A Filosofia Dean Winchester

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Os irmãos entraram no Café. O lugar tinha cerca de dez mesas de madeira com aparência antiga. Eles se sentaram em uma perto da porta.

Eles eram as únicas pessoas no local além de um velho aparentemente bêbado, que havia cochilado sobre a mesa e uma senhora, que mexia em sua bolsa, procurando o dinheiro para pagar sua conta. Assim que encontrou, deixou uma nota sobre o balcão e saiu.

Uma jovem garçonete se aproximou da mesa em que os rapazes estavam:

— Já escolheram?

— Café e panquecas – Respondeu Sam

— Bacon, café, torta e o seu telefone – Dean olhou para a mulher com seu sorriso patenteado, Sam lhe lançou um olhar exasperado mas a garota sorriu.

— Tenho namorado – Respondeu ela, mas não parecia realmente incomodada com a cantada.

— Não sou ciumento – A garota sorriu novamente, mas não disse mais nada, apenas se retirou.

— Da próxima vez que você parar em algum lugar sentaremos em mesas separadas – Sam revirou os olhos.

— Por que?

— E você ainda pergunta? – O rapaz estava irritado – Você realmente tem que cantar todas as mulheres que conhece?

— Não – Respondeu Dean – Apenas as bonitas e gostosas.

— Esquece – O mais novo sacudiu a cabeça – E então? tem alguma notícia do pai?

— Não. Ele não quer ser encontrado – O outro respondeu – E isso torna quase impossível encontrá-lo.

— Nesse caso por que ainda estamos procurando?

— Porque é isso o que as pessoas fazem quando alguém da familia some, procuram

— Nesse caso deveríamos nos dedicar mais tempo a busca pelo papai e menos a esses trabalhos que você insiste em arrumar para gente.

— De novo essa história? Nós salvamos vidas, Sammy, isso não conta nada pra você?

Antes que Sam pudesse responder, a garçonete voltou com o pedido deles. Serviu o café e entregou as panquecas a Sam e a Dean o bacon e a torta. Antes de sair entregou-lhe também um pedaço de papel.

— O que é isso? – Perguntou o rapaz mais velho

— Meu telefone – Ela sorriu sedutora.

— Pensei que tivesse namorado.

— Pensei que não fosse ciumento
– A jovem sussurrou em seu ouvido e com um sorriso se afastou.

— Eu não sei o que é pior – Disse Sam quando a garçonete saiu – Ouvir você passar essas cantadas idiotas ou saber que ainda existem mulheres que caem nelas.

— Você está mal humorado hoje, hein? – Dean falou com a boca cheia de torta.

— E qual o motivo que tenho para estar de bom humor? Passamos três noites seguidas na estrada e só paramos aqui pra você dar em cima da garçonete e se entupir de torta.

— Você tem que aproveitar a vida, Sammy

— Do jeito que você aproveita? Se entupindo de gordura e transando com todas as mulheres que encontra? Não, obrigado, prefiro manter minha saúde e minha dignidade.

— Você está estressado mesmo, hein? Sei que você é acostumado com uma vida normal, com comida saudável e relacionamentos sérios, mas está na estrada agora e tem que se acostumar com isso. É viver cada dia como se não houvesse amanhã, porque talvez não haja mesmo. O colesterol alto pode me matar daqui a 10 ou 15 anos, mas existem coisas que vão me matar bem antes disso e de uma forma muito mais grotesca.

— Você parece assustadoramente confortável com essa ideia.

— E estou – Confirmou Dean – Sou um caçador, tenho que me conformar com a ideia de que vou morrer cedo.

— Então foi por isso que você foi me buscar? – Sam se irritou ainda mais – Quer que eu morra jovem também?

— Não, você não... Eu não... Eu só... Como você pode pensar isso? Você veio comigo por vontade própria.

— Vontade própria? – Sam se irritou – Pra mim já chega. – Ele se levantou e saiu do café.

Surpreso com a atitude do irmão, Dean deixou o dinheiro sobre a mesa para pagar pela comida e o seguiu. Encontrou o rapaz mexendo no porta malas do carro.

— O que você está fazendo? – Perguntou Dean

— Não é meio óbvio? Estou pegando minhas coisas.

— Por que?

— Eu vou procurar o papai, sozinho.

Oi. Eu sei. Sem ação ainda. Mas eu sou fã dessas conversas dos irmãos e queria escrever algo assim. Além disso é algo relevante para a história, juro. Se estiver uma porcaria não exite em dizer.

A Primeira Morte Do CaçadorOnde histórias criam vida. Descubra agora