Sam ficou aliviado ao ver o impala enquanto se aproximava do café.
— Ele ainda não foi embora – Murmurou, sorrindo para si mesmo e se aproximou. Ao olhar pela janela do carro viu que Dean não estava lá.
" Que estranho" Pensou "Dean deixou os vidros abertos, ele nunca deixa os vidros abertos, a não ser..." Ele olhou para o café.
Sam entrou no estabelecimento e viu que o lugar estava vazio, exceto por uma mulher negra, que aparentava ter cerca de quarenta anos, atrás do balcão e o bêbado que ainda dormia sobre a mesa.
— Com licença – Sam se aproximou do balcão – A senhora não viu um rapaz alto, loiro e de olhos verdes?
— Também estou procurando por um assim, mas até hoje não encontrei – respondeu a mulher com um sorriso malicioso – Homens não são bem a minha praia, mas para um assim eu abriria uma exceção. Ou para um como você – Ela piscou de uma forma insinuante para o rapaz.
— Não, eu não... Estou perguntando se não viu o dono do impala lá fora – Sam se apressou a explicar sentindo o rosto quente de vergonha – Eu estive com ele aqui, mais cedo, ele é mais baixo que eu...
— E existe alguém que não seja? – A mulher zombou.
— E estava usando uma jaqueta de couro.
— Estiloso.
— Você viu ele ou não? – O Winchester mais jovem se irritou.
— Vi sim, – A negra respondeu sentindo um pouco de pena de mexer com o jovem – Ele saiu com Anne.
— Anne? – Sam franziu a testa.
— A garçonete que trabalha aqui. –
Sam lembrou-se da garota que havia dado o número a Dean. O rapaz sorriu e sacudiu a cabeça. Ele pensava que encontraria o irmão com raiva ou talvez magoado, mas ao que parecia nada do que dissera a Dean o havia abalado.— O que foi? – Perguntou a mulher surpresa ao vê-lo sorrir
— Nada – Sam balançou levemente a cabeça e continuou, sem perceber estar expondo os pensamentos em voz alta – É só... Eu fiquei mal por brigar com ele, achei ele se importaria mais com toda a situação do que sair para transar meia hora depois.
— Deve estar tentando te deixar com ciúmes. – Ela tentou soar compreensiva, mas saiu como uma piada.
— Com ciúmes? – Sam não entendeu a princípio e quando entendeu, ficou ainda mais vermelho – O quê? Não, ele é meu irmão.
— Incesto – A mulher lambeu os lábios – Tão errado e tão sensual... Eu não me importaria em assistir.
— Eu... Nós não... Eca – Suas palavras não pareceram surtir efeito, já que a mulher continuava lançando olhares que o faziam se sentir sujo – Você sabe para onde eles foram?
— Sinto muito, mas Anne é minha amiga e não vou dizer onde ela está para você arrastar seu namorado de lá. – Ela sorriu e acrescentou – Por mais quente que pudesse ser assistir a isso.
— Você poderia apenas facilitar as coisas e dizer onde meu irmão, com quem não tenho nenhum envolvimento sexual, foi? – A expressão impassível no rosto da mulher foi toda a resposta necessária. Com um bufo irritado, ele saiu novamente para a rua.
Quando estava do lado de fora a raiva começou a dissipar e ele não conseguiu evitar o riso ao pensar na expressão que o irmão faria, se ouvisse alguém insinuar, não apenas que ele era gay, mas também que estava dormindo com seu irmão. "Ugh, isso é simplesmente errado"
— Acho que vou ter que esperar.
Ele tentou abrir a porta do carro, desejando, que pelo menos por uma vez na vida Dean não fosse tão cuidadoso com o Impala. Ficou surpreso quando a porta realmente abriu. Vidros abertos eram uma coisa, mas deixar as portas destrancadas também? Isso estava cada vez mais estranho.
Sam tentou ignorar a sensação de que havia algo de errado, mas isso se tornou impossível no momento em que entrou no carro e viu as chaves na ignição.
Ele pegou o celular e ligou para o irmão. Depois de vários toques a chamada foi encaminhada para a caixa de mensagens.
"Talvez ele ainda esteja zangado comigo ou talvez esteja aproveitando os momentos com a garçonete." Sam pensou, desejando que fosse realmente só isso.
Nesse momento, uma dor excruciante tomou conta de sua cabeça e ele fechou os olhos com força sabendo o que viria a seguir.
De repente sua mente foi tomada pela imagem de uma mulher, Anne, a garçonete do café. O lugar onde ela estava, no entanto, não parecia uma casa ou um motel. Não havia nem mesmo uma cama. Era apenas um cômodo vazio, sujo e mal iluminado.
Dean estava deitado de costas no chão a uma pequena distância da garota, ele tinha um corte muito profundo no abdômen que estava sangrando.Anne se aproximou e se abaixou sobre ele, montando sobre seus quadris. Ela retirou um punhal de sua bota de couro e riscou o peito de Dean desenhando um pentagrama invertido enquanto murmurava algumas palavras em latim. Os lugares por onde a lâmina passava, começavam a verter Sangue e Dean gemia de dor devido aos cortes.
— Agora o ato final – Disse a garota encostando o punhal no pulso direito de Dean.
— Vai em frente e me mata, vadia – O rapaz tinha a voz fraca, sua face estava pálida e havia sangue em seus lábios – Vou te esperar no inferno para acertarmos nossas contas.
— Vai ter que entrar na fila, garotão, há uma fila bem grande – Ela se inclinou e o beijou. Quando suas bocas se separaram havia sangue em seus lábios, ela o lambeu e engoliu sorrindo e, em seguida cravou o punhal no pulso direito do rapaz, um momento depois, repetiu o mesmo movimento no esquerdo.
O sangue jorrou dos dois braços de Dean ensopando o chão de madeira. Poucos momentos depois os gemidos de dor cessaram, seu rosto ficou vazio de expressão e seus olhos perderam o brilho costumeiro. Dean Winchester estava morto.
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A Primeira Morte Do Caçador
FanfictionEm uma cidade sem nome, os Winchester se metem em problemas ao entrarem no caminho de um casal de Satanistas que parecem ter um interesse especial em Dean. Com a vida do irmão em perigo, Sam faz tudo ao alcance para salvá-lo. Infelizmente, "tudo" po...