Capítulo 04

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Passaram dias e o meu relacionamento com Inuyasha descia ladeira abaixo, mesmo que eu tentasse esconder o meu desconforto, todos sabiam que a coisa não ia bem. Bom, é a vida.

No meio tempo, esperei por Kikyo, só que nada dela aparecer. Era de se estranhar ela não vir atrás de Inuyasha, mas tentei deixar de lado a idéia de ela ter voltado do inferno e focar mais em mim e nos ensinos que estava tendo com Miroku e senhora Kaede. Uma hora ela iria aparecer e, assim, teria a minha resposta. É o esperado.

— Miss Kagome, eu te ajudo.

Desperto do meu devaneio.

— Você carrega peso que nem um lenhador experiente daqui da aldeia.

— Resultado de carregar a minha bolsa por todo o Japão Feudal — brinco de volta e vejo ele rir contido.

— Estudando algumas ervas?

— Sim, sim. Sem contar que preciso entregar alguns mantimentos para os aldeões.

— O clima tem mudado muito, a imunidade de alguns fica bem prejudicada.

A gente descia um pequeno morro e, por estar prestando atenção no monge, acabo escorregando um pouco na areia.

Opa!

Recupero o equilíbrio.

— Cuidado pra não empurrar!

— Ah, Miroku, como a Sango tá? Não vejo ela desde cedo - tento agir como se nada tivesse acontecido por constrangimento.

— Ela teve que sair, mas logo volta. Sem preocupação.

— Ahhh, agora entendi o motivo de você tá por aqui - digo e dou um leve tapa na nuca dele

— Estou sofrendo longe da minha amada e você ainda me bate? Pensei que éramos amigos, Miss Kagome!

Conversamos por mais um tempo enquanto íamos seguindo caminho, quando, então, os risos pararam ao entrarmos na cabana da anciã. Algo não estava certo.

— Sango?

[...]

Narrado por Sango

Kagome tem agido como se estivesse tudo bem, mas sei que não está nada bem. Sou amiga dela e reconheço quando está abalada.

Fantasmas aparecem sempre na pior hora.

— Tá dormindo com os olhos abertos ou...?

— Hã?

Balanço levemente o cabeça e viro para o meu monge.

— Faz um tempo que te chamo... — Miroku levanta suavemente e anda até mim.

Ele era lindo até quando acordava.

— Não é nada.

— Tá preocupada com algo — ele não estava perguntando, mas sim afirmando.

— ...queria saber por qual motivo ela voltou...

Vejo ele suavizar o olhar.

— ...será que a joia voltou? Se sim, por quê trouxe ela de volta? E o meu irmão? Será que...

Sinto os braços do meu parceiro me rodear com carinho, nada de segunda intenção ou brincadeira boba.

Uma Nova Vida, Um Novo AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora