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Falar com o Pedro não adiantou completamente nada. Mas seria ele que iria me ajudar, ele me deixou em casa e seguiu para a sua casa. Quando abrir a porta o tomas estava deitado no sofá da minha casa

- Aonde cê tava amor? - ele perguntou levantando do sofá e me dando um selinho -
- Eu? É.. fui tomar um sorvete - sorri -
- Porque não me chamou?
- Ah amor, eu precisava pensar um pouco e não queria te atrapalhar.
- Estranho.. juro que vi você chegando com meu irmão
- Desculpa, não queria mentir pra você. Mas nunca mais tinha colocado os papos em dias com Pedro então resolvi ir
- Custava me chamar? Você ainda gosta dele não é? Tá na cara
- Eu já disse tantas vezes que te amo mas parece que você nunca acredita nisso.
- Não é apenas dizer que me ama, mari. Eu sei que você tem sentimento por meu irmão
- Não é porque eu chamo ele pra tomar um sorvete comigo é que eu gosto dele. Antes de tudo isso ele era meu melhor amigo entendeu? Eu não posso simplesmente deixar nossa amizade de lado e ficar apenas contigo.
- Então fique com ele.. agora quando ele vacilar novamente, não conte comigo.
- Tomas dá pra parar? Eu te amo cara, já te provei tantas vezes, mas parece que todas foram invão. Eu quero ser feliz ao seu lado, ter 2 filhos e um cachorro.. Uma familia perfeita do seu lado - sorri - ninguém pode acabar com isso
- Eu namoro com uma menina que meu irmão é completamente apaixonado e ainda os dois são melhores amigos. É melhor eu acabar aqui do que receber uma dor de corno.
- Porque você se importa tanto com isso? Você não confia em mim?
- Confio e muito. Eu te amo, mas eu me culpo muito por tudo que está acontecendo entende? Eu quero ficar com você.. de consciência tranquila, não do jeito que estamos.
- Então é isso? Você vai acabar comigo - chorei - tem certeza tomas? Eu te amo muito amor, não faça isso - abracei -
- Eu também te amo. Mas é o jeito - beijou minha testa - passa bem - saiu -

Aquele dia foi o mais difícil da minha vida. Foi doloroso demais, ainda bem que eu tinha a isa por perto. Pra ficar ali me apoiando em tudo

- Não fica assim - alisou meu cabelo - ele volta
- Eu não entendo nada - chorei - porque ele foi?
- Ele achou melhor assim minha linda. Me diz a verdade, você senti ainda algo por Pedro?
- Um pouquinho, mas eu amava ele. Demais
- Eu sei, todos sabe disso. Vamos preparar um brigadeiro?
- Realmente, não estou afim
- Tudo bem.. não vou insisti

Minha semana foi uma semana difícil. E hoje começava a ultima semana de aula.
Eu estava muito animada pelo final de ano, assim iria viajar e esquecer um pouco o tomas.
Eu me arrumei mais que o normal hoje, aliás era a ultima semana. Peguei minhas coisas e eu e a isa descemos e saímos para escola.

Quando chegamos na escola me surpreendi. Estava cheio de carros de policias, ambulância e alguns repórteres, o que será que tinha acontecido. E o que eu nunca imaginava acontecer tão cedo, aconteceu. O Bruno estava preso, eu vi ele sendo algemado. Resolvi me aproximar e quando vi um corpo morto no chão me assustei. O Bruno teria matado alguém? Eu não duvidava se isso tiver acontecido, agora quem?
Os policiais tavam impedindo alunos se aproximarem, quando uma menina da minha sala falou " Eu acho melhor você tomar um calmante antes de você saber quem está ai" por algum motivo eu sabia que o Bruno queria vingança e a primeira pessoa que venho em meu pensamento foi o Pedro. Eu me desesperei antes mesmo de saber quem é e era realmente isso? Era a hora da verdade

- Quem morreu? Quem ele matou? - perguntei soluçando de tanto chorar -
- A Natalia - o pedro falou atrás de mim -

Eu tomei um "baita" susto. Meu deus, da mesma forma eu fiquei triste. A Natalia era minha melhor amiga, minha amiga de infância e ela foi muito importante pra mim, quando vi sua mãe chegar desesperada eu chorei mais ainda. Fui até a ela e dei um forte abraço

- Porque minha filha, meu deus? Porque?
- Minha tia.. que Deus conforte seu coração, eu também estou bastante triste sabe? Ela foi.. - chorei - muito especial - sorri fraco - se precisar eu estou aqui sempre tá?
- Eu sei minha princesa - sorriu fraco -

Ela se desesperava a cada passo que a ambulâcia dava. Eu estava também fora de mim. Eu odiava mortes e ainda mais de pessoas tão especiais.. então essa seria a vingança? Matando alguém que eu amasse muito? Ele conseguiu me afetar tanto que eu nem sei dizer, a dor é inesplicável. E mesmo por tudo que ela me fez eu ainda amava muito ela

Resumida em FasesOnde histórias criam vida. Descubra agora