Going back to the time of The Beatles parte 7

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Nos despedimos de Cyn e nos sentamos perto da carteira que John estava sentado, guardando os cadernos em sua mochila. Ele põe a mochila nas costas e saímos andando ao seu lado. O corredor estava lotado de universitários andando para lá e para cá, quase nos perdemos até que Michelle chega por trás de nós dizendo:

— Nunca andaram em uma universidade?

— Acho que estamos andando em uma agora — Diz Lucy.

Michelle solta uma risada irônica, mas sorrindo ao mesmo tempo. Talvez aquele sorriso dissesse que ela gostava de nós. Não dá para saber ao certo.

Continuamos andando e tentando pegar o ritmo de John, Michelle vai até Stu, que estava ao lado de John e o cumprimenta com um beijo rápido.

Chegamos ao ponto no mesmo instante que o ônibus chega. Entramos e nos sentamos no fundo.

— Quem é aquela amiga de vocês? — Pergunta John enquanto tira seus óculos e guarda-os no bolso.

— A do nosso lado na aula? Cynthia — Eu digo, observando se ele faria alguma expressão ao eu dizer o nome dela, ele só assente e aponta para a janela — Não é aquela ali que está vindo para cá?

Eu e Lucy rapidamente olhamos para fora do ônibus, Cynthia estava entrando.

John observava Cyn pagar o cobrador e sentar-se delicadamente em um dos bancos da frente do ônibus, colocando seus livros e bolsa no banco do lado.

Stu olha para John e diz:

— John, nem sonhe. Ela está noiva.

— Como você tem tanta certeza? — Diz John, encarando Stu.

— Basta olhar para a mão dela.

No mesmo instante uma pessoa esbarra no ombro de Cyn e os livros que ela estava segurando caem no chão.

John se levanta e vai até lá, pega seus livros do chão e diz:

— Parece que seus livros estão fugindo de você. Dê um tempo para eles.

Ela agradece olhando para o chão e coloca os livros no seu colo novamente, mas John a faz olhar para ele quando diz:

— Cynthia, não?

Ela confirma com a cabeça.

— Sou John, o simpático recolhedor de livros do ônibus. Mas faço outros serviços também, se você quiser.

Cyn estremece e o olha como se ele fosse um louco. E parecia mesmo que era.

— Bem, se precisar de algo, sabe, sou John — Ele pega em sua mão e faz um comprimento formal.

Ele anda até nós novamente.

— Você é louco — Diz Stu, rindo.

John ri e se senta ao nosso lado.

— E a onde vocês vão agora? — Pergunta Stu.

— Buscar Paul— Responde John. — E vocês?

— Para casa — Diz Stu. O ônibus para em uma estação — Nos vemos amanhã?

— Infelizmente — Diz John, fazendo Stu rir.

— Até mais, gente — Stu pega a mão de Michelle, que acena para nós e os dois descem do ônibus.

É a mesma estação que Cynthia desce.

John fica olhando para nós por alguns instantes e depois se distrai observando as nuvens que pela primeira vez desde que chegamos lá, fazia sol.

Alguns minutos depois, o ônibus para e descemos.

O sol clareava o cabelo de John, deixando-o em um tom ruivo, e seus olhos estava castanho mais claro.

Avistamos Paul de longe, que estava encostado no portão da escola com um amigo. Paul discretamente pegou um cigarro do bolso, acendeu um para ele e deu um para seu amigo, que era bem magro e também adotava o estilo Teddy Boy, com o cabelo para trás. Eu e Lucy na hora reconhecemos quem era e começamos a sorrir.

— Que feio Paulie, fumando na escola.

— John! Você me assustou! — Diz Paul, tirando rapidamente o cigarro da boca.

— Tem que ficar mais atento. Você e seu amiguinho aí — Diz John, encarando seu amigo.

— John, esse é George.

— Como vão? — Diz George cumprimentando John, Lucy e eu.

— Muito bem — Digo, e Lucy ri atrás de mim.

— Precisávamos treinar um pouco. — Diz Paul, colocando seu violão embaixo do braço. — Podíamos ir à casa de George.

George confirma com a cabeça, desencosta da parede e faz sinal para que o seguíssemos.

Andamos alguns metros em silêncio, e como sempre, John falava algo. Algo como:

— E o que você sabe tocar, hein?

— Guitarra e violão — George diz um pouco tímido.

— Quantos anos você tem?

— Catorze – George responde.

John revira os olhos e diz:

— E toca bem?

— Até de olhos fechados e pernas presas — Paul responde por George.

— Com essas pernas finas, não duvido muito — John diz, não soando tão amigável, mas com um sorriso no rosto.

— Você está duvidando do futuro Deus das Guitarras, meu jovem — Diz Paul, colocando a mão no ombro de John — Esse cara aqui é mágico.

George ri com o exagero do amigo.

— Imagino… — Diz John.

Chegamos até a casa de George alguns minutos depois. George abre a porta e diz em alto tom:

— Mãe! Cheguei! E trouxe alguns amigos.

A mãe de George chega com um prato de bolo nas mãos e diz sorridente:

— Olá! Daqui conheço Paul e… Só. Quem são? — Ela diz, olhando para John, Lucy e eu.

— Senhor Lennon. John, para os próximos. Você está próxima a mim, então, me chame apenas de John— Diz John, com tom sério, mas com um sorriso no canto da boca.

Paul, Lucy e eu começamos a rir.

— Certo… — Ela diz, rindo também — E vocês?

— Lucille, e ela é Clarabella — Lucy diz.

— Querem bolo? — Ela pergunta.

— Não, obrigada, estamos bem — Digo.

John e George na hora pegam um pedaço de bolo e subiram a escada. Seguimos eles.

O quarto de George era bem simples, uma cômoda com seus livros de escola em cima, uma cama, e ao lado, seu violão.

George pegou o violão, sentou-se na cama e começou a tocar Raunch, ficamos parados olhando George tocar.

Ele parecia mais tranquilo ao tocar. Tudo parece mais calmo. O som do violão ecoa no quarto.

Quando ele termina, John suspira e diz:

— Você será um Quarrymen.

Going back to the time of The BeatlesOnde histórias criam vida. Descubra agora