Capítulo 41: Adeus Filha...

41 3 1
                                    

Logo depois que nós jantamos, mamãe retirou os pratos e foi lava-lós, deixando somente eu e o Boe sozinhos, o que dificultava, pois ele estava de frente comigo.
Conversar?
- Então Boe, aonde você mora? Pergunto bebendo um pouco de água.
- Vejo que é curiosa. Diz ele dando um sorrisinho.
Olho para ele meio timida e nervosa. Ele pode ser bonito, mas vai ver se não é um brutamontes.
- Só um pouquinho. Digo.
- Eu moro em um sitio aqui da cidade. Diz ele mostrando um lindo sorriso.
- Sitio? Você? Perguntei confusa.
- Sim porque?
- Porque você não tem cara de quem mora em um sitio. Digo bebendo um gole de água forçado.
- E como seria a cara de alguém que mora em um sitio? Perguntou ele arqueando uma sobrancelha.
- Sei lá... Seria.. Cheia de espinhas e seu jeito de andar seria meio largado. Digo sorrindo.
- Tudo bem, ótima maneira de decifar alguém que mora no mato. Diz ele se encostando na cadeira- Se você quiser, eu como mais chocolate, para aparecer as espinhas e imito um bebado para andar largo. Que tal? Perguntou ele com um lindo sorriso no rosto, o qual eu não resisti e acabei sorrindo junto.
- Não obrigada, mas você esta ótimo desse jeito. Digo.
Depois dessa conversa, eu e ele, começamos a conversar sobre a vida dele. Foi ate legal ouvir ele falando sobre seu cavalo chamado Black e seu cachorro chamado Doging. E sem falar das flores que ele descrevia que tinha na sua casa, ou ate mesmo a sua casa. Apesar de ele ter um jeito de bad boy, ele era totalmente do campo. E eu amo o campo, principalmente as flores do campo.
********************************
- Atrapalho? Perguntou mamãe sentando novamente a mesa.
- Nenhum pouco. Diz eu e o Boe ao mesmo tempo.
Caimos na risada.
Mamãe olhou para o Boe com um olhar que eles queriam falar algo mais para mim.
- Qual é o problema? Pergunto.
Os dois voltam os olhares para mim, como se eu tivesse acabado de descubir um segredo obscuro deles.
- Filha? Chamou mamãe.
- O que foi? Pergunto.
- Eu e o Boe temos algo para te contar. Disse ela olhando o Boe por meros segundos.
- Fala logo mãe, odeio que me enrolem. Digo.
- Sua mãe vai adiministar a empresa do seu pai. Diz Boe.
- E qual é o problema? Pergunto a eles.
- O problema querida, e que a cidade fica muito longe daqui. Disse ela.
- O que? Se mudar de volta não! Digo a fuzilando com o olhar.
- Não querida, eu não vou fazer você sofrer com despididas. Diz ela.
- Então como...
De repente tudo vem atona.
- Não mãe. Digo me levantando.- Você não vai ficar viajando. Digo me levantando da cadeira e fazendo a mesma cair ao chão.
- Filha, eu sempre vou estar com você nos finais de semana. Diz ela me olhando com um olhar de quem tenta falar para uma criança o que é certo.
- Não mãe, eu não aceito. Digo a fuzilando com o olhar. - Eu vou ficar sozinha aqui!? Grito.
- Não querida! Diz ela - A mãe do Boe vai vim aqui cuidar de você em quanto eu estou fora.
Meu sangue subiu aos olhos.
- O que?! Grito - Alem de ir embora, vou ter uma baba! Grito, esquecendo que o Boe esta ali nos olhando.
- Ela vai te ajudar com tudo e já esta descidido. Grita ela elevando a voz muito mais que a minha. Olho para ela incredula e com uma vontade de chorar.
Assim que me viro para subir ao meu quarto, sinto alguém colocar uma mão em meu ombro, olho para trás e encontro o Boe.
Não aguentei, eu acabei falando o que veio em minha cabeça.
- Você sabia disso? Foi por isso que você veio aqui? Gritei para ele.
- Sim, eu sabia, e eu e sua mãe só queremos o seu bem. Disse ele dando-me um olhar triste. E por meros segundos eu cai naquele olhar.
- Tire a mão de mim! Gritei e peguei a sua mão.
Tudo ficou...
Preto & Branco...
Não pode ser...
Sim, era...

Continua...

Destino... Ou Morte ( Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora