luan quer te ver um pouco. –Caminhou até a porta. –Não vá fazer nenhuma loucura.Ele voltou à sala de espera. Diana estava nervosa e quando o viu logo o abraçou. Ela estava com uma calça jeans e camisa de pijama, cabelos bagunçados.
-Ai meu deus. Como ela está? –O abraço durou mais do que o normal para Peter.
-Ela está bem, foi só um susto mesmo. Agora acredito no que você me disse. Alguém tomou alguma atitude sobre isso? –Peter perguntou quietamente.
-Fazer oque? Ninguém sabe por que isso esta acontecendo. Disseram-me algo sobre paralisar as atividades do campus. –Diana colocou a mão na testa. –Isso não pode acontecer.
-Por mim tanto faz. Eu preciso ir Diana, tenho algumas coisas pra resolver.
-Ela o abraçou novamente de forma lenta, ele saiu e pegou sua bicicleta.
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DUX: A Restauração do Império
FantasyPeter é um estudante de medicina que desistiu da carreira no ultimo semestre do curso. Ele percebe que tudo que ele sempre quis é ter controle sob outras pessoas, ser um líder. Juntamente com sua amiga Lívia, encontra algo capaz de realizar suas amb...