Capitulo 9: Indo Embora.

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Depois da aula a Izz me esperou na porta da escola, encostada no seu carro. Com certeza veio se despedir, só que eu não queria isto. Cheguei perto dela já com uma vontade enorme de chorar.
- Então, chegamos ao fim? - Falei segurando as lágrimas quando me encostei em seu carro.
- Fim nada - Disse ela.- Juntas ate o fim garota, não pense que você vai se livrar tão cedo assim de mim não em - senti seus braços entrono do meu corpo.
Contribui ao abraço lhe apertando com toda minha força.
- Eu nunca vou te esquecer Izz. - falei em meio as lágrimas as quais eu estava tentando me segurar.
- Eu também, não vou lhe esquecer - Disse Izz.
Me afastei dela, e enxugando as lágrimas do meu rosto disse-lhe:
- Acho que você vai me dar uma carona. Certo? - Perguntei, pois sabia que o Erick não ia falar comigo tão cedo.
- Você falou com ele? - Perguntou.
- Sim.
- E ai como foi?
- Nada bom - falei engolindo uma vontade enorme de chorar ainda mais. MERDA!  Ela viu meus olhos enxerem de lágrimas.
- Desculpa! - Disse Izz.
- Você não tem culpa - Lhe respondi. - Vamos? - Perguntei.
- Vamos - Disse Izz sorrindo.
Essa era uma das coisas que mais gosto da Izz. Ela consegue me fazer rir, mesmo quando estou chorando.
- Rápido - falei abrindo a porta do carro.
- Pois tua hora esta chegando. - Disse ela já adentrando no carro.
E essa é uma das coisas que não gosto da Izz.

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Izz me levou ate em casa e se despediu com uma pequena lágrima nos olhos. Olhei para meu celular, imaginando que Erick teria me enviado uma mensagem de texto. Nada, esta é a resposta ao ver meu celular. Entrei em casa com a cabeça baixa. Já esperando ver o vazio da casa.

- Pronta? - ouvi a voz vindo da cozinha.

" Mãe" Pensei

Levantei a cabeça e tomei um susto, a casa estava do mesmo jeito. Esfreguei meus olhos, pensando que estava sonhando. Quando parei de esfregar meus olhos, e olhei novamente a casa, ela estava intacta. Então uma gotinha de esperança nasceu em mim.

- Não vamos mais embora? - Perguntei empolgada.

- Vamos sim - Disse mamãe acabando com minha alegria.

- Mas por que a casa está ainda assim? - Perguntei.

- Ah, comprei tudo novo -  Disse-me - Casa nova, vida nova, roupa nova, cidade nova, tudo novo querida, não é demais.
Olhei para ela desanimada e disse-lhe:
- Muito legal mãe. Estou muito alegre - Falei ironizando.
- Okay, vá no seu quarto e pegue seus coturnos e seus pertences - Disse - Ah e pegue uma muda de roupa, porque a viajem vai ser longa - alertou pegando uma bolsa grandinha e colocando em seu ombro.
Subi para meu quarto correndo, e peguei minhas coisas e desci. Tudo bem que eu não queria mudar de cidade, mas algo dentro de mim, me dizia que esta cidade vai me surpreender. E eu tenho a certeza que vai. Peguei minha malinha e desci para ir ate o carro. Olhei envolta da casa e fechei meus olhos lembrando dos meus dias com meu pai.
"Eu te amo pai" Pensei
Abri a porta da sala e pela última vez eu olhei para casa da minha infância. Beijei a parede e disse:
- Adeus papai, eu te amo - E fechei a porta coloquei minha malinha no banco de trás do carro e entrei no mesmo. Acabado de fechar a porta, vi alguém dentro da minha casa olhando pela janela para mim.
- Algum problema filha? - Perguntou mamãe olhando para mim, percebendo meu espanto.
- Nenhum - Menti- Vamos logo - Disse olhando para frente. Mamãe começou a dirigir rapidamente. E eu só contendo as lágrimas que insistiam em cair em cada curva que mamãe fazia para ir embora.
Era o papai ali. Me olhando. Eu havia o deixado.

Destino... Ou Morte ( Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora