A Amortentia de Malfoy

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A princípio, não entendi o que ele quis dizer com aquilo; não importa mesmo. Passam-se as aulas seguintes-que por sinal cheia de trabalhos imensos- e chega a hora do almoço. Vejo um Rony com uma cara péssima, com a cara mais vermelha que os cabelos. Quando me vê entrando no salão, se levanta com um sorriso, mas ao ver minha expressão, volta ao seu lugar, dando volta á expressão furiosa. Até aí, tudo bem. Gina e Harry conversam freneticamente sobre a partida de quadribol que terão amanhã. Sento-me entre eles, e Harry logo dá atenção para mim.

-Oi Mione. Eu sinto muito.-diz, colocando a mão em cima do meu ombro.

-Hã? Do que você tá falando, Harry?

-Ah, é que a sua dupla em poções é o Malfoy, não é? Credo.

-Ah. Isso.-digo, e vejo os olhares meio indiferentes de Rony sobre mim, comendo sua coxa de galinha com muita força. Ignoro.

-É, o Rony, também tá boladão por fazer o trabalho com a Parkinson. 

-Hum. Sorte sua, Harry, por poder fazer com a Cho. Ela é muito inteligente.-retruco, mas depois me arrependo, pois Gina bufa e vai embora. Harry nem dá atenção, e continua a falar.

-Bom, é mesmo. Peraí. Hermione Jean Granger, você falou que a Cho é muito inteligente?

-Não é a toa que ela é da Corvinal.

-Caramba, Mione, o Malfoy embaralhou toda a sua cabeça no bar hein?

-Hein? Ah, Harry, cala boca, que eu vou ter que encontrar a fuinha depois do almoço. 

-Mas já?

-É claro. Quero terminar isso o mais rápido possível. 

-Então tá. Boa sorte então. 

-Obrigada. Vou precisar, e muito.-digo, suspirando. O horário de almoço terminou, e vou direto para a biblioteca começar a parte escrita. Pego alguns livros e começo a procurar várias coisas, quando de repente, percebo que Malfoy está atrasado exatos 27 minutos. Que raiva. Finalmente, ele chega, com as cabelos bem desarrumados, diferentes do que sempre vi. Assim não parece tão ignorante quanto é.

-Malfoy! Você está atrasado vinte e sete minutos! Onde é que você tava?-pergunto com o máximo possível de silêncio. Ele se senta ao meu lado, não diz nada, pega um livro e começa a ler. Depois de algum tempo, nós dois lendo em silêncio, ele começa:

-Quer saber? Eu tava com a Pansy, resolvendo umas coisinhas importantes.

-Ah, é mesmo? Mais importante que esse trabalho que se você não fizer vai fazer você repetir o ano?-retruco. Ele dá um risinho e volta falar normalmente.

-É. Bem mais importante.

-E o que pode ser mais importante do que passar de ano?

-Acredite Granger, você não vai querer saber. E não é da sua conta.-penso um instante, e compreendo o que ele quer dizer. Que ele estava dando uns amassos na Parkinson. Ugh, credo.

-Tá bem, não quero saber mesmo. Enfim, da próxima vez que se atrasar, eu dou um jeito em você, que não vai ser nada divertido, fuinha.

-Ai, que medo. 

-Não duvide de mim, Malfoy. Você sabe muito bem que posso fazer isso agora mesmo.

-É, eu sei. Mas sei que não vai fazer isso, por que senão, vai levar uma bronca da Madame Pince, que vai dizer para a McGonagall e tirar pontos da sua querida Casinha.

-Mas como você é ignorante, Malfoy. Tem resposta pra tudo mesmo.

-Pois é. 

-Bem, eu quero terminar esse trabalho o mais rápido possível, tá bem? E sei que você também quer, então vamos ao trabalho. A Amortentia vai ser sua.-digo, decidida. É claro que não vou deixar ele sentir a minha Amortentia. Hum, no caso, cheira a rolo de pergaminho, grama recém cortada e... Aos cabelos do Rony. 

-Não! Vai ser sua, Granger, e ponto final.-disse com um pouco de medo na voz.

-E desde quando você decide as coisas nesse trabalho, hein Malfoy? Tá com medinho de eu descobrir a sua poçãozinha do amor?

-Desde agora. Claro que não. Você deve estar se borrando por que eu vou descobrir.

-Pois saiba que não. Vai ser sua.

-Ah é? E desde quando você decide as coisas do trabalho?

-Ah, não enche. Vamos resolver de uma maneira justa então.

-Como, sabe-tudo?

-Da maneira mais simples do mundo. Pedra, papel e tesoura.

-Quê? Tinha que vir de uma...-ele para e repensa -do mundo dos trouxas, mesmo. E com direito á dizer de quem é o cheiro da poção.

-Tá bom. Ou do quê. Vai. Pedra papel, tesoura!-ele tira pedra. Hahaha, eu tiro papel. Dou uma risada bem estranha, mas de vitória. Ele fecha a cara, abaixa a cabeça e fala:

-Livros-tá, essa até eu me surpreendi, mas acho que é verdade. Uma vez o flagrei  com uma pilha de livros policiais (trouxas).-Lavanda.-eu rio baixinho. Tudo bem, essa passa. Ele dá um último suspiro, levanta a cabeça para me encarar e diz baixinho-Xampu de camomila.-não. Não pode ser. Só eu, em Hogwarts inteira, uso xampu de camomila. Quer dizer, eu mesma faço meu xampu (eu sei que é bizarro, mas a maioria dos xampus tem uns ingredientes que tenho alergia). Cheiro rapidamente meu cabelo, e realmente, está com cheiro de camomila. Nem sei o que dizer, só estou... chocada. Não, chocada, é uma palavra muito fraca para me descrever. Extremamente furiosa. Com ele.

True Blood - RomioneOnde histórias criam vida. Descubra agora