Jesus enfatiza a necessidade do cristão exercer influência para o bem no mundo ao seu redor. Que influência devemos exercer num mundo tão cheio de mal, corrupção e violência? Para definir a natureza dessa influência, Jesus usa duas figuras comuns do lar - sal e luz. Qual é o lar, por mais pobre que seja, que não usa tanto o sal como a luz? Sal e luz são itens indispensáveis em qualquer lar.
NÓS SOMOS O SAL DA TERRA
No mundo antigo, o sal era algo de muito valor. O sal tem, pelo menos, três características. O Sal é tempero que - dá sabor à comida - essa é a característica mais conhecida. Já pensou comida sem sal? É tão insípida, como o próprio Jó reconheceu ( Jó 6.6)!. A influência do crente no mundo deve ser como o sal para a comida - a presença do crente dá um novo sabor ao ambiente no escritório, na faculdade, na escola, etc. Será que a nossa presença tem essa influência positiva? Infelizmente, muitas pessoas consideram que o crente tira o sabor da vida.
Sal é preservador e evita a Putrefação
No mundo antigo o sal era o preservador mais comum. Antes da invenção da geladeira, o sal era usado para preservar a carne e o peixe do apodrecimento. Até hoje é usado na tão conhecida carne-de-sol do Nordeste.
Assim, se o crente vai ser "o sal da terra", deve ter uma influência antisséptica no mundo. A presença do crente deve evitar o progresso do mal, derrotando a podridão ao seu redor.
É uma tragédia que a igreja evangélica, representando 20 a 25% da população brasileira, não tem exercido influência maior para o bem no meio político, sindical e social, como o verdadeiro "sal da terra". Os cristãos foram colocados por Deus numa sociedade secular para retardar esse processo de podridão. Deus pretende que penetremos no mundo. O sal cristão não tem nada de ficar aconchegado em elegantes e pequenas despensas eclesiásticas; nosso papel é o de sermos 'esfregados' na comunidade secular, como o sal é esfregado na carne para impedir que apodreça.
Sal é ligado à pureza: não há dúvida que sua brancura brilhante fez essa ligação fácil. Os romanos diziam que o sal era a coisa mais pura de todas as coisas, porque veio das coisas mais puras, o sol e o mar.
Se o crente vai ser "o sal da terra", tem de ser um exemplo de pureza. Uma das características da sociedade em que vivemos é o rebaixamento dos padrões de pureza. Não há mais restrições na área moral - sexo antes de casamento é normal, e infidelidade no casamento é comum. Os filmes com cenas de sexo explícito na TV e no cinema, as piadas sujas na fábrica e no escritório são áreas nas quais o crente tem de demonstrar sua pureza. Quando o crente está presente, os colegas param de contar as piadas duvidosas, a TV é desligada. Em outras palavras, o crente deve ser mais corajoso na condenação do mal. "Às vezes, os padrões de uma comunidade afrouxam-se por falta de um explícito protesto cristão" (Stott).
O crente não pode se retirar do mundo, mas deve "a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo" (Tg 1.27). E isso não é nada fácil. O crente é "chamado a ser um purificador moral em um mundo onde os padrões morais são baixos, instáveis, ou mesmo inexistentes" (R.V.G. Tasker).
A eficácia do sal: A eficácia do sal é condicional. Para continuar a ser útil, o sal tem de conservar a sua salinidade. É um fato que o sal não pode perder sua qualidade de salinidade. John Stott explica que "o cloreto de sódio é um produto químico muito estável, resistente a quase todos os ataques. Mas provavelmente Jesus está alertando Seus discípulos de que o sal pode se tornar adulterado por impurezas e, quando isso acontece, "para nada mais presta". A mesma coisa pode acontecer aos discípulos. A salinidade do crente vem do seu caráter descrito nas oito bem-aventuranças; se não servem ao Senhor pelas suas boas obras, se tornarão inúteis e serão rejeitados. O problema, muitas vezes, é que o crente se deixa contaminar pelas impurezas do mundo, e, por isso, perde a sua capacidade de influenciar.
É irrecuperável - "como lhe restaurar o sabor?" Não há remédio para o sal sem sua salinidade.
É inútil - "para nada mais presta."
É condenado à destruição - "lançado fora, ser pisado pelos homens."
Não há dúvida a respeito da verdade que Jesus está ensinando. Se não estamos sendo úteis, então seremos jogados fora. Inutilidade sempre traz desastre. E não se esqueça! O crente é sal, e não açúcar!
Não há dúvida que Jesus está enfatizando que deve haver uma diferença fundamental entre o crente e o não crente, entre a igreja e o mundo. Diz Stott: "Este tema é básico no Sermão do Monte. O Sermão foi elaborado na pressuposição de que os cristãos são por natureza diferentes, e convoca-nos a sermos diferentes na prática. Provavelmente, a maior de todas as tragédias da igreja ao longo de sua história ... tem sido a sua constância de conformar-se à cultura prevalecente, em lugar de desenvolver uma contracultura cristã".
Assim aprendemos que fomos colocados no mundo com este papel duplo: como sal, para interromper, ou pelo menos retardar este processo da corrupção moral e espiritual, e como luz, para desfazer as trevas.
John Stott resume a função do crente da seguinte maneira: "Jesus chama os Seus discípulos para exercerem uma influência dupla na comunidade secular: uma influência negativa, de impedir a sua deterioração, e uma influência positiva, de produzir a luz nas trevas. Pois impedir a propagação do mal, é uma coisa; e promover a propagação da verdade, da beleza e da bondade é outra".
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Cristo em Minha Mente, Influencia!
EspiritualNeste mundo existiram pessoas que fizeram história, outras conheciam a história e ainda outras se tornaram história. No entanto, existem milhares de pessoas que não farão história, nem a conhecerão e nem se tornarão história. Pessoas cuja biografia...