Alegrias e DR's

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Assim que nós entramos na sala ele estava com os olhos fundos e parecia ter dificuldade pra respirar.
- amor?- digo baixinho me ajoelhado ao lado da cama.
- Oi. - ele diz sorrindo fracamente
- Ficamos preocupados, pintinho.- Diz Gus ao irmão
- se eu conseguisse levantar o braço te daria um soco agora.
- também te amo, Mano.
- A doutora disse que você vai ficar bom logo.- menti
-Você é um milagre, Tuco.- diz Gus carinhoso.
Uma semana depois...
Aquela semana passou voando. Eu ia de casa pro hospital e do hospital para casa. Todos os dias. Essa era a minha rotina e do Gus. Gravavamos um vídeo ou outro de vez em quando.
Mas o dia mais feliz da minha vida foi sábado, quando Tuco voltou para casa. Claramente ele ficou comigo. Apesar de estar quase curado não, não era 100% . Os médicos disseram que seria bom se ele ficasse comigo esses dias.
Avisei Tia May e ela disse que eu poderia ficar o tempo que eu precisasse. Essa era uma das coisas que eu mais amava na minha tia, ela era compreensiva.
- Vai com calma ai, pintinho, não queremos que você quebre outra perna.
- Juro que eu vou te dar um soco, Gustavo.
- também te amo,viu?
Jensen acabou por achar um apartamento para ele. Então a paz se reestabeleceu.
Podia podíamos não ser perfeitos e nossas brigas serem feias, mas, eu tinha certeza, que eu amava os dois só fundo do meu coração, talvez não do mesmo modo. Mas amava.
Depois do ocorrido meu pai passou a ser meu pai e se preocupar de verdade comigo. Minha mãe se casou com Rafa e engravidou outra vez. E quanto a mim? Bom, eu continuo a mesma Isabella de sempre, mas agora com Tulio e Gustavo. Eu não era mais Isabella, agora eu era Isabella Rocha. Não me casei com Tulio nem com Gus, mas nossa vida era essa. Juntos.
Acho que a vida faz isso com a gente. Nos deixa mega felizes e acaba com isso tragicamente, mas no final essa tragédia nos torna fortes para poder trilhar o caminho da felicidade com ou sem alguém ao nosso lado. Eu tive a sorte de ter Tuco e Gus comigo nesse caminho e sou grata por isso.
- Bella!- Grita Tulio
- Fala, amor da minha vida.- digo quase que irônicamente.
- Sabia que eu te amo?
- Sabia. E eu também.
É a nossa vida não era das mais normais ou nos padrões da perfeição, mas era perfeita do nosso jeitinho estranho.
- Família, cheguei.- Grita minha mãe
-Trouxemos Pizza.- diz Rafa
- Eeebbbba!- diz Tulio descendo as escadas.
Sim, nós somos estranhos, nós julguem.
- Mãe! - digo a abraçando.
- Meu Deus -Diz ela respirando fundo.
- Mãe, o que foi?
- o bebê...- ela diz ofegante -Vai nascer!
- Vem vamos, amor.-diz Rafa completamente nervoso.
- vão indo que eu e os meninos vamos atrás.
Saímos as presas e fomos para o hospital. Eu estava nervosa sim, mas meus dois amores estavam lá pra me acalmar.
- Calma, gata, vai dar tudo certo-dizia Gus segurando uma das minhas mãos.
- É...Relaxa. Sua irmãzinha vai nascer linda e saudável como você e sua mãe. - Diz Tulio segurando a outra mão.
Torturantes 2 horas depois a enfermeira diz que podemos ir até o quarto e que ambas passavam bem.
- Mãe! -digo entrando.
- oie. Fala oi pra Bella.
- Ela é linda.
- Sara...- Diz Rafa
- Sara?
- É o nome da minha mãe.
- Sara gostei.- digo sorrindo.
Não podíamos ficar lá muito tempo, tinha que dar os remédios do Tulio, e, de qualquer forma, o horário de visita já estava quase acabando. Nos despedimos dos dois e de Sara e voltamos para casa.
Quando chegamos lá, percebi a expressão triste de Gus, e, mesmo que eu tivesse que cuidar do Tulio, que tipo de melhor amiga eu seria se ignorasse?
Deixei Tulio no quarto e fui conversar com Gus.
- Que foi, vida?
- Ai, Belinha...- odiava quando me chamavam assim, mas dessa vez eu ia deixar- todo mundo está com a vida se ajeitando, sabe? E eu continuo aqui. Me pergunto se alguém dia será diferente.
- Gus, você realmente acha que a minha vida está ajeitada? Cuidar do ser irmão tem sido ótimo, mas isso não significa que é fácil. Larguei meu emprego e, praticamente, explusei meu irmão daqui... por vocês.
- Por que arriscou tanto? Largou tudo por nós, por quê?
- Por que eu amo vocês. Tento demonstrar isso todos os dias.
- Eu sei, e te entendo. Mas não quero viver as suas custas.
- Você não vive as minhas custas. Gus, você ajuda aqui mais do que qualquer um, e, como eu disse, não é uma tarefa fácil. Mesmo que você fosse um vagabundo que não faz nada da vida eu ainda ia te amar e e te sustentar até o dia do meu funeral.
- Profundo.- diz ele sorrindo fofo.
- Agora, chega de drama e vamos pra luta!
- Sim, Capitã! - ele se levanta do sofá e vai para a cozinha pegar o Telefone da pizzaria.
- Tuco?- digo subindo as escadas
-Aqui.- diz ele no banheiro. - ouvi o que disse para Gus...
- Não é novidade.
- Não entendo o porque de você arriscar tudo por nós... por mim. Eu não mereço tudo isso, não depois do que eu fiz.
- Tuco, eu não acho certo o que você fez, e aquilo me magoou, mas é passado e não podemos nos prender a ele.
- Obrigada.
- Não tem que me agradecer.
- Tenho sim, e queria poder te recompensar.
- Sua melhora é a minha melhor recompensa, então trate de ficar bem.- digo entregando os remédios a ele.
-Pode deixar.
☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆
Notas da autora:
Hey Hey, leitores, tudo tranquilo?
Esse capítulo demorou pra sair e peço desculpas, pois fazem 5 dias que eu estava tentando terminar ele.
EU FINALMENTE VOLTEI PARA CASA \o/ o que ninguém deve querer saber, mas significa que todas as minhas histórias vão voltar ao normal e os capítulos vão ser mais frequentes, mas não prometo nada além disso.

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