True Blood - Romione

Cavalheirismo? Que nada.

Começo a chorar no quarto. Por ele. "Não, Hermione Jean Granger, você é uma mulher de fibra. Não deve chorar por aquele idiota do Weasley. Mantenha seu foco nos estudos." é o que mentalizo durante horas. Nesse meio tempo, algumas garotas vieram me consolar, e Lilá, propositalmente diz:

-Ai Granger, como você é tola! Você sabe que o Uón-Uón NUNCA olharia para uma sangue-ruim como você. 

-E quem aqui falou com você sua intrometida? 

-Além de sangue-ruim é intolerante e grossa. Só falei a verdade Hermione, é você que não aguenta ouvi-la.

-CALE-SE LILÁ!-levanto-me avançando sobre ela, mas as outras garotas me seguraram. Estou com a varinha empunhada em mãos, apontada bem no rosto dela. Ela está assustada.-Escute, não ouse dizer uma palavra a meu respeito, ouviu? OUVIU?-ela assente com a cabeça. Saio do quarto de camisola mesmo, pois ficar no quarto com aquela metida da Lilá está me dando nervos. Fico sentada no meio do corredor, usando a capa de invisibilidade emprestada de Harry.

-Abaffiato.-digo baixinho para ninguém ouvir minhas fungadas. Mas de repente, uma luz bem forte atinge meu rosto. "Não acredito. Esqueci que Malfoy agora é o monitor da Sonserina." 

-Granger, eu sei que é você. Saia daí ou eu chamo o...

-Não enche, Malfoy, já tô indo.-digo, tirando a capa rumo ao salão comunal da Grifinória.

-Você tá... Chorando?

-Já falei pra não encher meu saco.

-Por que você tá chorando?

-Por que o idiota do... EU NÃO TÔ CHORANDO! ME DÁ LICENÇA, MALFOY!

-Vai, me fala.

-Por que você se interessaria nos problemas de uma sangue-ruim?-pergunto enxugando as lágrimas no dorso da mão. Não posso deixar que ele me veja assim. Fraca. Ele ia abrir a boca para dizer algo, mas a fechou e decidiu não falar nada.

-Foi o que eu pensei. Tchau.-digo indo embora. Além do mais, eu não estava propriamente vestida. Estava só com com uma camisola verde oliva fina como seda, que não era muito comprida. Ele não parava de olhar para mim.

-Quer saber? Nem sei por que fui perguntar para uma sangue-ruim como você. Não merece o meu cavalheirismo.-diz estufando o peito. Ridículo. Eu volto, claro.

-Quem você pensa que é para falar assim comigo, fuinha? E parece que cavalheirismo mudou de nome para intrometido.-digo completamente irritada. Ele bufa e vai embora. Faço o mesmo, já que é bem tarde da noite. Todos da Grifinória o já estão dormindo, e enquanto atravesso a sala, no escuro, vejo um vulto. Fico assustada, por que quem ia ficar rondando pelos arredores do dormitório feminino uma hora dessas?

-Lumos.-digo baixinho, e a ponta da varinha se acende. -Homenum Revelio.-digo, e se revela uma pessoa que não esperava encontrar por aqui.