Em algum lugar nas mais densas e desconhecidas montanhas do Japão Feudal
Gemidos de angustia ecoavam por toda parte e nenhuma alma viva era avistada. A mata sussurrava para quem pudesse ouvir ao longe: não se aproxime daqui.
Se não fossem pelos lamentos ou pelos avisos jorrados pela natureza já desfalecida, com certeza o cheiro de carne em brasa seria o suficiente para mandar o recado.
Aquele lugar gritava morte.
E como não seria? Um lugar antes sagrado fora manchado e um cemitério de imundice humana e demoníaca se alastrava sem qualquer restrição.
O mal ansiava por mais destruição e mesmo a barreira que cercava toda aquela região não seria o suficiente para parar o que estava por vir. Não mesmo.
[...]
Autora
Uma semana antes de Kikyo aparecer para todos, juntamente de Sesshoumaru
Kaede tinha idade o suficiente para saber até que ponto poderia aguentar algo e o novo acontecimento que sentia chegar não era algo que sozinha poderia impedir.
Naraku tinha sido derrotado, mas ainda não se sentia vitoriosa.
O quanto ela daria para ter sua irmã de volta era talvez até mesmo questionável.
Aquela que insistia em perambular como morta-viva pelas terras do Japão não era sua Kikyo, mas sim o que restava dela. O lado mais podre e egoísta dela.
Um conflito que não cessava era o seu apego ao passado. Mesmo em idade avançada, ainda se considerava uma criança necessitada.
Mas quando lembra da época que a menina Agome chegou...
Ela precisava ser forte pela sua mais nova família.
E nem mesmo Inuyasha a faria mudar de ideia.
Uma grande ameaça se aproximava com força total e ela precisaria de um suporte ainda maior para deter aquele mal.
— Um recado?
— De urgência, por favor.
— Bom... Irei tentar o meu melhor, senhora sacerdotisa.
[...]
Anteriormente...
— Agora, me diga você, Inuyasha. Qual a novidade da vez?
Ela deu a entender que ele já tinha procurado ela antes. Estranho...
Vejo ele ficar nervoso.
— Ora... — o hanyo é interompido por uma voz de criança.
— Papa!
— Chegou em boa hora, Sesshoumaru — pela maneira séria de falar, sinto que as coisas irão esquentar.
É melhor tirar Shippo e Rin daqui o quanto antes...
Chego devagar perto do filhote de demônio raposa e seguro em seus ombros. Quando dou a entender que também irei segurar a menina Rin, uma outra voz se faz presente e o mal-estar que tentava controlar dentro de mim antes somente explode e o meu coração afunda em desalento.
— Voltei, irmã.
Atualmente
— Sabia que algo não cheirava bem hoje, mas não imaginava de que se tratava de um cadav... — Sango se cala ao sentir o toque de Kaede em seu ombro e suaviza o olhar, apesar da clara confusão estampada no rosto.
— Agradeço pela sua vinda, Sesshoumaru.
— fEH... você convidou ELE?
— E nem ao menos considerou minha saudação — complementou Kikyo.
— Já conversamos sobre o que acho de sua vinda até aqui, irmã. E Sesshoumaru não foi chamado atoa, é assunto delicado e preciso que os não envolvidos saiam sem quaisquer reclamações.
— ...E quais seriam os envolvidos, senhora Kaede? — Kagome, que desde então esteve absorta em silêncio, resolveu tirar a dúvida de todos no recinto.
A única coisa que se passava na cabeça da jovem sacerdotisa é de que agora sim sabia o motivo do desconforto da anciã nos últimos dias.
— Todos, tirando apenas o monge, Sesshoumaru-sama e você.
E assim a tensão inicial voltou com tudo.
Miroku e Sango se encaram em uma conversa privada.
Rin e Shippo colam seus corpinhos em Kagome e buscam conforto em meio ao que acontecia ali.
Kikyo e Inuyasha pareciam inconformados. Mais pela parte do pequeno hanyo, pois pelo lado da antiga guardiã da joia havia mais interesse no assunto do que qualquer outra coisa.
— Este Sesshoumaru não vê proveito em tamanha tapeação — ao ameaçar virar as costas, logo é parado pela criança que toma conta.
— Acabamos de chegar, não vamos ainda, por favor! Parece ser sério, então Rin e os outros não irão atrapalhar.
Kagome analisa cada pequena reação vinda do yokai maior, mas desvia o olhar timidamente ao perceber ele notar seu descuido pelo canto do olho.
— O idiota já demorou o bastante aqui, é hora de ir embora e umas coisinhas serem explicadas por certas pessoas — Inuyasha insinua tanto para Higurashi quanto para idosa que estava no meio de todos ali presente.
— A comprovação de que uma criança pode ser mais inteligente que você só se aproxima cada vez mais, sério. O assunto não é nosso, então vamos agir como adultos direitos — Sango se aproxima dos mais novos e os pega pela mão para assim andar até a saída.
Dando uma última olhada significativa para todos, em especial para sua amiga, ela some de vista.
Kagome agradece internamente o incentivo no olhar da caçadora.
O que mais estaria para acontecer? Ela não esperaria nem nos sonhos mais pirados de toda sua curta vida.
Ou assim seria.
Nota da autora: Atualizando a história para vocês que ainda insistem na minha humilde fanfic e torcendo para que esteja bom para cada um, pois me alegra muito pensar na ideia de que em algum lugar um serzinho leu algo que escrevi e se divertiu no processo. Agora, o que não quer calar é:
Que lugar pavoroso é o do começo? O que aconteceu para chegar em tal ponto e o que acontecerá com ele futuramente? Kaede sabe de algo?
Saberemos tudo nos próximos capítulos hihi
Ah e por favor, pode comentar alguma coisa? Pode ser qualquer coisa mesmo, desde falar qual comida você gosta até uma reclamação da vizinha que só escuta música ruim!
"Uma Nova Vida, Um Novo Amor"
VOCÊ ESTÁ LENDO
Uma Nova Vida, Um Novo Amor
Fanfiction「 Uma Nova Vida, Um Novo Amor 」 「 Sinopse 」 Não demorou muito para Naraku sucumbir na última batalha que tiveram, por conta dos aliados e a força de cada um ali. No final de tudo aquilo, cada um teve que decidir um rumo para seguir. Logo após ter vi...