Prólogo

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          Minha vida? Era ótima e tranquila, como de toda criança feliz. E sinceramente? Não havia uma criança tão feliz quanto eu, mas felicidade dura pouco. Não é mesmo? E aquele telefonema tinha ajudado a felicidade partir, quer dizer ela foi a principal causa da felicidade ter partido para tão longe.

[...]

          Eu ainda tinha nove anos e me lembro claramente o que aconteceu naquele dia. Era um dia nublado, muito nublado para uma cidade que a maioria das vezes o sol brilhava com nunca, eu estava no meu quarto brincado de carrinho (Nunca gostei de boneca e isso fazia com que minha mãe surtasse as vezes) estava imaginando que eu fugia de um vilão muito terrível ( sério minha imaginação não tinha limites nessa época) então minha mãe me chamou:

-Desça aqui querida - Disse ela da sala.

- Já estou indo - Respondi deixando de lado meu carrinho para calçar meus chinelos.

  Assim que cheguei aos pés da escada encontrei minha mãe sentada no sofá apelidado como "Rosinha" (não preciso falar o por que do "Rosinha", preciso?) ela estava arrumada, perfeitamente linda para sair. Quer dizer: ELA SEMPRE FOI LINDA. Mamãe estava com um vestido azul que papai havia comprado para ela no começo do ano, ele disse que realçava a cor de seus olhos verdes e ele estava certo. E juntamente usando em seus pés um saltinho prata, não havia jóias nem adereços, apenas; mamãe+mamãe. Não falei nada até que ela me viu.

- Sim mamãe?

-Tenho um presente para você! - Falou animada dando-me um enorme sorriso.

- Mas hoje não é meu aniversário - disse desconfiando.

-Mas não posso dar um presentinho para minha Princesinha de olhos verdes?

  Tudo bem que minha mãe tinha mania de fazer brincadeiras comigo. Umas das brincadeiras dela era me dar presente de grego. Okay que eu só tinha nove anos, mas eu aprontava de tudo nesta idade, eu me chamava de Detetive V. E tanto mamãe quanto papai me ajudavam em meus casos que a maioria das vezes eram trocados por um biscoito. Mamãe apontou para uma caixa vermelha enorme que havia na mesinha de centro. Comecei a rodea-la devagar examinando-a, procurando algum sinal de brincadeira.

- Okay mãe, qual é o tema de hoje?? torta? Palhaço assustador?

- Nenhum, é um presente apenas... - Falou me explicando com seus olhos cintilantes de prazer. - Abra!

Depois de alguns instantes foi o que eu fiz, tudo bem que eu estava com medo mais eu sou... Deixa eu ver... 79% corajosa. Abri a caixa com os olhos fechados, nada explodiu ou voou em mim o que foi bem gratificante vindo da parte de mamãe, então abri os olhos e encontrei um vestido vermelho cheio de babadinho de renda branca. Era bonito, apesar de eu odiar vestidos. Olhei para minha mãe de relance.

-Hum... Okay... Onde vou usar este vestido mãe?

- Seu pai está voltando hoje querida - Respondeu dando um sorriso tão gigantesco que tive medo que seu sorriso escapa-se do seu rosto - Vá, suba.

- Tem certeza mãe?- Perguntei - você sabe como papai...

- Absoluta, vá troque-se e dessa - Disse encorajando-me a subir - Vá, vá.

Dei pulinhos de alegria. Meu pai passava mais tempo na sua empresa do que em casa comigo e com a mamãe, mas eu entendia que ele queria o melhor para sua única filha, mesmo eu não querendo tudo o que ele me oferecia. Eu só queria a presença dele.

Subi correndo para meu quarto, tomei um banho rapidamente e me troquei. Enquanto me vestia ouvi o telefone de casa tocar o que me fez parar por um tempo e esperar mamãe cancelar a nossa saída, como já aconteceu várias e várias vezes.

Destino... Ou Morte ( Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora