Capítulo 03

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Anteriormente

— Prometo de todo o meu coração que vou te esquecer, Inuyasha. Chega uma hora que cansa esperar...

Atualmente

Kagome

No dia seguinte, eu agi como se nada tivesse acontecido na noite passada e apenas Sango notou a minha atitude estranha no começo da manhã. Ainda bem que ela respeitou o meu espaço pessoal e não fez nenhuma pergunta constrangedora. Conhecendo ela, sei que desconfia de Inuyasha e ficou mais na dela. Miroku fez as investidas dele e mesmo Sango reagindo como o normal, eu sabia que ela estava pensativa.

Com o hanyo reclamando da nossa demora para desfazer o acampamento, seguimos o dia e partimos para a casa da velha Kaede.

Algum tempo depois, notei que algo nos observava ao longe. Tentei alertar aos outros, mas Inuysha insistiu que era coisa da minha cabeça, já que ele não tinha detectado nenhum demônio ou humano pelas proximidades.

Ao abrir a boca para reclamar e afirmar que não estava brincando, fomos atacados por todos os lados.

Apesar da surpresa, maior foi ela ao notar que Kikyo teve a audácia de se fazer presente no grupo. Miroku e Shippo ficaram confusos e quase pude escutar os seus devaneios de como ela ainda estava no mundo dos vivos e se tinha o dedo metido na emboscada. Sango pareceu se ligar do motivo da minha estranheza hoje. Inuyasha pareceu mais desnorteado com o fato de eu ter notado os demônios ao redor e não ele.

Todos nós entramos em modo de combate e enfrentamos cada ameaça que entrava na nossa frente. Só não esperava ser agarrada por garras enormes.

— Kagome!

— Kikyo!

Escuto meus amigos gritarem por mim, enquanto de fundo Inuyasha urra o nome da sacerdotisa de barro.

Aquele demônio agarrou nós duas e estava prestes a nos rasgar ao meio. Quando ameacei revidar e sair daquela situação, vejo quase que em câmera lenta Inuyasha rasgar o braço que segurava Kikyo e salvar ela.

Ele resgatou uma pessoa que já está morta e me deixou lá.

Não é como se não tivesse chance de ocorrer dele escolher ela ao invés de mim, ficou claro quando vi os dois se encontrando nas escondidas, mas doeu da mesma forma.

Miroku e Sango me acordaram do transe e consegui escapar daquilo.

[...]

— Qual o seu problema, Inuyasha?

— 'Gome quase não se liberta daquele demônio e você não moveu um dedo para ajudar!

— Eh? Não é ela que diz ser forte agora?

De fato eu melhorei, mas a chacota que ele fez ao pontuar o que falei um tempo atrás não era necessário.

— Tanto faz, Inuyasha — decidi entrar na pequena discussão e continuei: — Só espero que se caso da próxima vez eu alerte sobre a presença de algum inimigo em potencial, você me escute.

— Eu apenas quero saber o motivo de Kikyo estar aqui — foi a vez da Sango falar — Ela deveria ter voltado para o inferno, já que é o lugar dela.

Inuyasha não gostou do tom e ia se exaltar, quando a morta-viva decidiu jogar uma desculpa.

— Não interessa para nenhum de vocês, caçadora. Foi apenas uma coincidência nos encontrarmos.

— Agora repete mais uma vez para eu ver se acredito, sacerdotisa.

Nunca vi a Sango tão zangada assim...

— Não é preciso, estou de saída.

Logo após aquele pequeno show, a caminhada se tornou silenciosa.

Chegamos e Shippo adormeceu nos meus braços. Inuyasha se afastou da gente resmungando.

— Pode me chamar se precisar de algo, Agome...

— Obrigada, Sango...

Nota da autora insuportável: E a pergunta que fica no ar é: Por qual motivo Kikyo voltou? Ela não parece estar disposta a contar, mas o tempo não perdoa.

"Uma Nova Vida, Um Novo Amor".

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